08/09/2024
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Adatel tem prejuízo de R$ 3 milhões

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Após não atender a convocação dos vereadores na última sessão da Câmara, o presidente da Sercomtel, Kentaro Takarara, foi até o Legislativo, para falar a respeito das vendas das empresas coligadas Adatel TV e Comunicações Osasco S.A. e Adatel TV e Comunicações São José S.A. 

No entanto, Takarara não revelou os valores que serão levantados com as vendas das coligadas à Sercomtel. O presidente explicou que uma empresa vai realizar a avaliação dos valores de venda, para atualização do levantamento que foi feito há um ano. O resultado deve ficar pronto em até 40 dias. 

Ele justificou que o departamento jurídico da Sercomtel orientou a divulgação apenas no edital de licitação para que os responsáveis pela telefônica não corram risco de responder processo por improbidade administrativa. 

Durante a discussão no plenário, Takarara informou que o prejuízo na Adatel Osasco é de R$ 2,6 milhões até o dia 30 de setembro. A coligada tem 10.650 assinantes de TV, 12.461 assinantes de internet banda larga, cabeamento em 79.880 domicílios e 50 funcionários. 

O prejuízo na Adatel São José é R$ 489 mil até dia 30 de setembro. A empresa possui 8.515 assinantes de TV; 9.035 clientes de internet banda larga; cabeamento em 34.353 domicílios e 50 funcionários. Ao todo, o prejuízo nas duas coligadas é de aproximadamente R$ 3 milhões. 

“Existe, realmente, uma defasagem tecnológica muito grande. Teria que se investir em uma nova tecnologia para continuar no mercado e para disputar uma fatia, o que envolve investimento de grande monta, por isso, a decisão foi de vender”, explicou Takarara, que lembrou que a venda foi autorizado pelo Legislativo.

Deputado comenta isonomia entre teles e provedores

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O deputado Alessandro Molon (PT/RJ), relator do Marco Civil da Internet, explicou nesta quarta, 17, pela manhã, os motivos pelos quais o projeto permite que os provedores de conteúdo guardem os registros de navegação dos usuários, o que não é permitido aos provedores de conexão, ou seja, as teles.

Representantes das operadoras vêm se queixando de um suposto tratamento não isonômico em relação aos provedores de conteúdo. O presidente da Oi, Francisco Valim chegou a dizer que de acordo com o projeto “os provedores podem tudo e as teles, nada”.

Molon compara o serviço prestado pelas operadoras com o dos Correios. “É como se disséssemos que os Correios podem ler as nossas cartas”, afirma. Para os provedores de conteúdo a regra é diferente. Para eles é facultada a possibilidade de guardar “o registro de acesso a aplicações da Internet”. O deputado explica que, neste caso, faz parte do negócio dos provedores o acesso a essas informações.

Essas determinações estão contidas nos Artigos 12 e 13 da proposta de Marco Civil. A guarda dos registros de acesso a aplicações deve, entretanto, respeitar o disposto no Artigo 7º, que veda o fornecimento desses registros a terceiros sem o consentimento “livre, expresso e informado” do usuário. Além disso, os dados pessoais somente poderão ser utilizados para as finalidades que determinaram a sua coleta.

Molon informou que o texto que deve ser votado nesta terça, 13, pelo Plenário da Câmara determina que a regulamentação das exceções à neutralidade de rede deverá ser feita por decreto presidencial, como estava previsto anteriormente, e não pelo Poder Executivo de maneira geral. O deputado não esconde que a mudança aconteceu devido ao que ele qualifica como uma “quebra do acordo” que teria sido feito com o Executivo. “O termo ‘Poder Executivo’ para mim diz respeito tão somente à administração direta. Isso foi debatido com o governo na terça (dia 6) e na quarta (dia 7), ao meio dia, o ministro (Paulo Bernardo, das Comunicações) manifestou o entendimento de que a regulamentação poderia ser feita pela Anatel”, disse Molon. Segundo o deputado, a Constituição Federal determina que o poder de regulamentar uma lei é do Poder Executivo; à Anatel cabe fiscalizá-la.

