09/09/2024
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Oi quer levar banda larga popular para 4.800 cidades até 2014

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A Oi comunicou que não está parada com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A operadora adicionou mais 127 municípios ao programa, e até o final de 2014 todas as cidades-sede onde a Oi atua com o serviço de telefonia fixa serão atendidas pelo serviço. 4.800 cidades serão beneficiadas com o plano.
O PNBL tem como objetivo levar banda larga para todas as cidades do Brasil a um preço que o consumidor possa pagar. Com mensalidade de R$ 35 (ou R$ 29 nos estados onde há isenção de ICMS), o cliente leva banda larga de 1 Mbps com 500 MB de franquia para navegar. Em julho do ano que vem, essa franquia aumenta para 1 GB e, após o consumo, a velocidade é reduzida para 128 kbps até o próximo mês.

Como o serviço é voltado para a inclusão digital, ou seja, seria a “primeira conexão com a internet” do consumidor, até que está de bom tamanho. A operadora fornece o modem sem custo para o cliente e a instalação de R$ 99 é parcelada em 10 meses para facilitar na hora de pagar.
De todas as 2.132 cidades atualmente cobertas, 41,5% são das regiões Norte e Nordeste do Brasil, que sempre enfrentaram dificuldades em conexão de qualidade. A falta de fibras ópticas impede o desenvolvimento tecnológico dessas regiões, que precisam recorrer a satélite ou fibras de países vizinhos. É o caso do Oi Velox no Amapá: a Oi aluga uma fibra de uma operadora da Venezuela, que passa pelo mar até chegar em Fortaleza, no backbone da empresa.

A operadora também conta com um plano de internet móvel nos moldes do PNBL: são 150 MB de franquia no Oi Velox 3G, que custam R$ 29,90. Após o consumo da franquia, a velocidade é reduzida para 150 kbps.

Vale lembrar que o estado de São Paulo não será atendido pela Oi no PNBL de internet fixa: a operadora não possui infraestrutura necessária no estado, e isso fica a cargo da Vivo e de outras operadoras participantes do programa.

Chaia deixa a presidência da Nextel no Brasil

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O fraco desempenho da Nextel Brasil foi o grande responsável pelos resultados abaixo do esperado da sua controladora norte-americana, a NII Holdings. Durante a conferência de resultados o CEO da NII, Steve Dussek, chegou a afirmar que estava desapontado com os resultados: “A performance não é aceitável e precisamos melhorar. Tomo toda a responsabilidade por isso”, declarou. Dussek alegou que os resultados eram reflexos das ações do ano passado, quando a Nextel diminuiu preços para conseguir competir com a telefonia móvel 2G e 3G e acabou atraindo consumidores “difíceis de reter e que não eram lucrativos”.
Para reverter o quadro, a NII anunciou que sacrificará sua base brasileira de assinantes, utilizando uma abordagem mais agressiva em busca de usuários com maior retorno financeiro, desativando mais de 350 mil usuários para poder voltar a ter resultados positivos no começo de 2013

Mas as ações não param por aí. A NII anunciou nesta ontem, 19, a saída do até então presidente da Nextel, Sérgio Chaia. Em comunicado, o CEO da holding diz: “Decidimos seguir em uma nova direção para garantir que a Nextel Brasil seja capaz de executar suas metas e entregar resultados”. O COO da NII, Gokul Hemmady, passará a maior parte de seu tempo agora com o novo COO da subsidiária brasileira, Claudio Hidalgo, que recentemente deixou o posto de presidente da Nextel no Chile, até que um novo presidente seja escolhido. “Agradecemos ao sr. Chaia pelo tempo dedicado à Nextel Brasil durante os último anos e desejamos a ele o melhor em futuros desafios”, encerra o comunicado.

