14/09/2024
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Bradesco e GP Investimentos se unem de olho no mercado de torres

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A gestora de recursos GP Investimentos anunciou um aliado de peso para seu negócio de compra e locação de torres para telefonia móvel. O fundo de private equity do Bradesco adquiriu uma fatia da BR Towers, criada pela GP em setembro do ano passado, e fez um aporte de cerca de R$ 100 milhões na empresa.
A entrada do fundo do Bradesco ocorre ao mesmo tempo em que a BR Towers fecha sua primeira aquisição no Brasil. A empresa incorporou a Sitesharing, que administra 100 torres de telefonia alugadas para as operadoras. O fundador da empresa, Luigi Cosenza, passa a ter uma participação minoritária na BR Towers. A GP continua controladora, mas a fatia de cada sócio na empresa não foi divulgada.
Com quatro meses de vida, a BR Towers soma uma carteira de 2 mil torres, cerca de 20% do total administrado por empresas independentes, ou seja, que não estão nas mãos das teles. A companhia entrou neste ramo com a compra de 1.912 unidades da Vivo por cerca de R$ 500 milhões. “Estamos analisando toda as oportunidades de crescimento, como aquisições de torres de operadoras, de ‘tower companies’ (empresas gestoras dessas estruturas) ou a construção de novas antenas no formato built to suit (por encomenda)”, disse o presidente da BR Towers, Mauricio Giusti.

O fundo do Bradesco é o terceiro a investir em gestoras de torres no Brasil nos últimos seis meses. A GP criou a BR Towers em setembro passado e, menos de três meses depois, o fundo de infraestrutura P2 Brasil, administrado pelo Pátria Investimentos, anunciou aporte de R$ 300 milhões na criação da Highline, do mesmo segmento.
Hoje o Brasil tem cerca de 50 mil torres de infraestrutura, mas apenas 15% delas estão nas mãos de empresas especializadas em administrar essas estruturas, segundo estimativas do mercado. A maioria é gerenciada pelas próprias operadoras de telefonia, principalmente pelas quatro líderes (Vivo, TIM, Claro e Oi). Nos Estados Unidos, por exemplo, as chamadas “tower companies” são donas de metade das estruturas existentes.

4G chega a Curitiba

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A Claro começou hoje a oferecer conexão 4G em Curitiba (2ª cidade a ter cobertura da tecnologia).

Segundo um comunicado da operadora, num primeiro momento a conexão terá capacidade de 10 MHz, mas deve expandir gradativamente até alcançar a capacidade completa na cidade cuja concessão do serviço foi adquirida no leilão 4G em junho de 2012, de 40 MHz.

Na ocasião, a Claro pagou R$ 844,2 milhões para adquirir o chamado lote 2, que inclui bandas com banda com largura de 20 MHz, além de conquistar a autorização para 450 MHz em áreas rurais em Estados do Norte e Nordeste e São Paulo.

A empresa, controlada pelo grupo mexicano America Móvil, já disponibiliza o serviço nas cidades de Recife (1ª capital a ter cobertura 4G), Campos do Jordão, Paraty e Búzios.

Por acordo com a Fifa, a Anatel definiu que as operadoras de telefonia móvel ofereçam conexão 4G até abril de 2013 nas cidades que receberão a Copa das Confederações. Já as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, categoria em que se enquadra Curitiba, devem ter o serviço até dezembro deste ano.

Em novembro, o presidente da operadora, Carlos Zenteno, afirmou que o prazo para instalar rede 4G comercial nas cidades que receberão a Copa das Confederações está “apertado”.

Confira abaixo a cobertura atual do 4G da Claro:
Cidades que já tem 4GMax
Cidades sedes da Copa das Confederações – até Abril 2013
Cidades sedes da Copa do Mundo – até o final de 2013

O celular pode te ajudar em emergências. Confira instruções e truques

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Em casos de emergência, o celular pode ser um grande aliado dos usuários. Muitos desconhecem, mas existem formas (por meio de códigos, aplicativos e funcionalidades) de tornar o dispositivo um ‘anjo da guarda’ em situações nas quais é preciso fazer chamadas urgentes ou em caso de assalto. Com os devidos cuidados, a ajuda chega por meio de alguns toques na palma da mão. E o Portal #Minha Operadora te passa algumas dicas agora!

