09/09/2024
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Anatel investiga se TIM descumpriu suspensão da promoção ‘Infinity Day’

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O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, afirmou que a prestadora de telefonia TIM alegou problemas técnicos para suspender a promoção Infinity Day em algumas localidades e informou, por meio de carta, que não poderia interrompê-la imediatamente.

Ramos disse ainda abriu um procedimento administrativo para investigar se a empresa descumpriu determinação do órgão regulador para suspender a vigência da promoção Infinity Day. “Por conta disso, estamos abrindo processo para apurar esse descumprimento”, disse.

Se as investigações confirmarem os indícios apurados pelos escritórios regionais da Anatel, a empresa poderá pagar uma multa de R$ 200 mil por dia de descumprimento. A determinação da Anatel é válida desde o domingo (18).

A promoção da TIM consistia em ligações ilimitadas durante um período de 24 horas por preços fixos. No caso das chamadas locais entre aparelhos da operadora, cada usuário pagaria apenas R$ 0,50 por dia, enquanto todos os interurbanos de TIM para TIM custariam R$ 1 por dia para cada cliente. 

Até ser suspensa pela Anatel, a promoção valia para os Estados do Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Amazonas e interior de São Paulo.

Quem ganha e quem perde com o 4G brasileiro

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Na primeira rodada das licitações para a aquisição de infraestrutura para as redes de quarta geração, na tecnologia LTE, Nokia Simens Networks (NSN) e Huawei foram as grandes perdedores. Ambas ficaram fora da rede de acesso da Oi. A Ericsson consolidou a liderança, com a maior fatia de contratos de rede de acesso e maior participação nos equipamentos centrais da rede (core), e a Alcatel-Lucent conseguiu retornar ao mercado, depois de ficar fora do mercado brasileiro na 3G.

Mas analistas alertam que alterações no tabuleiro do xadrez dos fornecedores não são definitivas, até porque as ondas tecnológicas permitem retomar posições, como ocorreu agora com a Alcatel-Lucent. Os próprios vendors insistem em que não se pode dizer que a Samsung, que não levou nenhum contrato de infraestrutura de 4G seja carta definitivamente fora do jogo. Pela qualidade de seus produtos, investimentos em tecnologia e invejável saúde financeira (realidade muito diferente da enfrentadas pelos fornecedores europeus), ela é um concorrente que não deve ser desprezado.
Até porque, no levantamento feito pela ABI Research sobre o desempenho do mercado de infraestrutura de redes móveis no terceiro semestre, a Samsung, ao lado da NSN, foram as únicas que apresentaram crescimento de receita, graças às vendas de redes LTE. Quinta colocada no ranking dos fornecedores de infraestrutura, com apenas 5% do mercado mundial, a Samsung tem melhor desempenho no segmentos das redes de 4G, com 15% de market share.

Os ventos não estão favoráveis à Huawei, mas ela continua na liderança do mercado mundial de infraestrutura de redes móveis, com 24,3% de cota de mercado. No último trimestre, viu sua receita encolher 15% no mercado mundial de redes móveis. De maneira geral, o mercado está menos comprador, muito em função da difícil situação na Europa. As redes LTE avançam mais rápido nos Estados Unidos, na Ásia e, agora, começam a ser implementadas na América Latina. Mas a previsão da ABI Research é de que as receitas com a venda de redes móveis em 2012, considerando as diferentes tecnologias, caiam 10% em relação ao ano passado.

Fontes da Huawei preferem não comentar a saída da empresa na 4G da Oi, apostando que vão manter, na Vivo, a mesma posição que têm na 3G. Os tropeços da Huawei são creditados pelo mercado ao fato de ter sido mais dura nas negociações e de ter tido dificuldade em atender a um cronograma de entrega de rede 3G na operadora. Mas se a Huawei abandonou a política de preços baixos, seu lugar, nessa rodada, foi ocupado pela Alcatel-Lucent, muito agressiva nas negociações.