A Nextel Brasil é a maior receita da NII, respondendo por quase metade do faturamento da holding, mas teve redução de 24% na receita operacional (totalizando US$ 693,2 milhões) e de 58,3% no lucro líquido (somando US$ 66,8 milhões) no trimestre. A base de assinantes teve 92 mil desativações no trimestre e a ARPU (receita média por assinante) sofreu queda de mais de 31%, chegando a US$ 46 em setembro.

Deputados pedem que população desliguem celulares nesta quarta

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Amanhã, um grupo de deputados que defende a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia na Câmara Federal vai protestar contra as altas tarifas cobradas pelo serviço no Brasil. Entre 12h e 13h, a meta é que 1 milhão de pessoas desliguem os aparelhos em um movimento de repúdio, mesmo dia em que uma denúncia vai ser entregue ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. 

O documento detalha a falta de investimentos em infraestrutura no setor e o caráter arrecadatório, segundo os parlamentares que protocolaram o pedido de CPI em agosto. O petebista Ronaldo Nogueira (RS), um dos autores do projeto, explica que o ato serve para pressionar pelo início das investigações. “Queremos pressionar o presidente Marco Maia a instalar a CPI e o Ministério Público Federal, que se abrir essa caixa preta que é a telefonia, vai encontrar muita coisa”, considerou. 

O parlamentar ainda lembrou que a Anatel não revisa o valor da tarifa de interconexão para subsidiar a instalação de mais antenas e melhorar os serviços da rede de telefonia celular há uma década. Ainda na semana passada, as vendas do plano Infinity Day, da TIM, que custa R$ 0,50 por dia, foram proibidas. A Anatel alegou que o sistema provoca instabilidade. 

Já em 21 de dezembro, a meta é ambiciosa. Os deputados pretendem realizar um movimento para desligar 10 milhões de aparelhos. Até o momento, a campanha reuniu cerca de um milhão de pessoas nas redes sociais.

Novo comercial da TIM exalta paixão pelo futebol

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A TIM, empresa de telefonia que já patrocina nove times brasileiros, lançou campanha para divulgação do plano Infinity Pré. A campanha, criada pela WMcCann, mostra essa aproximação da empresa com o esporte e foca na paixão pelo futebol.

O filme se passa em um campo de futebol e, ao serem tocados, os jogadores do time adversário passam a ficar com uniformes azuis, aumentando o “time Infinity” e mostrando o crescimento da comunidade da TIM.
Na torcida, a atriz Daniele Suzuki divulga os benefícios do “Infinity Torcedor” que, além das vantagens já oferecidas pelo plano Infinity Pré, permite ao cliente receber gratuitamente conteúdo do seu time no celular.
Confira o vídeo da campanha:

  

Juiz dá lição e diz que TIM precisa controlar “ânsia lucrativa”

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Em sua decisão, o juiz da 17º vara civil, Flávio Marcelo Sérgio Borges, criticou a “ânsia lucrativa” da TIM e considerou que a agência tinha a prerrogativa de suspender a ação com objetivo de assegurar a qualidade do serviço.

“Há metas de qualidade a serem atingidas, objetivo que, por vezes, impõe à Agência atuação mais intensa”, afirma o juiz na decisão publicada no sábado. O magistrado refuta o argumento da empresa de que a Anatel não quis receber representantes da empresa na semana passada. A justificativa da Anatel é de que só foi avisada da promoção no dia 9, mesmo dia em que a ação já estava sendo noticiada em meios de comunicação pela TIM.

“A ânsia empresarial e lucrativa devem ceder certo espaço ao comedimento (…). Não executada a reunião às vésperas de um feriado, como proposto, que se esperasse a semana seguinte, porque urgente não é o lucro, mas a qualidade do serviço”, escreveu Borges.

O juiz lembra ainda que a operadora está passando por um período especial de avaliação do seu serviço depois que teve parte de suas vendas temporariamente interrompidas em julho, por decisão da Anatel, devido às frequentes quedas de sinal. Borges destaca também em sua decisão o número recorde de reclamações de consumidores.