O celular pode ser a salvação, inclusive em situações de acidente. Fabricantes desenvolveram funcionalidades para que o aparelho seja uma ferramenta de resgate. Quando não são as empresas, são os próprios usuários que criam ferramentas dentro da própria tecnologia, a fim de explorar todas as possibilidades.

Uma curiosidade pouco conhecida é a opção de fazer uma chamada de emergência mesmo com o celular fora de área ou com o teclado bloqueado. Psicóloga, Thaís de Macedo, 27 anos, testou e aprovou a dica: “Não fazia ideia dessa função. Já presenciei situações em que a chamada de emergência poderia ter ajudado”, afirma.

Já a universitária Mariana Miranda Bard, 21 anos, testou um outro truque: digitou “*#06#” e ligou. Com esse código, ela descobriu o número de série do aparelho, dado que geralmente é exigido por operadoras quando o usuário pede o bloqueio do celular após furtos ou assaltos: “Acho que essas informações deveriam ser melhor divulgadas para emergências”, reivindica.

O teste de Lucas Lopes, também universitário, 21, foi um pouco mais desafiador. Há a seguinte ‘lenda urbana’: se o carro abre somente com controle remoto e o motorista estiver esquecido o dispositivo em casa, basta pedir, por ligação telefônica, que uma pessoa pressione o botão do outro lado da linha. O motorista aproxima o celular a 30 centímetros do carro e as portas devem ser destravadas. O universitário avalia o ‘truque’: ‘Tentei, mas não abriu”;

Os truques ganham, para especialistas, um novo nome: easter eggs (ovos de Páscoa, em tradução do inglês). Segundo Marcelo Botelho, diretor da Veus Technology, pode ser divertido descobrir as muitas possibilidades do celular.

Aparelhos Android e iPhone, por exemplo, são alvos preferidos de quem quer personalizar o próprio sistema, diz Ramirez Lavor, analista da Snap Informática: “Programas como o Jailbreak e Cydia permitem o desbloqueio de Androids, que oferecem novas ferramentas e, até pouco tempo, eram ilegais”, destaca.

Para Celso Fortes, da agência Novos Elementos, os ‘easter eggs’ devem ser usados com cautela. Se prejudicar permanentemente, pode ser necessária restauração total. Ele alerta: “Nesse caso, o atendimento só será feito pelo fabricante”.

Essas ‘artimanhas’, afirma Celso Fortes, são funções de sistema desenvolvido pelas próprias fabricantes. Porém, Ramirez Lavor ressalta: “Nem sempre tudo é revelado. Portanto, a informação é passada de um funcionário ou ex-funcionário para o publico geral. Quando cai em fóruns e redes sociais, os usuários começam a testar e explorar os truques”, afirma.


Não acredite em aplicativos que façam raio-X, sugere Marcelo Botelho, da Veus Technology: “Aconselho que o usuário fique mais restrito aos aplicativos convencionais. Se desejar alterações profundas no seu equipamento, pesquise muito antes de aplicá-las no seu aparelho”.

Segundo Ascold Szymanskyj, vice-presidente da F-Secure na América Latina, esse tipo de programa entra no aparelho, vasculha o conteúdo. “Dados do cartão de crédito, por exemplo, têm valor no mercado negro”, diz.

Usuários de iPhone que foram roubados ou perderam o aparelho podem recorrer ao material que está ‘na nuvem’, ou seja, na web e não em um local físico. Dispositivos com sistema operacional 5 (iOS 5) podem contar com o iCloud. Há funcionalidade para localizar o iPhone. Se preferir, imprima a localização e leve à delegacia mais próxima para tentar ajuda.

Os aplicativos Prey Anti-Theft e Android Lost, gratuitos, são os mais eficazes para cuidar do seu aparelho Android perdido ou roubado. Monitore e controle o aparelho por meio de programas online e até com relatórios.

Vale testar, também, aplicativos de antivírus no seu celular, como: AVG, Norton, WaveSecure e Lookout. São gratuitos.

Campus Party Recife confirmada em 2013

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A edição recifense da Campus Party foi confirmada em São Paulo durante a sexta edição do evento que aconteceu no Anhembi na capital paulista desde o início da semana. O governador do estado de Pernambuco [Eduardo Campos] esteve lá, e acompanhado do prefeito do Recife [Geraldo Júlio], o presidente da Vivo [Antônio Carlos Valente] e os diretores do evento (conforme a foto da matéria) confirmaram a data para julho.