Mesmo com a perda de terreno na Oi, a Huawei se coloca em segundo lugar na participação do mercado de equipamentos de acesso para as redes 4G/LTE, perdendo posição apenas para a Ericsson, que lidera em participação em todas as operadoras no mercado brasileiro (globalmente é a segunda no ranking). Na licitação de 4G, a Ericsson reforçou sua posição no segmento de rede de acesso ao tomar o lugar da NSN na Oi. Hoje, a NSN, em rede de acesso na 4G, tem apenas 5% de participação na Claro (atenderá ao Norte, região onde já está presente na 3G) e 28% na TIM, que manteve os mesmos fornecedores e a mesma divisão da 3G.

Mas para compensar em parte sua saída da rede de acesso 4G da Oi, a NSN ficou com todo o core da rede. Tem também uma parte do core na Claro (20%), onde divide espaço com a Ericsson. Esta responde por 100% do core da Vivo e da TIM.

Anatel recruta voluntários para medir qualidade da internet

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O programa de aferição de qualidade da banda larga brasileira recruta internautas voluntários que tenham interesse em medir com precisão a qualidade da conexão no país. Cidadãos e empresas de todos os estados brasileiros podem participar. Não há pagamento, mas também não há custo.

A Anatel, responsável por medir e acompanhar os indicadores de qualidade da conexão banda larga em todo o país, recomenda que a medição seja feita pelo site da Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ).

Entre os requisitos solicitados para que os voluntários participem do programa de aferição estão a necessidade de possuir uma conexão fixa de banda larga de uma das operadoras avaliadas. São elas: Oi, Net, Vivo, GVT, Algar Telecom, Embratel, Sercomtel e Cabo.

Além disso, é preciso utilizar um roteador para se conectar ao serviço de banda larga, ter uma tomada adicional próxima ao aparelho ou onde pretenda conectar o equipamento. Nesse caso, o cabo de rede deve estar conectado entre o equipamento e seu roteador. Será fornecido um cabo de um metro para essa conexão.

Os interessados em participar do programa também não podem ser funcionário das prestadoras monitoradas, devem se comprometer a nunca desconectar o equipamento ou o roteador da operadora para não prejudicar as medições. A configuração do equipamento também não deve ser alterada e a EAQ deve ser notificada caso ocorra mudança da operadora prestadora do serviço de banda larga. É preciso também devolver o equipamento à EAQ se não desejar mais participar do projeto. A entidade será responsável pelos custos de postagem do retorno do equipamento.
Antes de iniciar o teste o internauta deve fechar todos os programas e aplicativos que estão sendo utilizados para minimizar a interferência durante o processo. Os programas que não utilizam conexão com a internet também devem ser fechados, pois podem interferir no resultado. Por meio do link, é possível inclusive criar um documento que pode ser enviado à operadora, para questionamentos. Um detalhe importante é a instalação do plugin Java na máquina, essencial para o funcionamento do teste.

Lentidão

Alguns fatores podem contribuir para piorar a velocidade da internet. Veja abaixo quais são eles e como resolver:
  • Ter vários programas abertos ao mesmo tempo, feche alguns;
  • Falta de memória RAM – para resolver esse problema, pode-se fazer um upgrade na máquina, que custa de R$ 50 a R$ 100;
  • Existência de vírus – verifique se a queda brusca na velocidade não é o antivírus que começou a rodar automaticamente. Alguns programas têm um sistema de verificação agendada e o começam a funcionar repentinamente.

OAB pede à Anatel novamente, a suspensão das vendas de novas linhas

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A OAB-RS ingressou com um pedido de suspensão de vendas de linhas de celular no Rio Grande do Sul à Anatel. O documento, que é igual ao entregue nesta quinta (22) ao Procon de Porto Alegre, será encaminhado também ao Procon gaúcho.

Segundo o presidente da OAB-RS, Claudio Lamachia, as operadoras não executaram um plano de investimentos para melhorias do sinal, conforme prometeram há mais de 4 meses. Lamachia cobra ainda que a agência reguladora das telecomunicações cumpra seu dever de fiscalizar a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras.

Caso a Anatel acate o pedido da OAB-RS, será a segunda suspensão promovida pela agência reguladora neste ano. Em julho, dias após a suspensão das empresas pelo Procon portoalegrense, a Anatel proibiu a Oi, a TIM e a Claro de vender novas linhas em diversos estados brasileiros.

