27/09/2024
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Empresa japonesa oferece internet de 2 Gbps por US$ 51

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Muitos brasileiros sentiram vontade de pegar o primeiro avião para os EUA ao saber que o Google está implantando a internet de fibra ótica de 1 gigabit no país. Estes podem mudar o destino de sua viagem: o Japão já tem um serviço que oferece o dobro de velocidade, por um preço menor.

O serviço foi anunciado pela So-net, empresa subsidiária da Sony no Japão. Ela está oferecendo um serviço de 2 gigabits pelo equivalente a US$ 51 mensais (equivalente a R$ 102,00), incluindo o aluguel do equipamento.

O acerto, no entanto, teria alguns reveses. Para aderir ao serviço, o usuário precisaria pagar uma taxa de instalação equivalente a US$ 540 (equivalente a R$ 1.080,00). Além disso, o plano exige dois anos de fidelidade.

Internets ultrarrápidas no Japão não são novidade, mas chama a atenção também o preço cobrado. O Google cobra um valor a partir de US$ 70 (equivalente a R$ 140,00) para oferecer seu serviço em apenas duas cidades dos Estados Unidos.

Alguns analistas notam, no entanto, que a maioria dos consumidores não conseguiria tirar proveito da superconexão. Isso porque a maioria dos computadores só aceita conexão de 1 Gbps por meio de cabos e ainda menos por meio de redes sem fio. Entretanto, seria mais fácil que múltiplos usuários desfrutassem de boa qualidade de conexão, mesmo que os computadores não aguentem totalmente a velocidade.

Lei da TV Paga provoca crescimento das produções brasileiras

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“Estamos diante de uma explosão de demanda.” A declaração é de Manoel Rangel, diretor da Agência Nacional de Cinema, a Ancine. Dados da própria Ancine indicam que o número de obras brasileiras veiculadas em 15 dos principais canais de TV por assinatura do País foi quadruplicado nos últimos seis meses. O crescente aumento de produções audiovisuais brasileiras que ocorre há pouco tempo escancara os efeitos práticos da chamada Lei da TV Paga. 
A lei não é nova (foi criada em 2011), mas as obrigações de programação começaram em setembro de 2012 e acontecem de maneira progressiva, atingindo a totalidade em setembro deste ano. A ideia é aumentar a quantidade e a qualidade do produto brasileiro visto em tela. E, por isso, a lei se consolida como a principal razão pelo surgimento de novas produções (principalmente séries e filmes) e até de novos canais nas TVs por assinatura.

“O País está sendo capaz de produzir a sua própria imagem. Um país que não faz isso tem muita dificuldade de afirmação na cena internacional”, ressalta Rangel. A Lei 12.485 é extensa, mas fica explícita em alguns aspectos: canais que exibem predominantemente filmes, séries, animação e documentários passam a ter obrigação de dedicar, à veiculação de conteúdos brasileiros, três horas e 30 minutos semanais de seu horário nobre, das 11h às 14h e das 17h às 21h nos canais direcionados para as crianças e de 18h à 0h para os demais.
Além disso, a lei estabelece que todos os pacotes oferecidos aos consumidores devem incluir um canal de espaço qualificado de programadora brasileira para cada três canais de espaço qualificado. “Seguramos um pouco o lançamento do Arte 1 em função de toda essa mudança na legislação que rege o mercado de TV por assinatura porque nós queríamos que o canal já nascesse dentro dos parâmetros e do espírito da nova lei”, explica Rogério Gallo, diretor do canal Arte 1, lançado oficialmente em março, já no encalço da Lei da TV Paga.

Para serem considerados como canais brasileiros de espaço qualificado, assim como o Arte 1, eles precisam ser programados por uma programadora brasileira (excluem-se, por exemplo, canais como Warner e Sony, por virem de fora) e veicular na maior parte de seu horário nobre conteúdos audiovisuais brasileiros. Além disso, não podem ter nenhum tipo de acordo de exclusividade que impeça sua programadora de comercializar os direitos de sua exibição para qualquer operadora interessada.