“Não é a Anatel que abala a imagem da TIM. Isso é retórica. A imagem se abala por atuação própria, e não de outrem. Os consumidores sabem avaliar”.

A operadora havia entrado com um mandato de segurança para tentar reverter a decisão, alegando que a determinação da Anatel feria a livre concorrência. Mas a Justiça Federal do Distrito Federal manteve a decisão da Anatel de suspender uma nova promoção da TIM. A tele não teve outra escolha e teve que baixar a cabeça divulgando nota informando que vai cumprir a decisão judicial.

Trabalhadores da TIM aprovam proposta para o acordo coletivo 2012/2014

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Os funcionários da TIM, em sua grande maioria, aprovaram a proposta negociada entre Sintetel e Fenattel para o Acordo Coletivo 2012/2014. Eles terão um aumento real de salário que varia de 0,18% a 3,01% de acordo com sua faixa salarial. 

O aumento real será incorporado juntamente com a inflação de 3,99% equivalente ao período de dezembro de 2011 a agosto de 2012. Além disso, os trabalhadores receberão um abono que varia de 20,85% a 35% do salário de acordo com a faixa salarial. O auxílio-creche terá um reajuste de 13%, o auxílio do filho portador de deficiência será reajustado em 10%, o VR de callcenter será de R$ 13, das lojas será de R$ 18 a R$20,50, conforme opção para os ativos e R$21,50 para os administrativos. 

Também foi negociado um plano de promoção para o callcenter com a criação do CR IV. 

Nas lojas, foi criado um incremento do alvo target da variável em 10%, o que resultará num ganho salarial médio em torno de 5%. A antecipação do 13º salário será em fevereiro/2013. 

Outra conquista foi a nutrição infantil, ou seja, todos os empregados e empregadas terão garantidos pela empresa a compra de leite, independente do tipo, até os 2 anos de idade da criança. 

Outro avanço histórico foi a concessão de modem + chip de dados para acesso ilimitado e gratuito à internet (velocidade até 16MB/por segundo). Segundo a empresa, o preço médio do benefício é de R$ 70 por mês. 

As ausências justificadas serão de 5 dias consecutivos em virtude de casamento e de 10 dias consecutivos para paternidade. 

Houve também ampliação nos tempos de complementação do auxílio doença/acidente do trabalho com critérios específicos e também foi garantido uma sessão de check-up para trabalhadores maiores de 50 anos no período de 24 meses. A empresa também garantiu seu comprometimento com a NR 17, inclusive, com a implantação de luvas laborais e terapêuticas para os trabalhadores de call centers, além de não mais admitir práticas de assédio moral. 

Ficaram mantidas as demais cláusulas do acordo anterior.

PE recebe tela de 325 metros para o Vivo Open Air

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A maior tela que a capital de Pernambuco já viu será instalada nesta quinta (22) no Cais de Santa Rita, Centro do Recife. A gigante faz parte do Vivo Open Air, evento que terá exibições de filmes e apresentações musicais a partir do próximo dia 28 deste mês. Com 325 metros de altura, o telão de cinema tem o mesmo tamanho de uma quadra de tênis.

Segundo a organização, a tela resiste a ventos de até 50 km/h e vem com equipamento de projeção no sistema de som Dolby Surround. A exibição tem projetor digital Christie com lâmpada de 6000 watts, 30 000 watts de som e 29 alto falantes.

Esta é a primeira vez que uma cidade do Nordeste recebe o Vivo Open Air. Esse evento faz parte de um movimento da Vivo em ficar mais perto da população da Região Metropolitana do Recife.

Entenda a polêmica com o conceito de ‘neutralidade da rede’

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A votação do Marco Civil da Internet foi adiada na semana passada e o conceito de “neutralidade da rede” foi apontado como principal ponto de divergência no projeto, que busca definir responsabilidades, deveres e direitos de provedores de acesso, conteúdo e usuários na internet. A ideia de neutralidade da rede prevê que todos os pacotes de dados (cada um dos fragmentos que compõem a comunicação na internet) sejam tratados de forma igualitária. E qual o motivo da polêmica?