Setor de telefonia registrou fortes quedas na bolsa

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O setor de telefonia registrou fortes quedas na bolsa na terceira semana de novembro. Os destaques negativos foram os papéis da TIM, principalmente por conta do impasse travado com a Anatel, que determinou a suspensão de uma campanha da operadora por temer que a rede ficasse sobrecarregada. Entre a segunda-feira 19 e a quarta-feira 21, as ações da companhia acumulavam perdas de 2,33%. Segundo Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da Coinvalores, a intervenção da Anatel mexeu com todo o setor.

“Os investidores ficam receosos quando a Anatel faz uma nova exigência”, diz Barbosa. As ações da Vivo caíram, na semana, 0,41%. A Oi operou na contramão, registrando alta de 1,24% no período. “Os boatos, já descartados pela companhia, de que a operadora compraria a GVT chamaram a atenção do mercado”, diz o analista, que, apesar da volatilidade, para o longo prazo, recomenda a compra das três empresas do setor.

Oi fecha contrato com a Arena Castelão

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A Oi anunciou contrato com o consórcio Arena Castelão (formado pelas empresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça) para o fornecimento de serviços de TI e Telecom ao estádio cearense. A parceria, divulgada em evento em Fortaleza, deverá ser sustentada pelo uso da arena para jogos não apenas da Copa do Mundo de 2014, mas também para partidas locais e eventos de entretenimento.

O contrato com a Oi prevê fornecimento, instalação, automação, manutenção, conservação, atualização, modernização e suporte. A empresa deverá operar circuito fechado de TV, sonorização, sinalização digital, controle de acesso, telefonia, automação e redes cabeadas e Wi-Fi (LAN e WLAN). De acordo com a operadora, serão 350 telefones IP, dois mil pontos de acesso à rede LAN, 240 câmeras de segurança, 560 alto falantes e gestão de sistemas de alarme, incêndio e elétrico.

Esperando por uma grande concentração de pessoas, a Oi vai precisar garantir a disponibilidade dos serviços. Para isso, a rede LAN, por exemplo, conta com arquitetura redundante no local.

A Arena Castelão sediará jogos da Copa do Mundo e conta com capacidade para 60 mil espectadores. As obras estão praticamente concluídas, com 95% da estrutura já pronta. A operadora diz que é a primeira do País a ofertar estes serviços em estádio. No mercado internacional, projetos assim já são mais comuns, como o executado pela AT&T no autódromo Circuito das Américas para a Fórmula 1, inaugurado na semana passada.

Cresce a quantidade de acessos à web durante voos

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A prestadora TIM afirma que a quantidade de acessos à internet por meio de aeronaves TAM cresceu 12 vezes em comparação ao ano de 2011. 

Desde outubro de 2010, a TAM oferece aos passageiros a possibilidade de usar serviços de dados e voz. A operadora On Air é responsável por completar as chamadas. Há dois meses, a TIM ampliou o serviço aos clientes com planos pré-pagos.
Além de conexão à web, a TIM diz que o envio de mensagem SMS cresceu 500% e a quantidade de chamadas aumentou 260% durante o mesmo período.
Cada minuto de uso do serviço de telefonia custa até nove reais. O passageiro pode também receber mensagens SMS grátis de outra pessoa. Durante o voo, a conexão é similar a uma cobertura de roaming (quando o usuário está, por exemplo, em outro país).

As operadoras Vivo e Oi também oferecem o serviço de acesso em voos.

TIM é vencedora na 12ª Edição do Prêmio ABT

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A TIM foi uma das principais vencedoras da XII Edição do Prêmio ABT, organizado pela Garrido Marketing e IBMR – Instituto Brasileiro de Marketing de Relacionamento. A operadora recebeu o troféu ouro na categoria Campanha de Comunicação Externa com o case TIM Ilimitado. Além disso, levou o troféu bronze na categoria Responsabilidade Social, com o case TIM Tudo azul… verde e amarelo, que demonstra que a TIM é pioneira entre as empresas de telefonia móvel no Brasil em conquistar a certificação ambiental de Rede – ISO 14001. No Brasil, nenhuma outra operadora de telefonia celular recebeu esta certificação.

Para Ana Cristina Oliveira, Diretora de Qualidade, o reconhecimento é consequência do trabalho realizado em equipe e com foco na qualidade da prestação dos serviços. “Garantir um serviço de qualidade, é prioridade para a TIM”, afirmou. Os cases de sucesso foram selecionados entre mais de 200 inscritos.