Cientes das condições, as grandes empresas já se articulam para aproveitar o novo momento. “Acredito que até o final do ano deveremos ter alguns outros produtos para oferecer ao cardápio de canais pagos brasileiros”, conta Paulo Saad, vice-presidente do Grupo Bandeirantes. Ele adianta que o grupo tem planos de lançar mais dois canais, mas não revela qual o tipo de conteúdo que será exibido por eles.

Outro detalhe importante sobre a Lei da TV Paga é que, no mínimo, metade de todo o conteúdo gerado para esses canais deve ser feito por produtora brasileira independente. Essa medida visa estimular a competição e incentivar uma nova dinâmica para produção dos conteúdos. Hoje, os esforços estão centralizados em séries. Um punhado delas ou foram lançadas recentemente ou serão lançadas em breve.
O Warner Channel já exibe a comédia Vida de Estagiário, a Fox estreou Contos do Edgar, que adapta contos de Edgar Alan Poe e tende para o suspense. Se Eu Fosse Você – A Série, versão televisiva do filme que conta com Gloria Pires e Tony Ramos (com outro elenco) está prevista pela Fox. O Arte 1 também entra na onda das séries com Uma Obra de Arte Sumiu, que vai mostrar documentários sobre os roubos de obras de arte ocorridos em grandes museus brasileiros. “É muito interessante, uma maneira de falar de arte, mas com um tom meio policial”, adianta Gisele Kato, editora-chefe do Arte 1. 
A nova lei tem implicações sobre os canais e operadoras, afeta diretamente as produtoras independentes e, claro, beneficia a classe artística. Com a imensa abertura no campo de trabalho, atores e atrizes passam a ser cada vez mais requisitados e os espaços para rostos conhecidos que andavam sumidos acabam surgindo. Os próprios artistas começam a olhar para a produção de séries com outra visão.

“Estou muito a favor dessa linguagem de série. É um mercado que está se abrindo mais ainda. É uma obra fechada onde você tem a possibilidade de construir a trajetória do personagem com início, meio e fim”, explica Rafaela Mandelli, que vai viver uma garota de programa de luxo na série O Negócio, que o canal HBO estreia em maio. Escritores e roteiristas também têm motivação extra graças aos mecanismos da nova lei.

Além do maior nicho para trabalhar, eles ainda têm oportunidade de criar em um espaço mais abrangente, onde conseguem se aprofundar em determinados temas. “A gente pode avançar muito mais, tratar as coisas de um jeito que eu considero mais próximo de um espectador um pouco mais sofisticado, um pouco menos preconceituoso. Acho que é muito legal isso da TV fechada”, afirma a roteirista Antônia Pellegrino, que assinou a série Oscar Freire 279, exibida no Multishow. 
  • A estimativa da Ancine é de que R$ 400 milhões anuais sejam gerados para o setor de produção audiovisual, por conta dos mecanismos previstos na Lei 12.485.
  • A lei determina que 30% do conteúdo seja produzido por empresas, técnicos e artistas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
  • Vinte novos canais que exibem conteúdos brasileiros foram criados nos últimos meses.
  • Em janeiro de 2012, os 15 principais canais de TV por assinatura exibiram 56 obras brasileiras. Em dezembro, 273 programas brasileiros foram ao ar nesses canais.

Smartphones só podem ter isenção fiscal se vierem com apps brasileiros

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O Ministério das Comunicações divulgou hoje os requisitos obrigatórios para os smartphones produzidos no Brasil que podem ser inseridos na lei de isenção fiscal aprovada esta semana. O governo estima que o preço desses aparelhos caia até 30%. Já a indústria, prevê redução de até 10%.

Entre as especificações, destaque para o item que cobra um pacote mínimo de aplicativos desenvolvidos nacionalmente, sem explicações adicionais. As fabricantes que quiserem incluir seus modelos na redução de PIS e Cofins sabem apenas que têm 180 dias para atender a exigência e que devem enviar a proposta nos próximos 60 dias para análise prévia. 