O objetivo do deputado é proibir que as teles possam fazer acordos com os provedores de conteúdo para que esses provedores tenham prioridade no tráfego em suas redes. “É fundamental que isso seja vedado por uma lei nacional. Queremos proibir que os provedores de conexão ofereçam aos provedores de conteúdo taxas especiais para que seu conteúdo trafegue de maneira diferente na rede”.
Outro ponto polêmico do projeto é a regra para a retirada de conteúdo. Segundo a redação proposta por Molon, os conteúdos sujeitos a direitos autorais devem ser retirados mediante simples notificação, ao contrário dos demais. Molon explica que o objetivo dessa proposta, colocada num Parágrafo 2o ao Artigo 15 de seu substitutivo, foi alinhavado com o Ministério da Cultura. “A ministra Marta (Suplicy, da Cultura) pediu que ficasse claro que esse debate fosse deixado para a reforma na Lei de Direitos Autorais”, diz ele.

Para Molon é necessário que o conteúdo de terceiros possa ser retirado apenas por ordem judicial para preservar a liberdade de expressão e evitar a censura. Para os conteúdos que infrinjam direitos autorais, ele diz que nada muda. Segundo ele, hoje não existe uma regra e os provedores normalmente adotam a prática do “notice and take down”, ou seja, quando notificados, retiram o conteúdo; mas, às vezes, segundo Molon, os provedores aguardam uma decisão judicial. Com a aprovação do Marco Civil, o conteúdo postado por terceiros só poderá ser retirado a partir de uma decisão judicial, com exceção do conteúdo que infrinja direitos autorais; nesse caso, permanece a regra do “notice and take down”.

Oi possui nove diretorias regionais “para estar mais perto do cliente”

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Dividir a área de atuação para melhor administrar. É essa a estratégia adotada há um ano pela companhia Oi, que elegeu o caminho da regionalização para ficar mais perto do cliente, melhorar os serviços prestados e continuar crescendo. Do final de 2011 para cá, a empresa criou nove diretorias regionais, com cinco diretores cada uma. Periodicamente, as regionais são visitadas pela cúpula da companhia, para acompanhar de perto os problemas e participar diretamente do equacionamento das soluções.

“Se ficássemos todo o tempo na sede da empresa, no Rio de Janeiro, não poderíamos acompanhar tão de perto o que acontece em todas as áreas em que atuamos”, disse o presidente da Oi, Francisco Valim, que esteve em Salvador na última sexta-feira, em visita à diretoria regional da Bahia. 

Valim informou que a Oi está iniciando o processo de instalação da rede 4G no estado, com previsão de funcionamento em meados de 2013, época da Copa das Confederações. Serão investidos aproximadamente R$ 1 bilhão, além de R$ 400 milhões em licenças junto a prefeituras e a órgãos de proteção ambiental. No momento, o projeto está em fase de desenho de rede e definição de fornecedores. As outras capitais que vão hospedar a Copa das Confederações (Rio, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife) também contarão com a rede, dentro do mesmo prazo. Em 2014, todas as capitais que sediarão jogos da Copa do Mundo já deverão contar com redes 4G da operadora. 

O executivo admitiu que, por se tratar de um serviço novo e diferenciado, o custo inicial será um pouco mais alto, devido principalmente à necessidade de utilização de um mini modem para a operação na frequência da rede 4G (2,5 gigahertz). Ele não sabe precisar qual o percentual médio do aumento, mas salientou que o custo não será muito mais alto do que o dos mini modem utilizados hoje. “Além disso, até a metade do ano que vem, outros aparelhos para 2,5 gigahertz entrarão no mercado, o que deverá baixar o custo”, previu. 

Do investimento orçado para a Bahia este ano (R$ 456 milhões, 16% a mais do que no exercício de 2011) a Oi aplicou até agora R$ 222 milhões, segundo informou o executivo. Os recursos foram gastos sobretudo em mobilidade, banda larga e ultra banda larga de internet. Ainda estão previstas novas ampliações de rede e instalação de mais sites, locais onde ficam instaladas 
as antenas que realizam a transmissão do sinal do telefone celular . 