Telecom Italia decidirá em breve futuro da TIM no Brasil

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A Telecom Italia, que detém 67% do controle da TIM, está para tomar decisões importantes nas próximas semanas sobre o futuro das operações na Itália e do negócio de telefonia móvel no Brasil, o que pode trazer grandes mudanças para a endividada companhia. O comitê executivo da operadora se reuniu ontem para analisar os assuntos em pauta, disse uma fonte a jornalistas, e o conselho vai discuti-los no dia 6 de dezembro. 

A empresa deve decidir primeiramente se fará uma oferta pela operadora brasileira GVT, da francesa Vivendi, para fortalecer a TIM, importante fonte de crescimento nos últimos anos. Para isso, o presidente do conselho Franco Barnabe deve convencer os acionistas e o conselho (que inclui a Telefónica|Vivo) de que a compra vai dar retornos apesar do possível preço de 7 bilhões de euros (9 bilhões de dólares).
“A opção da GVT veio do nada e a direção precisa deixá-la mais clara”, disse uma pessoa próxima a um dos principais acionistas da Telecom Italia. 

A controladora da TIM também deverá decidir se continuará a trabalhar pela separação da rede italiana de telefonia fixa em uma nova companhia e se venderá a capacidade em condições de igualdade para todas as operadoras.

Falta de internet na zona rural trava escoamento e gera custo extra

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Ivan Pinto produz uvas em Curaçá, norte da Bahia. Toda semana, antes de liberar uma carga de sua mercadoria, ele precisa percorrer quase 92 km para chegar até Juazeiro e poder acessar uma internet arcaica, e assim emitir nota fiscal eletrônica, Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), documentos necessários a cada venda efetuada. 

Ele perde em torno de 2 horas só em trânsito entre as duas cidades. “Isso quando dá para fazer tudo de vez. Às vezes tem que ficar indo e vindo”, ressalta o agricultor. Ele também tem que percorrer o mesmo caminho sempre que precisa acessar informações climáticas para regular a irrigação de sua plantação, mandar relatórios para clientes ou rastrear seus produtos. 

“Minha produção é escoada para São Paulo, mas se fosse exportar ia ser pior, porque são mais documentos ainda”, reclama ele, que para viabilizar o escoamento foi obrigado a montar um escritório em Juazeiro. “Lá, a internet não é o ideal. Você paga 5 MB, mas só chega 1 MB. É lenta, mas pelo menos eu consigo trabalhar”. 

“Um caminhão parado por um dia custa R$ 1.500 ao produtor”, acrescenta o diretor da Associação Brasileira de Agricultores e Irrigantes da Bahia, Alex Rasia. 

Há 600 metros dali, em Petrolina (PE), Danilo Bione produz mangas e não tem do que reclamar. Na zona rural da cidade tem internet banda larga desde 2010, graças ao programa Roça Digital, elaborado pelo governo de Pernambuco e financiado pelo governo federal. Custou R$ 4 milhões e oferece internet banda larga aos núcleos irrigados de Petrolina e polos vinícolas (produtores de uva).

“Em, no máximo, cinco minutos resolvo tudo. E se o cliente já estiver cadastrado é mais rápido ainda”, elogia o produtor, que lembra sem saudade dos tempos em que não tinha internet na roça. “Quando não tinha, a gente tinha que ir até a cidade (zona urbana) para fazer essas coisas. Aí tinha que se programar para fazer tudo de uma vez, pra não perder tanto tempo”. 

Na Bahia, o governo também tem um projeto para instalar banda larga no interior do estado. O projeto baiano vai sair 100x mais caro que o pernambucano: R$ 407 milhões. Isso porque, segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o estado vai investir em uma rede própria, enquanto a utilizada em Pernambuco é alugada. Além disso, a área de abrangência é bem maior. 

“Não existe rede própria em Petrolina. O que existe é um convênio com a Oi por quatro anos, o que é um problema, porque fica subordinado à Oi”, critica o secretário Paulo Câmera. Ele prevê que, após os 4 anos, Pernambuco não terá rede e terá que realizar nova licitação de serviços. 