O primeiro é que uma rede 100% “neutra” é menos útil e pode impedir que alguns serviços funcionem de forma adequada. Existem serviços como chamadas de voz (VoIP) e videoconferência ou streaming de vídeo que se beneficiam de uma “via rápida”, privilegiada, para que não existam atrasos na comunicação, enquanto outros usos, como downloads, não sofrem nenhum problema com atrasos de alguns milissegundos.

O Marco Civil reconhece que a neutralidade tenha de ser deixada de lado em alguns casos em que ela é uma medida técnica necessária ou de emergência. Mas o que exatamente é uma medida técnica ou emergencial não é definido no projeto, e existe uma polêmica em relação a quem terá a responsabilidade de definir isso: o governo, a Anatel ou se haverá consulta ao Comitê Gestor da Internet (CGI.br), algo que era previsto na versão original do projeto, mas foi removido.

A neutralidade de rede nada tem a ver com a capacidade dos provedores cobrarem um internauta pela quantidade de dados usados durante a navegação na web, por exemplo.

O objetivo da neutralidade de rede é impedir que provedores de acesso cobrem mais para criar essa “via exclusiva” em seus serviços, ou de priorizar um serviço de TV pela internet próprio, por exemplo. Para os provedores, isso também significa que há menos possibilidades de comercializar uma conexão. Mas, além dos problemas comerciais, existe uma realidade técnica bastante complexa.
Embora a internet seja às vezes chamada de “rede mundial de computadores”, ela é na verdade a conexão de diversas redes. E essas redes são formadas de equipamentos, cabos e pessoas. Todos reais. Para um internauta, que pode acessar um site na França, na Rússia, no Canadá, todos ao mesmo tempo, sem diferença nenhuma aparente, pode parecer que a “internet” é uma coisa só e que a distância geográfica não importa.

O acesso a um conteúdo na Rússia ou no Japão, quando feito a partir de uma cidade brasileira, precisa percorrer longos cabos de fibra ótica, cabos submarinos, que cruzam os oceanos. E usar essa infraestrutura não é de graça, mesmo que o internauta não pague a diferença. E, claro, percorrer milhares de quilômetros em cabos leva tempo.

Na telefonia é comum a oferta de preços especiais para quem faz ligações apenas para telefones da própria operadora. Na internet, este também é o acesso mais barato para o provedor, e também o mais rápido.

Isso significa que, se você deseja que pessoas de São Paulo tenham um acesso mais rápido ao seu conteúdo, isso é fácil: basta alugar um servidor que ficará alojado em um centro de dados em São Paulo. Detalhe: contratar esse tipo de serviço no Brasil é muito mais caro do que no exterior. Isso significa que empresas com melhores condições financeiras já conseguem responder a seus acessos com mais velocidade, tanto por estarem geograficamente mais próximas, como por utilizarem sistemas mais rápidos, que aceleram a resposta a um acesso.

Empresas hoje também contam com a possibilidade de criar pontes de alta velocidade entre filiais e a matriz, usando soluções fornecidas por provedores de internet que criam uma rota mais rápida e dedicada à empresa contratante. Essas conexões são muito mais caras e contratadas só quando há grande necessidade. Provavelmente não é o objetivo do Marco Civil proibi-las.
Um acesso de 10 Mbps não é igual a um acesso de 5 Mbps, que também não é igual a um acesso de 5 Mbps em uma região saturada de clientes. O detalhe é que a contratação de internet hoje é diferente dependendo da necessidade do cliente. Conexões de banda larga doméstica possuem uma garantia baixa, normalmente de 10% da velocidade contratada, que agora passa a ser 20% por determinação da Anatel.