A empresa informa que aumentou a capacidade de telefonia celular 3G e está ampliando 68 sites 2G em Salvador. No interior, a meta é promover a expansão em 105 sites 3G, dos quais 61 estão concluídos, fechando o ano com 24 municípios atendidos. 

Valim salientou que entre os municípios incluídos nos planos da Oi está Barreiras, capital do agronegócio do oeste do estado. “Estamos trabalhando para conseguir as licenças, a fim de ampliar a rede de fibra óptica e os serviços de transmissão de voz e de dados”.

Segundo ele, um dos principais gargalos para a expansão dos serviços é a dificuldade de liberação de licenças, sobretudo por parte de prefeituras, com vistas à localização das torres. As restrições à instalação de torres nas imediações de prédios públicos, hospitais e outros locais, diz, terminam concorrendo para atrasar o cronograma.
Depois do incêndio que atingiu sua sede na Bahia, em dezembro de 2010, comprometendo os serviços de telefonia móvel, fixa e internet em seis estados, o prédio central da Oi está renascendo maior e mais moderno. Localizada ao lado do edifício que pegou fogo, no bairro do Itaigara, a nova sede da operadora começou a ser construída no início deste ano, com previsão de ser inaugurada em dezembro de 2013. Para erguer o novo prédio, a empresa está investindo R$ 80 milhões. A proposta é lançar mão de soluções econômica e ambientalmente sustentáveis na obra. Entre os diferenciais do projeto está o aproveitamento de água das chuvas e da iluminação natural. O prédio está sendo construído em um terreno com 13 mil metros quadrados de área e terá 12 andares, seis deles para estacionamentos.

Mexicana Telcel anuncia Ericsson como fornecedora de sites LTE

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A operadora mexicana Telcel vai utilizar infraestrutura da Ericsson para a implementação de sites LTE no país, divulgou a fornecedora. A tele, parte do grupo América Móvil (que também controla a Claro, NET e Embratel no Brasil), assinou um contrato para a instalação de equipamentos multibanda, core de rede, Home Subscriber Server (HSS) para gerenciamento de dados de usuários e gerenciador de mobilidade para administração e controle de sinalização de tráfego. Sistemas de suporte à operação (OSS, na sigla em inglês) também são parte do contrato.

Segundo a Ericsson, a empresa já assinou mais de 90 contratos LTE/EPC no mundo. No Brasil, ela irá fornecer infraestrutura para todas as operadoras 4G: Claro, Oi, TIM e Vivo.

TIM pode comprar a GVT

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A Telecom Italia, controladora da brasileira TIM, analisa uma oferta de compra da GVT, admitiu o presidente-executivo do grupo italiano, Marco Patuano, um dia após um investidor estrangeiro propor uma injeção de novo capital na maior operadora da Itália.

O magnata egípcio Naguib Sawiris, que vendeu a terceira maior operadora de telefonia móvel da Itália, a Wind, no ano passado, quer voltar ao país ao investir na endividada operadora por meio de um aumento de capital.

A Telecom Italia disse na segunda-feira que consideraria a proposta de Sawiris e que apresentou alguns detalhes a seu Conselho de Administração, mas nenhum dos envolvidos divulgou o tamanho e os objetivos do possível investimento.

Notícias publicadas na imprensa italiana indicaram um montante de até 4 bilhões de euros e disseram que a manobra pode ajudar a Telecom Italia a financiar a compra da GVT.

Fontes disseram que a Vivendi quer pelo menos 7 bilhões de euros pela GVT, e que a Telecom Italia é uma das quatro companhias que obtiveram documentos sobre a operadora brasileira. O prazo para ofertas preliminares e não vinculativas é até o final do ano, disseram as fontes.