“Quero convidar a todos para que voltem ao Recife em julho deste ano, para um evento muito maior e muito melhor, nosso Estado possui centro de convenções, uma grande rede hoteleira, uma posição logística privilegiada, no centro do Nordeste, um grande aeroporto e sobretudo um povo muito acolhedor”, disse Campos.

“Pernambuco é hoje um polo de excelência em tecnologia de informação de classe mundial, graças ao Porto Digital e às nossas universidades. Queremos que a Campus Party se incorpore no calendário dos grandes eventos do nosso Estado”, afirmou o governador.

Anatel determina que operadora melhore serviços em 7 estados

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Depois do Rio de Janeiro, a Anatel informou nesta sexta-feira que determinou à operadora Oi que mantenha em 2013 as medidas que adotou para reduzir as interrupções nas chamadas feitas de telefone fixo, nos estados da Bahia, Pará, Maranhão, Ceará, Minas Gerais, Piauí e Amazonas.

A decisão segue os parâmetros da medida cautelar aprovada no ano passado pela agência com o objetivo de corrigir problemas no serviço de telefonia fixa da Oi nesses mesmos estados.

De acordo com a Anatel, a nova determinação também prevê que a operadora deve adotar medidas para que o número de interrupções no Rio de Janeiro não ultrapasse o registrado em 2011.

“O grupo Oi terá ainda que executar plano de ações para manutenção da sua rede de telefonia fixa nos demais Estados do país e regularizar, em até seis meses, o processo de ressarcimento aos usuários afetados pelas interrupções”, diz nota da Anatel.

Árvore sem poda faz orelhão mudar de lado

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A Telefônica|Vivo mudou anteontem a posição de um orelhão que fica na avenida Alberto Andaló, São José do Rio Preto – SP,  em frente ao numero 3.159. A alteração foi feita porque os galhos de uma árvore que fica ao lado invadiram o espaço interno impossibilitando o uso do aparelho. 
Além das folhas que já atrapalhavam o uso, o orelhão também estava quebrado. Não estava apresentando sinal de linha, além de não ter o teclado de números.
O #Minha Operadora entrou em contato com a empresa de telefonia anteontem informando o mau estado do orelhão. No dia seguinte, a empresa fez os reparos necessários e alterou a posição.
O pedreiro Daminhão Xavier Lacerda, 25 anos, diz que são poucas as vezes que precisa de um orelhão, mas, quando precisa, é difícil encontrar em estado de uso. “Já é difícil de achar eles, existem poucos espalhados pela cidade, mas quando a gente acha algum raramente está em bom estado”, diz o pedreiro.
A assessoria da Vivo disse por telefone que efetuou todos os reparos necessários. A assessoria de imprensa da prefeitura disse que em casos como este, a prefeitura pode enviar uma notificação para o responsável efetuar a poda da árvore.

Oi Futuro suspende atividades no Rio

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O Oi Futuro suspendeu as atividades de suas duas unidades no Rio de Janeiro (Flamengo e Ipanema). De acordo com comunicado divulgado pelo instituto, a prefeitura do Rio emitiu um edital de interdição da unidade do Flamengo devido à ausência de um alvará definitivo de funcionamento. Ainda segundo a nota, os cuidados relacionados à segurança foram atendidos. Inaugurado em 2005, o centro cultural está instalado em um prédio de 1918 no qual já funcionou o Museu do Telefone.

Já a programação na unidade de Ipanema foi suspensa preventivamente, diz o instituto, que planeja apresentar à prefeitura os documentos relativos às medidas de segurança e às atividades realizadas no local.

A fiscalização de alvarás se tornou mais rigorosa em várias cidades depois da tragédia ocorrida na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), quando um incêndio causou a morte de 236 pessoas. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura informou que vai divulgar na internet informações relativas à expedição de alvarás de todas as casas noturnas da cidade.

Leia abaixo o comunicado do Oi Futuro a imprensa na íntegra:

“O Oi Futuro informa que recebeu da Inspetoria Regional de Licenciamento da Prefeitura do Rio de Janeiro, o edital de interdição de funcionamento do centro cultural no Flamengo, com o entendimento de ausência de alvará definitivo de funcionamento. O Oi Futuro esclarece que todas as exigências e cuidados relacionados com segurança estão devidamente garantidos de acordo com criteriosos e rígidos padrões para proporcionar proteção e bem estar ao público.