Confira abaixo a lista com todos os requisitos do Governo:
  1. Suporte à tecnologia 3G (HSDPA – High-Speed Downlink Packet Access) ou outra com capacidade de transmissão de dados superior;
  2. Suporte à conexão no padrão IEEE 802.11 (Wi-Fi);
  3. Aplicativo de navegação (recebimento, apresentação e envio de informações) na World Wide Web que permita o acesso a páginas no padrão HTML (Hyper Text Markup Language);
  4. Sistema operacional que disponibilize SDK (Software Development Kit) e API (Application Programming Interface) que possibilitem o desenvolvimento de aplicativos por terceiros;
  5. Aplicação dedicada para contas de correio eletrônico;
  6. Tela sensível ao toque ou teclado físico no padrão QWERTY;
  7. Tela de entrada e saída de informações de área superior a 18 cm² (dezoito centímetros quadrados); e
  8. Pacote mínimo de aplicativos desenvolvidos no Brasil previamente embarcado.

Novela da Globo desliza quando assunto é acesso a redes de voz e dados

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Pense rápido: se seu celular não encontra sinal de rede para realizar uma ligação, para qual lugar você levaria o aparelho?

Se você respondeu que iria com ele até um espaço aberto e elevado, provavelmente conseguirá efetuar sua chamada. Se respondeu que iria até um lugar fechado dentro de um edifício, você possivelmente não receberá nem fará ligações telefônicas. E, caso seja personagem de “Salve Jorge”, sua resposta errada pode lhe custar a vida.

Esse destino mortal acometeu a personagem Raquel (Ana Beatriz Nogueira), apunhalada por uma seringa venenosa carregada pela vilã da trama, Livia Marine (Cláudia Raia). No capítulo, exibido no começo de março, a vítima é assassinada ao entrar num elevador em busca de sinal de rede para seu celular. 

Essa é apenas uma das incoerências tecnológicas da produção global. Segundo Carlos Schaeffer, da Qualitest Tecnologia, quando o celular não consegue realizar chamadas, é preciso buscar posições mais favoráveis. “É bom ficar próximo de janelas e longe de grandes massas de concreto”, diz o diretor da empresa focada em redes de comunicação.

A situação, já óbvia para muitos usuários, não era evidente para a personagem. Sua algoz, ao contrário, não enfrenta problemas nas conexões móveis. Várias cenas mostram Marine conversando com seus capangas por videochamas de alta resolução em tablets ou computadores. Para Schaeffer, isso é possível nas atuais condições de rede do Brasil, embora seja improvável.

“O 3G permite essa facilidade de serviços, mas existem outros aspectos que acabam dificultando ou quase impedindo que você tenha essa qualidade”, diz o especialista. Segundo ele, o maior gargalo atualmente não ocorre na cobertura por antenas e estações de transmissão, existente em grandes centros urbanos, como nos cenários de “Salve Jorge”. O entrave está no crescimento da quantidade de smartphones no país e sua consequente sobrecarga.

“As operadoras observam que o simples uso de aplicativos carrega a rede e os usuários não conseguem falar [pelo celular]. O grande desafio delas é entender o quanto esses aplicativos estão ocupando”, afirma Schaeffer. Ele explica que há dois canais principais de conexão: dados e voz. Este dedicado a chamadas telefônicas, aquele dedicado a todo outro tipo de transmissão de informações, caso das videochamadas.


Dessa diferença surge o pagamento pela quantidade de tempo falado e pela quantidade de dados emitidos ou recebidos. O modelo tarifário é praticado pela maioria das operadoras no mundo, inclusive na Turquia. Joyce Yldrm é brasileira e mora em Ancara, capital e segunda maior cidade do país que também serve de plano de fundo para a novela das nove. Segundo sua experiência, conversar pelo celular com pessoas no Brasil não é difícil.

“Funciona bem e a conexão não cai. Uso o Skype por telefone e as ligações são boas. Em comparação ao Brasil, acho que as operadoras turcas são mais baratas e oferecem melhores serviços”, afirma. Usuária da Turcell, ela assina um plano de 30 liras turcas que lhe dá direito a 500 minutos de chamada, 500 SMS e 3G ilimitado. A moeda da Turquia tem aproximadamente o mesmo valor do real brasileiro.