Câmera explica que, no caso da Bahia, o projeto será executado em duas etapas. A primeira iniciará em 2013 e compreenderá 156 municípios. “Serão gastos R$ 116 milhões, que já estão sendo captados no governo federal”, explica. 

O projeto da rede também contempla o lançamento de fibras ópticas, prioritariamente aéreas, a aquisição e a instalação de equipamentos rádios, ópticos e de dados. Segundo o secretário, a primeira etapa não precisará estar totalmente concluída para começar a funcionar. “A ideia é fazer por fases. Termina um pedaço e bota para funcionar, depois faz outro pedaço e libera também. Para acelerar, vamos usar os cabos da Chesf. A ideia é terminar em um ano”, prevê. 

A outra etapa, no entanto, ainda não tem data para começar e nem dinheiro garantido. “Assim que terminarmos essa primeira etapa, vamos tratar de buscar dinheiro para fazer a segunda”, diz o secretário. Ele garante que a zona rural também será beneficiada por causa dos ‘pops’, que são antenas retransmissoras do sinal digital. Serão 23 pops nesta primeira etapa. 
O apagão tecnológico e os entraves que ele causa no agronegócio foi tema do Agenda Bahia de terça-feira. Na ocasião, produtores, empresários e representantes do governo discutiram soluções para a falta de uma rede moderna de telecomunicações. 

Entre essas soluções, foi apontado um possível acordo entre os governos baiano e pernambucano para usar o sistema já implantado em Petrolina também em Juazeiro. “Em vez de puxar 600 quilômetros de fibra para lá, é só puxar 600 metros a fiação do outro lado do rio”, sugeriu Ivan Pinto. Isso porque, apesar de ficarem em estados diferentes, Juazeiro e Petrolina são separadas apenas por uma ponte de 600 metros, sobre o rio São Francisco. 

Sobre o assunto, o professor e coordenador de redes da Unifacs Luciano Pena opina: “É possível, mas devem ser estudadas as condições, porque as tributações dos dois estados podem ser diferenciadas”. Porém, Pena lembra que essa parceria resolveria o problema apenas naquela região e que a política do governo da Bahia contempla o estado inteiro. 

“Atuar em retalhos também não resolverá o problema do estado como um todo. E quem leva informação e tecnologia leva desenvolvimento”. E ele finaliza: “É preciso buscar também parcerias na iniciativa privada, em apoio ao governos estadual e federal. Porque se esse programa de expansão da banda larga depender apenas do governo federal ele vai ficar só no papel, ou irá demorar de sair”. 
Os problemas com a internet não estão restritos apenas a municípios distantes da capital. Em Alagoinhas, a 116 km de Salvador, o dono de uma indústria de laticínios, Paulo Cintra, passa por um problema bem parecido. “Já perdi muita venda porque não consegui emitir a nota fiscal”, reclama. 

De acordo com Cintra, o sistema de internet na cidade é tão arcaico que ele precisou contratar os serviços de quatro operadoras: “Tenho TIM, GVT, Vivo e Oi Velox. Um funciona de manhã e outro cai à noite. Só assim para estar sempre conectado”, relata o empresário, que gasta R$ 6 mil mensais só com internet. 

“O impacto para o agronegócio é muito negativo. O governo estabelece obrigações e ele mesmo não nos dá condições de cumpri-las”, diz, se referindo às notas e certificados que devem ser emitidos digitalmente. A fábrica de Cintra produz cerca de 900 mil toneladas de iogurte por mês e abastece os mercados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. 
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) realiza hoje o encontro Cenário de TI na Bahia: Perspectivas e Oportunidades. Tendo como pano de fundo o Polo de Informática de Ilhéus, que vê sua competitividade ser afetada desde 2008, os participantes vão apresentar as novidades em tecnologia da informação no país, além de traçar cenários e apresentar oportunidades para o setor na Bahia. 

Especialistas do Ministério de Ciência e Tecnologia, do BNDES e da Finep vão apresentar e debater, com empresários baianos, o que há de mais atual em projetos de TI no país, e iniciativas promissoras. Atualmente o Polo tem enfrentado problemas relacionados à sua infraestrutura logística deficiente, restrições na área de comunicações, apagões na energia e a escassez de linhas de financiamento.