O Instituto ressalta que o seu centro cultural no Flamengo abriga diversas atividades com abordagens cultural e social que demandam diferentes documentações e autorizações. O Oi Futuro vai atuar para esclarecer todos os questionamentos apresentados, já que detém alvarás para diversas atividades realizadas no local.

O Oi Futuro tomou a iniciativa também de suspender temporariamente as atividades de suas instalações em Ipanema para apresentar preventivamente à Prefeitura todos os seus procedimentos de segurança do prédio e documentação relativos às atividades de natureza diversa que são promovidas em suas instalações.

As medidas vão interromper temporariamente as atividades apresentadas atualmente nos centros culturais do Flamengo e de Ipanema, tanto as gratuitas como as pagas. O valor dos ingressos já vendidos será devolvido, mediante a apresentação dos tíquetes ou comprovantes de compra virtual, nas bilheterias dos respectivos centros onde as atividades são realizadas. Para maior comodidade do público, a troca não precisará ser feita no mesmo dia para o qual o ingresso foi comprado, podendo ser realizada do dia 02 de fevereiro de 2013 (sábado) até dia 8 de fevereiro de 2013 (sexta-feira).

Excepcionalmente para devolução do valor dos ingressos para o público, as bilheterias dos centros culturais funcionarão nos seguintes horários:

Flamengo (Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo tel.: 31313060) de 11h até às 20h e Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema tel.: 3131.9333) de 13h às 20h.”

Matéria Especial de Domingo: Linha Cruzada

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Os consumidores reclamam que as empresas de telefonia não prestam um serviço de qualidade. A Anatel, por sua vez, multa as operadoras porque elas não cumprem contratos de concessão nem oferecem bons serviços à população. E as companhias alegam que a agência que regula o setor está exagerando na dose em suas autuações, tirando dinheiro que poderia ser mais bem aplicado exatamente na melhoria da qualidade. Quem tem razão? Ao que tudo indica, todos estão certos. Mas tal qual uma conversa em uma linha cruzada, ninguém consegue entender direito o que cada um está dizendo. A conclusão: tudo fica como está e nada é resolvido. 
Logo, o consumidor é quem, de fato, paga o pato, e, indiretamente, as multas. Aos números. Em 2012, as empresas de telefonia lideraram os rankings de reclamações do consumidor. As quatro operadoras (Oi, Claro|Embratel, Vivo|Telefônica e TIM|Intelig) estão entre os dez grupos que mais tiveram problemas com os clientes. Pior: Oi e Claro/Embratel encabeçam esse indesejado ranking, que consolida as informações de todas as fundações de proteção e defesa do consumidor, os Procons. Mais dados. Um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que a Anatel aplicou multas que somaram R$ 6,6 bilhões entre 2008 e 2011. 

Esse montante só é inferior ao do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que fez autuações de R$ 13,5 bilhões no mesmo período. Ambos, no entanto, multam muito, mas arrecadam pouco. No caso da Anatel, apenas 4,9% do cobrado entrou nos cofres da agência. O Ibama tem desempenho ainda pior: 0,7%. “É uma situação estapafúrdia”, diz o ministro Raimundo Carreiro, do TCU, que fez o relatório. A arrecadação das multas é baixa por um motivo muito simples. As operadoras, após esgotarem todos os recursos dentro da agência, contestam a punição na Justiça. Nada mais justo em um país democrático. Nessa hora, no entanto, precisam depositar o valor da multa em juízo ou apresentar uma carta-fiança, garantia de que pagará caso não ganhe a causa. 

Em 2011, por exemplo, dos R$ 624 milhões de multas às quais não cabem mais recursos na Anatel, R$ 543 milhões estão suspensos judicialmente, é dinheiro que sai do caixa das operadoras. Em geral, além de contestarem o mérito, os advogados das teles também reclamam do valor das multas. “Se as empresas cometem falhas, é preciso haver punições e buscar resolver o problema”, afirma Eduardo Levy, presidente da Sinditelebrasil, entidade que representa as teles. “Mas há muitas punições exageradas.” Procuradas, Oi, Vivo/Telefônica, Claro/Embratel e TIM não quiseram dar entrevistas para essa matéria especial do nosso portal. Um caso ilustra bem essa posição das empresas de telefonia. 