Yldrm conta que já teve de fazer ligações da Capadócia, região a 273 Km de onde mora e onde reside parte do núcleo da ficção. “Liguei quando usava AVEA [outra operadora turca] e o sinal foi tão satisfatório quanto a Turcell, que uso atualmente”, diz ela. No caso, sua chamada foi por voz e não por vídeo, como a TV costuma mostrar. À parte a rede móvel, Yldrm ressalta a diferença de fuso horário entre os países, fator que não parece atrapalhar os personagens da novela.

Outro personagem que faz uso constante da tecnologia na novela é Sidney (Mussunzinho). O jovem sempre está munido de seu notebook nas cenas em que aparece. Conectado a redes sociais, ele narra acontecimentos da comunidade em que vive, como fizera Rene Silva. O rapaz é responsável pelo jornal online Voz da Comunidade, veículo que ganhou destaque durante a ocupação do Complexo do Alemão em 2010 por relatar o momento sob o olhar dos habitantes locais.

Fabricantes divulgam modelos de smartphones que serão desonerados

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Depois de comemorar a desoneração de impostos para smartphones, as fabricantes de celulares terão de verificar quais de seus modelos poderão integrar o pacote divulgado pelo ministério das Comunicações no início da semana. Isso porque uma lista com oito itens publicada ontem no Diário Oficial da União aponta os pré-requisitos que os telefones deverão atender para terem direito ao desconto do PIS/PASEP no varejo.

Uma das empresas que já divulgou sua lista de aparelhos aptos foi a Nokia. Segundo a companhia, serão sete modelos, incluindo seis da família Lumia e dois da linha Asha. Um deles, o Lumia 820 já é vendido com a tecnologia 4G. “Não foi necessário fazer nenhum ajuste nos modelos que temos hoje, porque as exigências do governo para os smartphones já estão presentes nos aparelhos”, explica Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais da Nokia.
A Motorola, em comunicado, declarou que “analisou o detalhamento das características de cada produto, de acordo com as especificidades da portaria, para que a redução seja repassada integralmente ao consumidor”. Entre os modelos da marca disponíveis no mercado, 14 se encaixam dentro das especificações do ministério. Entre eles estão seis aparelhos da família RAZR, uma das principais linhas da companhia no mercado.

A LG divulgou uma lista com sete aparelhos os quais farão parte da lista de desoneração, incluindo modelos dual chip do L3, L3II, L5, L5II e L7.

Entre as exigências do ministério estão o suporte à tecnologia 3G e pacote mínimo de aplicativos desenvolvidos no Brasil previamente embarcado.

Para Lauria, a medida é “positiva para o setor, porque além de promover o aumento das vendas e a inclusão digital, vai auxiliar na redução e no combate à pirataria”, já que os preços 9,25% mais baixos para o consumidor final podem estimular o aumento das vendas. Se comparado a importados, a diferença no preço pode chegar a 30%.

Apesar de ser uma medida positiva para o mercado, especialistas na área e órgãos de defesa do consumidor esperavam a exigência de uma contrapartida por parte do governo. O temor é de que a qualidade do serviço oferecido caia ainda mais. “Hoje o sistema nacional de defesa do consumidor tem entre as principais reclamações, os produtos eletroeletrônicos. Ao desonerar, o governo deveria exigir como contrapartida a melhoria na qualidade e na assistência técnica”, opina o gerente técnico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu de Oliveira.

Na avaliação de Thadeu, a medida poderá pesar duas vezes no bolso do governo. Primeiro com a renúncia fiscal, depois, com as idas dos consumidores aos Procons, seja para se queixar do aparelho, seja para se queixar da operadora.

O diretor técnico do Clube de Engenharia, Márcio Patusco, também defende que deveria haver exigências quanto à qualidade do serviço. “O correto seria incluir um terceiro componente nesta negociação, que seria as operadoras oferecendo um melhor serviço”, diz.