Conexões com garantia acima de 90% custam caríssimo, podendo chegar a R$ 1000 por megabit no Brasil. Nos Estados Unidos, é possível contratar uma conexão de 1 Gigabit por segundo (1000 Mbps) por menos de 200 dólares, se você não quiser garantia alguma. Uma conexão com garantia de 99% e ilimitada dificilmente sai por muito menos de US$ 2 mil para 100 Mbps.

Essas conexões são, de certa forma, “prioritárias”, porque há um contrato que obriga sua disponibilidade. Mesmo em países como Coreia do Sul e Japão, conhecidos por terem internet doméstica rápida e barata, um único megabit para conexão empresarial com alta garantia custa entre 30 e 60 dólares.
A priorização do tráfego vale dentro da rede do provedor de origem. Quando a conexão abandona o provedor de origem e cai em outro provedor, qualquer “priorização” é perdida, exceto se houver algum acordo comercial ou técnico para mantê-la. No entanto, manter essas regras dentro da internet não é simples, porque hoje a internet tende a procurar o melhor caminho disponível.

É mais fácil priorizar quando as duas “pontas” de uma conexão estão no mesmo provedor, embora existam provedores de acesso especializados em oferecer determinados tipos de conexão, que vão acelerar um pouco acessos de outros provedores também. Esses serviços são oferecidos por vários provedores de internet, com cabos de fibra próprios.

Com ou sem redes “neutras”, quem tem melhores condições financeiras para pagar um servidor melhor, um cabo menos saturado e ficar mais próximo (fisicamente) do internauta terá vantagens. Não importa se o cabo é “neutro” e não prioriza ninguém se o tráfego que passa por ele já é seleto, e isso é roteamento, não priorização. Isso já existe hoje: algumas das empresas que oferecem esse privilégio também têm parceiros com provedores para distribuir geograficamente o conteúdo, diminuindo custos e acelerando os acessos.

Pelo Marco Civil da Internet, nada disso será ilícito. Tudo vai continuar da mesma forma. E qualquer regulamentação futura terá de conceder exceções à neutralidade para as empresas que precisam do acesso prioritário para seu próprio uso interno (como acesso de sistemas e banco de dados de filiais a uma matriz). Logo, embora o consumidor seja colocado como o prejudicado pela neutralidade da rede, o consumidor não precisa (e geralmente não pode nem pagar) as conexões prioritárias, e mesmo com tudo “neutro”, alguns sites continuarão sendo carregados mais rápidos do que outros. O que muda realmente é a forma que isso será feito, e a habilidade das operadoras de cobrar mais de serviços que utilizam muitos recursos de rede.

A questão toda, para as operadoras de telefonia, é como pagar os investimentos necessários para atualizar as redes e acompanhar as demandas por consumo, entre os quais o que mais cresce é vídeo, tanto streaming como sob demanda.

Desinteresse da Oi pela GVT beneficia Portugal Telecom

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A Portugal Telecom se beneficia do fato de a subsidiária Oi não ter interesse em comprar a concorrente brasileira GVT, já que essa aquisição exigiria muito financeiramente e colocaria em risco o nível dos dividendos pagos pela companhia, segundo o banco BPI.

Em comunicado ao mercado, a Oi, em que a Portugal Telecom detém 2% e representa metade da receita do grupo, anunciou que não está interessada na compra da GVT, pertencente à francesa Vivendi, devido às condições financeiras da operação, ao contrário do que a imprensa brasileira havia noticiado.

“Uma aquisição desta natureza exigiria financeiramente da Oi e colocaria em risco a política de remuneração aos acionistas, com consequências negativas para a PT”, disse o BPI. A Oi deve entregar à PT 500 milhões de euros em dividendos até 2015, segundo o plano estratégico.
A empresa disse ainda que embora a aquisição da GVT ajudasse a Oi a atingir as metas do plano estratégico de crescimento, o preço entre R$ 7 bilhões a R$ 8,5 bilhões pela companhia “não justifica o esforço”.
A GVT é avaliada como uma das operadoras de banda larga mais eficazes do Brasil e foi comprada, em 2010, pelo grupo francês Vivendi de seus fundadores brasileiros. A Vivendi, no entanto, não está contente com a lucratividade da empresa e deseja fazer caixa para compensar perdas em outros mercados, como a Europa. Por isso, colocou a Vivendi à venda.
Para a Portugal Telecom, que perdeu a disputa com a Telefônica no passado para continuar sócia da Vivo, esta pode ser a opção para ganhar mercado no Brasil. Em seu país de origem, a PT já domina boa parte do mercado interno e não tem grandes perspectivas de crescimento. Por isso, o Brasil representa uma grande oportunidade para a empresa portuguesa.