Em 2012, a Oi foi punida porque não instalou telefone público em uma aldeia indígena no Pará. Nessa comunidade, a fiscalização da Anatel constatou que havia mais de 300 índios. Logo, pelo contrato de concessão, era necessário disponibilizar os tais telefones. O problema é que o cacique, chefe daquela tribo, não queria os orelhões. Em sua defesa, a Oi acrescentou inclusive uma declaração do próprio cacique, confirmando sua decisão de não colocar a aldeia no mundo da telefonia. Nada disso sensibilizou os diretores da Anatel. A multa, que começou em R$ 250 mil, chegou a extraordinários R$ 2,5 milhões. “Trata-se de um caso isolado”, disse João Rezende, presidente da Anatel, quando questionado sobre esse exemplo.

As operadoras têm uma série de problemas a resolver. Os consumidores reclamam de erros nas contas, da recusa em desligar um serviço e, principalmente, da carência de sinal na telefonia móvel. No ano passado, Oi, Claro e TIM foram impedidas de vender linhas celulares em alguns Estados em razão da péssima qualidade de seus serviços. Publicamente, foram cobradas a investir mais. E elas não investiram pouco. Desde 2000, por exemplo, elas já gastaram R$ 213,5 bilhões. Em 2011, foram R$ 22,7 bilhões, o maior valor desde 2001. Nos nove primeiros meses do ano passado, as inversões chegaram a R$ 16,5 bilhões. 

É pouco? Na visão das operadoras, que só falam reservadamente quando o gravador é desligado, poderia ser mais. Um exemplo: os R$ 6,6 bilhões cobrados das teles entre 2008 e 2011 representam 8,3% do que elas investiram no período. “Esse é um dinheiro que não é revertido em prol da sociedade”, diz uma fonte de uma operadora. O presidente da Anatel, no entanto, não concorda. “Se elas investissem o suficiente, não haveria multas em relação à qualidade”, afirma Rezende. Nessa conversa, até agora de surdo-mudo, Anatel e operadoras parecem que finalmente descruzarão a linha. 

Há uma iniciativa na agência de criar Termos de Ajustamento de Conduta, assim como fazem o Ministério Público e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para substituir as sanções. Nesse caso, a ideia é trocar algumas multas por investimentos na melhoria do serviço, um pleito das operadoras. “Mas terá que ser um investimento adicional, além do que já estava no orçamento das empresas”, diz Rezende. O plano existe desde o começo do ano passado. Até agora, pouco avançou. O presidente da Anatel, no entanto, promete que, em fevereiro, colocará o assunto em consulta pública. Diz mais: acredita que, já no segundo semestre de 2013, a medida pode entrar em vigor. Se até lá a linha não cair, pode ser um avanço, em especial para o consumidor. Suas reclamações podem virar investimentos.


Conversamos com o autor da frase: “Nosso trabalho é cobrar qualidade”, o presidente da Anatel, João Rezende:

A Anatel está preocupada apenas em arrecadar? 
Não. Para a Anatel, é muito melhor que os serviços funcionem do que as empresas serem multadas. É possível argumentar que as multas estão desproporcionais, mas a Anatel não tem como descartar as multas que foram aplicadas lá atrás. Tanto que já está no conselho uma proposta para trocar parte dessas multas por investimentos na melhoria do serviço.

Quando isso vai acontecer?
A consulta pública deve acontecer em fevereiro.

As empresas reclamam que multas vezes elas têm de escolher entre pagar a multa ou fazer investimento.
Isso não é verdade. Se eles investissem o suficiente não haveria multas em relação à qualidade. O trabalho da Anatel é cobrar qualidade. 

Elas alegam também que antes acertavam o valor das multas.
Acho que as empresas têm muitos advogados e pouca gente trabalhando na melhoria de serviço. As multas são previstas pelo regulamento. 

Como será a transferência da multa para o investimento?
Ainda não está definido. A ideia é investir para melhorar a qualidade do serviço. Mas terá que ser um investimento adicional, além do que já estava no orçamento das empresas.

Enviamos um e-mail também com perguntas para o diretor-executivo do SindTeleBrasil, Eduardo Levy:


Qual é a posição das operadoras em relação às multas da Anatel? 
Existe um grande problema de dosimetria que afeta as decisões da Anatel e faz as empresas contestarem as punições na Justiça. Se as empresas cometem falhas, é preciso haver punições e buscar resolver o problema. Mas há muitas punições exageradas. Se a empresa atrasa em dois dias a entrega de uma informação, recebe uma multa milionária.