Para o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, a imposição de contrapartida é desnecessária, já que as leis que regem a telefonia celular já preveem punição. “É claro que a empresa tem que oferecer um bom serviço. Se não funcionar, nós vamos tomar providências”, diz ao lembrar que a Anatel vem punindo operadoras por maus serviços prestados.

GetNet fornecerá solução para joint-venture da Vivo com a Mastercard

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A GetNet informou o estabelecimento de uma parceria com a MFS (Mobile Financial Services), joint-venture para pagamentos móveis da Telefônica International (contralodora da Vivo) com a MasterCard Worldwide, para ser fornecedora da solução de recarga de pré-pago no serviço de pagamento móvel vinculado à linha de celular Vivo. A previsão inicial da MFS era lançar o serviço este mês e ter 200 mil clientes ativos até o final de 2013.

A solução de recarga da GetNet, em parceria com a MFS, será implementada no final deste mês nos POS (Point Of Sale) da rede GetNet. A versão para TEF entrará em funcionamento ainda em 2013. Ao final da implantação deste novo produto, o cliente poderá inserir créditos na sua conta pré-paga nos 400 mil estabelecimentos comerciais credenciados GetNet, presente em todo território nacional, e com forte presença nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Os pontos de venda credenciados da GetNet também serão usados para a oferta de cartões de débito pré-pago MasterCards. Com ele, os clientes poderão realizar pagamentos e compras em mais de 1,8 milhão de estabelecimentos conveniados MasterCard e saques em caixas eletrônicos da rede Cirrus. A GetNet será responsável pela logística e venda dos cartões junto aos estabelecimento credenciados. Tanto a conta, quanto o cartão não possuem taxa de manutenção ou anuidade. Todas as tarifas cobradas do cliente pré-pago serão revertidas em bônus de créditos (minutagem) no celular Vivo pré-pago.
A princípio, cinco cidades paulistas irão usufruir do serviço em caráter experimental, a partir de maio de 2013: Guarulhos, Mogi das Cruzes, Jundiaí, Sorocaba e Osasco. A estimativa é que a MFS atinja a cobertura nacional até 2014.

O foco da MFS é atender as necessidades da população desbancarizada brasileira com soluções de transferência de recursos entre pares, além de pagamento de contas sem necessidade de abertura de conta corrente. Segundo o Banco Central, existem 50 milhões de brasileiros sem conta bancária e que realizam suas compras e pagamentos somente em dinheiro. A oportunidade para operadoras estaria na alta penetração dos serviços de telefonia móvel: estima-se que 80% da população tenha um celular.

TACs vão exigir investimentos que teles não fariam, diz Anatel

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O Conselho Consultivo da Anatel levantou algumas preocupações em relação à proposta de regulamento sobre Termos de Ajustamento de Conduta. Em especial, o temor de que os TACs acabem premiando falhas das operadoras de telecomunicações, ao “perdoar” falhas e substituí-las por promessas de investimentos. 

“O TAC normalmente é algo para o futuro. Se a empresa responde a um PADO, é porque provavelmente errou em algo. Se ela errou no passado, é importante o procedimento ‘pedagógico’”, destacou o promotor de justiça Leonardo Bessa, representante dos usuários no Conselho, que lembrou a experiência do Ministério Público com esse instrumento.

Em linha parecida, o representante da sociedade civil, Marcello Miranda, destacou que um dos argumentos para a nova regra é a dificuldade de a Anatel efetivamente conseguir recolher os valores relativos às multas aplicadas nos processos administrativos. 

“Um ponto preocupante sobre o regulamento é que as operadoras devem, mas vão deixar de dever, desde que aceitem o TAC. A pressuposição é de que elas não iam pagar mesmo as multas, ou iam pagar muito pouco. as operadoras na verdade vão pegar algo, que seria uma multa, vão atuar no que já deveriam fazer e aquela multa será esquecida”, avaliou Miranda. 