“A GVT é uma operadora de telefonia fixa e no Brasil já temos a segunda maior operadora de telefonia móvel, então é certamente algo a se analisar, assim como estamos analisando outras coisas”, disse o presidente-executivo da companhia, Marco Patuano, a jornalistas em Roma.

Questionado se a companhia considera a possibilidade de um aumento de capital em linha com a proposta de Sawiris, Patuano respondeu: “Neste momento, não há necessidade”.

Ele se recusou a fazer mais comentários sobre o interesse de Sawiris pela companhia.

A empresa também tem avaliado um possível desmembramento de sua valiosa rede de telefonia fixa na Itália, e mantém negociações com o fundo estatal de investimentos Cassa Depositi e Prestiti (CDP) sobre o projeto.

A Telecom Italia é controlada por uma holding não listada, a Telco, que detém 22,4% de suas ações. O grupo espanhol Telefónica e os italianos Assicurazioni Generali, Mediobanca e Intesa Sanpaolo são acionistas da Telco.

Patuano (que amenizou a declaração afirmando que a empresa olha “muitos ativos”) é o primeiro dos supostos interessados em admitir públicamente interesse na operadora de telecomunicações, colocada à venda pelos controladores do grupo francês Vivendi.

Já havia sido revelado o interesse da Oi, América Móvil, DirecTV e da Telecom Italia, sempre de acordo com fontes não identificadas.

A Vivendi comprou a GVT em 2009 por € 2,9 bilhões, depois de uma disputa acirrada com a Telefónica/Vivo.

Segundo dados da Anatel, a GVT é um ativo atraente para qualquer operadora atuando no Brasil.

“Possui uma rede moderna e oferece banda larga de alta velocidade em 136 municípios brasileiros. Trata-se de uma operação rentável com margem EBITDA superior a 40%”, destaca o órgão.

Apesar de a GVT ser um motor importante de crescimento para o grupo francês, também consome nível considerável de recursos da empresa, que passa por um momento de turbulência em suas finanças.

O conglomerado francês tem dívidas altas e nos últimos meses o preço de suas ações atingiram a sua pior cotação em nove anos.

Além da GVT, a empresa cogita vender a Activision Blizzard, uma das maiores distribuidoras de games do mundo.

Porém, muitos consumidores não estão satisfeitos com a notícia. Uma eventual compra da GVT pela Telecom Itália seria má notícia para o consumidor brasileiro, visto que atualmente ambas empresas estão engajadas em uma guerra de preços no serviço de banda larga rápida baseada em fibra ótica no país.

Em agosto, a TIM lançou um serviço de banda larga similar ao que já era oferecido pela GVT, baseado em fibras ópticas.

Durante toda a tarde de hoje, o nome da empresa “GVT” era um dos assuntos mais comentados do país, na maioria das vezes com críticas a possível venda da operadora para a TIM.

Operadoras unem forças contra a Nextel

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As operadoras de telefonia móvel estudam de que forma recorrer à Justiça caso a Anatel conceda o aval para a compra da Unicel pela Nextel.
Comercialmente conhecida como Aeiou, a Unicel pertence oficialmente a José Roberto Melo da Silva, amigo de José Roberto Camargo Campos, marido de Erenice Guerra, e padrinho de casamento do casal.

Erenice deixou a Secretaria-Executiva da Casa Civil em 2009, sob a acusação de favorecimento a empresas, inclusive a Unicel. Funcionários da Anatel e executivos afirmam que o marido dela é o real proprietário da companhia.
Endividada, a empresa deixou de pagar a renovação de sua licença e taxas de fiscalização à Anatel e, por isso, sofre desde o início do ano um processo administrativo na agência, que pede sua cassação.
Para conceder a anuência, a Anatel precisa encontrar preceitos legais que permitam transferir a Unicel para a Nextel. A concorrência diz que isso não seria possível. A agência teria de liquidar a Unicel e, depois, abrir licitação das frequências.