3G da Nextel já está pronto

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A Nextel tem formalmente até 30 de maio de 2013 para colocar a sua rede em operação comercial (é o prazo estabelecido pela Anatel), mas há indícios de que essa ativação deva acontecer bem antes disso. O principal deles é que a rede 3G da operadora, que já há algum tempo está implantada, passou a ser identificada na semana passada. Ao se rastrear as redes 3G disponíveis, qualquer usuário de celular verá que além das redes das quatro operadoras tradicionais (Vivo, TIM, Claro e Oi) há ainda a rede “Nextel 3G Brazil” disponível nos principais centros urbanos.

Pressionada por resultados, a operadora deve rapidamente lançar o serviço, também para evitar o risco de fazer as suas ações de marketing em cima do lançamento comercial das redes 4G das demais operadoras, que precisam estar em operação, pelo menos nas cidades da Copa das Confederações, até meados do ano que vem.

Para a Nextel, a entrada no mercado de 3G apresenta, além das oportunidades óbvias de disputar um mercado maior, com mais opções de aparelhos e sem restrições de vendas, traz alguns desafios importantes. Primeiro, a operadora passa a operar como uma prestadoda de Serviço Móvel Pessoal (SMP), como as demais celulares. Até então, a Nextel operava exclusivamente como uma prestadora de Serviço Móvel Especializado (SME).

No SMP, ela terá obrigações de cobertura e qualidade de serviço. Também mudam as regras de interconexão para a empresa. Atualmente, apenas metade das chamadas da Nextel podem ir para a rede pública, mas em compensação a taxa de interconexão com outras redes é mais vantajosa. Como operadora de SMP, ela pagará interconexão pela VU-M (preço pelo uso de outra rede, hoje na casa dos R$ 0,43), mas com o recém aprovado Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), a Nextel deverá ter benefícios de uma assimetria de tráfego em relação a outras operadoras, por não ser uma empresa com Poder de Mercado Significativo (PMS) no segmento móvel como as demais.

Outro desafio importante da Nextel é tecnológico. O grande diferencial da operadora hoje é o serviço de rádio push-to-talk (PTT), realizado por meio da tecnologia iDEN, proprietária da Motorola. Mas essa tecnologia está limitada a poucos operadores, um número reduzido de aparelhos e não tem os benefícios de acesso a redes de dados em velocidades como as oferecidas pelas redes 3G.

Um dos principais motivos pelos quais a Nextel precisou segurar o lançamento de seus serviços 3G foi justamente encontrar uma forma de integrar o serviço de rádio atual (e muito valorizado por seus clientes) às plataformas 3G. A Vivo tem uma tecnologia de PTT que funciona sobre a rede 3G, mas ela não é integrada com a rede iDEN. A introdução do serviço de push-to-talk da Vivo foi um dos grandes motivos de desaceleração nos resultados da Nextel.

Outro desafio é ter aparelhos que funcionem tanto nas faixas de frequência do SME (por volta dos 400 MHz) quanto nas faixas do 3G (de 850 MHz a 2,1 GHz). Mas o maior desafio de todos é, sem dúvida, mercadológico. A Nextel entrará no mercado de 3G extremamente competitivo, brigando com quatro operadoras que têm, cada uma, mais de 20% de market share e que em breve terão o “bônus” de um novo ciclo tecnológico com a introdução das redes 4G em suas ações de marketing.