De sua parte, Alexandre Rosa Lopes, da Superintendência Executiva da Anatel, procurou tranquilizar os conselheiros no sentido de que os TACs serão vantajosos aos usuários. “O principal beneficiário é o consumidor, pela correção da irregularidade. E acredito que vai ser melhor para as prestadoras celebrar o TAC do que pagar uma multa, até porque ela vai estar investindo aquele dinheiro nela mesma. Mas também terá que investir em algo que ela não investiria espontaneamente, por isso sempre haverá compromisso adicional”, explicou. 

Já o representante das empresas, Eduardo Levy, sinalizou que as operadoras são favoráveis aos acordos, embora ainda seja preciso confirmar como ficará de fato a norma, que está em consulta pública. “As empresas enxergam de uma forma positiva a ideia. Claro que tudo é uma questão de como vai sair o regulamento”, disse. Levy reagiu, ainda, à queixa de que as empresas não cumprem obrigações de serviço. “Vivemos o mundo real, não o ideal. E no mundo real acidentes acontecem.”

Entenda melhor

TAC significa: Termo de Ajustamento de Conduta;
PADO siginifica: Processos Administrativos de Apuração de Descumprimento de Obrigação.

Desenvolvedores de aplicativos também querem isenção

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As empresas que desenvolvem aplicativos no Brasil comemoraram a obrigatoriedade do carregamento de um pacote mínimo de soluções desenvolvidas no Brasil entre as regras para desoneração de smartphones de até R$ 1,5 mil. Segundo eles, o maior beneficio com a medida será o apoio na divulgação dos aplicativos, que pode reduzir o custo de lançamento dos mesmos. 


“Poucos fabricantes incluíam apps de terceiros nos smartphones. Agora, teremos um apoio, não em novos projetos, necessariamente, mas principalmente em divulgação. Além disso, acho que o fabricante de celular que está aqui passa a olhar para o desenvolvedor nacional com outros olhos”, afirmou Danilo Toledo, sócio da Taqtile, a antiga I.ndigo que mudou de nome após fusão com uma desenvolvedora estadunidense. A I.ndigo ficou conhecida após o desenvolvimento de um aplicativo para a campanha do atual presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, e que em 2012 faturou R$ 10 milhões.

Para o sócio-diretor da Hive, Charles Betito Filho, o incentivo do governo ao mercado de desenvolvimento de aplicativos é essencial para a consolidação de empresas no país, uma vez que o Brasil ainda não conta com um ecossistema de apoio alternativo consolidado. “Aqui não temos fundos de investimento como há nos Estados Unidos, que garantem que muita empresa saia do papel”, afirmou Filho.

A iniciativa do governo, porém, é vista como limitada pelos empresários, uma vez que se o país tiver um pouco mais que uma dezena de fabricantes locais de celular, apenas um punhado de empresas desenvolvedoras de aplicativos seria beneficiado. 

Para que o impulso ao setor fosse mais amplo, seria necessário se investir na desoneração das próprias empresas desenvolvedoras de aplicativos. “Isso [a desoneração] sim estimularia todo o mercado”, afirma Toledo.

“A tributação ainda é nosso grande desafio porque como o mercado em que vendemos é internacional, já temos desconto nas lojas de aplicativos. Além disso, o brasileiro ainda não tem a cultura de comprar aplicativo. Isso está mudando, mas ainda não é um mercado maduro”, diz Filho.
As empresas terão 60 dias para submeterem a lista de aplicativos que pretendem embarcar nos smartphones para obtenção da desoneração. Ainda não está definido o critério para qualificação de um aplicativo como nacional, mas o governo está trabalhando com regras semelhantes às que definem produto nacional no caso de hardware, ou seja, a Portaria 950 do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).

Pelo Decreto que estabelece as regras para desoneração de smartphones no país, também não fica claro se o governo vai exigir certa diversidade no tipo de aplicativo embarcado. A tendência é que o governo trabalhe com uma cesta de segmentos de aplicativos. Para essas definições, estava prevista a formação de um comitê de aplicativos móveis, formado por representantes do governo, operadoras e fabricantes, mas o governo desistiu desse formato porque poderia prolongar o prazo para fechamento das definições, algo que vai contra a dinâmica do setor de dispositivos móveis, que requer agilidade. 