Mas isso também seria um problema já que, pelas regras do mercado, nenhuma das quatro grandes operadoras (Vivo, TIM, Oi e Claro) poderia comprar a Unicel, pois estourariam o limite de frequências estabelecido em lei por empresa, em 80 MHz.
A Nextel seria a única apta porque hoje tem 20 MHz. Com a compra, chegará a 50 MHz, mas terá de devolver uma de suas faixas de frequência porque haverá sobreposição, outra barreira imposta pela legislação do setor.

O assunto foi discutido na semana passada durante a reunião do Sinditelebrasil, associação que representa as empresas do setor.

A Folha apurou que, inicialmente, a ideia era “o setor” mover uma ação contestando a possível anuência da Anatel ao negócio. A discussão ficou em aberto.

Na edição de ontem, a Folha revelou que, há um ano, a Nextel vinha destrinchando as contas da Unicel interessada em comprá-la. A Nextel tem certeza de que o processo de cassação das licenças será arquivado pela agência e que comprará a companhia por R$ 370 milhões.
A maior parte desse dinheiro vai para os credores, incluindo a própria Anatel. Ainda não se sabe quanto irá para os controladores.
O objetivo da Nextel é ficar com as frequências de 1,8 GHz ainda em posse da Unicel, que permitirá fazer telefonia 3G e 4G no país.
Só recentemente, a Nextel conseguiu entrar no mundo 3G ao adquirir licenças no “leilão das sobras”.
Em 2008, quando o serviço foi lançado no país, ela participou do leilão, fez os preços das licenças na disputa saltarem, em média, 104% e não levou nenhum lote. Naquela ocasião, o governo arrecadou R$ 5,4 bilhões.
Agora, ela pode adquirir essas frequências via Unicel pagando menos. Em junho, as quatro operadoras aderiram ao leilão do 4G a contragosto e desembolsaram R$ 2,9 bilhões pelas licenças.

Nos bastidores, as líderes do mercado reclamam que o governo está favorecendo a Nextel pagando um “pedágio” por ela ter inflado o preço do 3G. Elas consideram que a possível anuência para a compra da Unicel entraria nesse “pacote” que pretende fortalecer a Nextel.
Também faria parte da “benesse” a recente aprovação do PGMC (Plano Geral de Metas de Competição) que, na prática, obriga Vivo, TIM, Claro e Oi a “subsidiarem” o crescimento de operadoras menores, como a Nextel.

Isso porque a nova regra muda a cobrança das chamadas entre operadoras. Quem efetua um telefonema para a concorrente paga um custo por minuto. Antes, esse custo era cheio para todas, independentemente de seu porte.

Agora, as quatro maiores pagarão 80% às menores que, por sua vez, só pagarão 20% às líderes.

O governo quer, com isso, estimular o fim da diferença de preços entre as chamadas realizadas dentro e fora da rede da operadora e “usar” a Nextel para derrubar os preços, a exemplo do que fez com o Banco do Brasil e com a Caixa na queda dos juros.

Quase 2000 municípios seguem com apenas uma operadora 3G

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Segundo dados da Anatel, as teles móveis cumpriram o prazo dado para o atendimento das cidades com mais de 200 mil habitantes com o 3G, mas há muitas localidades onde a competição está muito distante. Mais de 31 milhões de brasileiros têm 3G ofertado apenas por uma única tele. Hoje, 2.496 municípios seguem fora do roteiro de cobertura. No mercado, a Vivo segue disparada à frente das rivais, mas Claro e Oi fazem um esforço maior em 2012. TIM cresce, mas moderadamente.

Os dados mostram que a Vivo está presente em 2.876 municípios brasileiros e é isolada a operadora com a maior cobertura, inclusive cumpriu todas as metas estabelecidas pela Anatel no edital do 3G. Nessa corrida, em 2012, a Claro decidiu fazer mais. 

A empresa terminou 2011 com 657 localidades cobertas, mas em outubro, já contabilizava 1.061 cidades cobertas, e aqui um adendo: a empresa está colocando HSPA+ em toda a sua infraestrutura, o que garante uma velocidade maior de conexão à Internet.