As multas não pressionam as empresas a resolver os problemas?
Como as empresas não concordam com o valor da multa, elas vão à Justiça. Então, esses altos valores, que poderiam ser investidos nas melhorias dos serviços, são separados pelas operadoras como provisões, em seus balanços. Ao mesmo tempo, a Anatel não arrecada mais com isso, já que as decisões da Justiça acabam demorando.

PROMOÇÃO: Comente sobre nossa matéria especial de hoje, expresse suas ideias sobre o assunto, conte qual o real motivo de tantas reclamações nas operadoras e porque a situação não melhora na sua opinião e concorra a uma recarga para o seu celular. O comentário mais curtido, ganha. Garanta seus créditos da semana!

Tecnologia para mudar a educação no campo

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Há algum tempo, uma equipe da Fundação Telefônica|Vivo visitou o município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A agenda incluiu a visita a uma escola rural, às margens do rio Paraguai, na comunidade de Paraguai Mirim, distante seis horas de barco da cidade.
Nessa escola, os alunos se alojavam junto com a professora para ter aulas durante dois meses seguidos, período durante o qual não tinham qualquer contato com a família. Aí voltavam para casa, onde ficavam outros dois meses, para novamente retornar à escola.
Esse é só um exemplo das dificuldades enfrentadas pelas escolas rurais brasileiras, muitas delas com infraestrutura totalmente precária. De acordo com dados do Ministério da Educação, 90% dessas escolas (um total de 68.651 unidades) não têm internet, e a taxa de estabelecimentos sem energia elétrica é de 15%. Apenas 11% das escolas do campo têm biblioteca, 1,1% contam com laboratório de ciências e 12,9% apresentam laboratório de informática.

Não à toa, o governo condicionou a concessão das faixas de radiofrequência 4G a contrapartidas na forma de atendimento a áreas rurais e regiões remotas.
A primeira experiência de conexão de escolas rurais da Vivo já está acontecendo. A “toda poderosa” está levando tecnologia 3G a 100 unidades localizadas em 7 estados brasileiros.
Há pouco mais de um mês, a equipe da fundação esteve em Maratá, cidade de cerca de 2,5 mil habitantes, próxima a Porto Alegre, para entregar equipamentos para a EMEF Pedro Cristiano Höher, e lançar o programa Escolas Rurais Conectadas, que irá capacitar professores e testar impactos das tecnologias na qualidade da educação.
A ideia é que o diagnóstico, elaborado sob licença creativecommons, possa ser um referencial para iniciativas que visem a inserção das unidades rurais no universo digital, sua integração e colaboração por meio das mídias sociais, o desenvolvimento local, a proteção à infância e, sobretudo, a melhoria da aprendizagem de crianças, jovens e adultos dessas regiões.
Para a empresa, a conexão das primeiras 100 escolas é só o começo. Será um grande aprendizado para os novos desafios da chegada do 4G ao País.

Justiça estuda penalidade à Oi por não prestação de serviços de internet

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O Poder Judiciário de Mato Grosso estuda eventual penalidade a ser aplicada à operadora Oi por execução parcial de contrato de serviços de internet. A “supertele” não está cumprindo os prazos contratuais e o fiscal do contrato já sugeriu a aplicação de multa à operadora. O contrato é subdividido por acordos de níveis de serviço (ANS ou SLA) e, no caso de Cuiabá e Várzea Grande, o prazo de atendimento em caso de problemas é de duas horas e o prazo para solução é de quatro horas.
“A empresa Oi deve mandar um técnico para resolver o problema em até duas horas após aberto o chamado e este profissional deve resolver a falha em no máximo quatro horas”, explica o coordenador de Tecnologia da Informação do TJMT, Carlos Campelo.

Campelo ressalta que a Oi já deveria ter instalado novos links e o prazo para a execução deste serviço está vencido desde o dia 31 de dezembro. O diretor de Conectividade do TJ-MT, Benedito Alexandre, observa que na última quarta-feira (30/01) o Fórum da Comarca de Várzea Grande enfrentou problemas com a internet às 12h, o que prejudicou o funcionamento do Departamento de Protocolo. Diante disso, a juíza diretora do Foro, Antônia Siqueira Gonçalves Rodrigues, teve que suspender os prazos processuais nessa data.

Conforme o gestor da unidade judiciária, Adão Eugênio da Silva, somente às 11h desta quinta-feira (31) um técnico da Oi identificou o problema no modem ótico, que não tinha nem um mês de uso. O equipamento foi trocado e os serviços voltaram a funcionar instantaneamente.