Mas o governo segue com a meta de desenvolver aplicativos focados nas necessidades brasileiras e não apenas traduções de aplicativos de sucesso desenvolvidos em outros países, uma posição elogiada pelos fabricantes. “Não basta embarcar qualquer aplicativo, precisa considerar a relevância para o mercado nacional”, afirma Toledo, acrescentando que há no país a oportunidade de ampliação do número de aplicativos, por exemplo, de serviços públicos. 

Isso só seria possível, no entanto, em um segundo momento. Com a pressa de obter a desoneração, os fabricantes devem ir atrás de aplicativos já disponíveis no mercado. E, como os desenvolvedores ganhariam com divulgação, é bem possível que muitos optem por entregarem os aplicativos sem cobrança aos fabricantes de smartphones com PPB. Apenas em uma segunda fase de amadurecimento os desenvolvedores de aplicativos acreditam em um maior diálogo com a indústria para desenvolvimento de soluções que traga benefícios também para eles, por exemplo.

Vivo confirma pane em sistema que prejudica o serviço de táxi

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A operadora Vivo confirmou a pane na rede de dados 2G, que vem prejudicando o atendimento do serviço de táxi, desde ontem, em Campo Grande – MS. No entanto, a empresa informou que trabalha na solução, mas sem prazo para o restabelecimento do serviço.

“A Telefônica|Vivo informa que, devido a problemas técnicos, alguns clientes da operadora em Campo Grande podem estar encontrando dificuldades para utilizar a rede de dados 2G da operadora. Assim que detectou a falha, nessa quinta-feira (11 de abril), a empresa mobilizou suas equipes para normalizar a situação o mais rápido possível. A empresa voltará a prestar esclarecimentos assim que haja novas informações sobre a normalização do serviço.”, informou a concessionária, por meio de nota.

Desde ontem, as cooperativas de táxi estão com problemas em atender a demanda na cidade. Alguns moradores reclamaram que chegaram a esperar até uma hora para serem atendidos.

O gerente da Coopertáxi, Edson Amorin, informou que o novo sistema está em fase de testes. Nem todos os taxistas aderiram ao novo sistema. Ele informou que são realizadas em torno de 3 mil corridas por dia. Em dias de chuva, a demanda dobra na Capital. Com o novo sistema, Amorin espera reduzir o tempo de espera dos passageiros de 10 para cinco minutos.

TIM e Claro prestam depoimento na CPI em Florianópolis

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Os executivos que representam a TIM e a Claro estiveram na Câmara Municipal de Florianópolis para prestar depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os motivos dá má prestação de serviço de telefonia na Capital Catarinense.
Representando a TIM, que afirma deter 41% do mercado no Estado, estiveram o diretor de Relações Regulatórias, Carlos Eduardo Franco, o diretor de Relações Institucionais, Leandro Guerra, e o engenheiro Cleber Affanio, que atua na área institucional da TIM Sul. Eles informaram o tamanho da estrutura na base (82 torres para a rede 2G e 76 para a rede 3G) e que elas garantem a cobertura de aproximadamente 99,7%.

O presidente da CPI, vereador Tiago Silva, solicitou mais esclarecimentos sobre a falta de sinal, os problemas de cobertura e a quantidade de reclamações feitas por consumidores na cidade e deu o prazo de cinco dias úteis para que as respostas sejam encaminhadas à CPI. Logo depois, foi a Claro, representada pelo Diretor Regional PR/SC, Carlos Alexandre Cipriano, que ouviu as perguntas formuladas pelo presidente da CPI e os demais vereadores.

A empresa também recebeu o prazo de cinco dias para o envio das respostas. O vereador Tiago lembrou, ao final das audiências, que o objetivo da CPI é apurar a péssima qualidade dos serviços prestados pelas empresas de telefonia móvel. Além do presidente da CPI, estiveram presentes os vereadores Pedrão, Vereador Gui Pereira, e Deglaber Goulart.