A Oi também praticamente dobrou a sua cobertura, apesar de ainda ser a ‘lanterna’ das teles móveis, com 455 municípios cobertos. Mas ao final do ano passado, a tele estava presente em apenas 250 localidades. Ainda assim, hoje, a Oi cobre apenas 53,8% da população brasileira. 

A TIM, que no ano passado fez um trabalho para aumentar a sua rede e encostar na rival Claro, este ano, reduziu o ritmo. A empresa fechou 2011 com 488 municípios cobertos. Em outubro, estava presente em 587 localidades, a diferença entre as teles, hoje, é de 55,32%.

Mesmo com o 3G presente em 3.075 municípios e com 86,9% da população brasileira coberta pelo serviço, há dados relevantes: 2.496 municípios seguem sem a cobertura 3G. 1.952 localidades têm apenas um operador 3G, o que denota a falta de competição. A concorrência entre as quatro teles só acontece em 242 localidades, as de maior poder econômico e social. As regiões Norte e Nordeste seguem com o menor índice de cobertura, 39,51% e 31,06%, respectivamente.

Oi demonstra uso da Fetomcell

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A Oi demonstrou o uso da Fetomcell para melhoria da qualidade do serviço móvel para técnicos do Ministério das Comunicações e da Anatel. O objetivo é incentivar a formulação rápida da regulamentação da tecnologia. Nos testes de hoje a Oi utilizou equipamentos da Alcatel-Lucent.

Segundo o diretor Técnico da Oi, Mauro Fukuda, no subsolo do MiniCom, onde quase não há sinal da telefonia móvel, foi possível navegar a uma velocidade de 1,6 Mbps. “É uma solução eficiente para pequenos ambientes, com até 50 metros de raio”, disse, esclarecendo que as células de Fetomcell são usadas basicamente em pequenos escritórios e em domicílios.
Os equipamentos existentes podem atender até 32 usuários de uma vez. Fukuda disse que a operadora está aguardando a regulamentação da tecnologia e, consequentemente, a certificação dos equipamentos para ampliar os testes. “Assim como para estabelecer modelos de negócios”, completou.

Comissão de Defesa debaterá tarifas de celular

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A Comissão de Defesa do Consumidor realizará audiência pública para discutir as bases de cálculo das tarifas dos planos pré-pago e pós-pago das operadoras de telefonia móvel.

A audiência foi solicitada pelos deputados César Halum (PSD-TO) e Junji Abe (PSD-SP), que são respectivamente, presidente e vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, Combustíveis e Telefonia. “É notório que existe um abuso na cobrança”, frisou Halum.

O setor de telefonia celular cresceu 35 vezes desde a abertura do mercado de telecomunicações. O número de celulares saltou de 7,4 milhões, em 1998, para 258 milhões (média de 1,3 celulares por habitante), em agosto de 2012. Desses cerca de 202 milhões (81,83%) são de linhas pré-pagas.
Problemas de qualidade

O segmento enfrenta graves problemas de qualidade, nos últimos anos, as operadoras de telefonia móvel lideraram a lista de insatisfação dos consumidores. Foi o setor que mais recebeu reclamações em todos os Procons do País. Mais de 78 mil queixas só no primeiro semestre de 2012.

Ao analisar as tarifas de algumas companhias que prestam o serviço, observa-se diferença no custo de ligação de mais de 400% no minuto cobrado, entre as ligações de linhas pré-pagas e pós-pagas.

Segundo Halum, o debate servirá para fortalecer o projeto de Lei 4524/12, que visa baratear as tarifas dos planos pré-pagos. A proposta proíbe as operadoras de cobrarem valores diferenciados entre as duas modalidades de serviço – pré e pós-pagas. “Pedimos que a sociedade nos ajude a mostrar a incoerência e a cobrar uma mudança de postura das prestadoras do serviço”.
Convidados

Serão convidadas para a audiência o presidente da Anatel, João Batista Rezende, e representantes das empresas concessionárias (Oi, TIM, Claro, Vivo e Nextel) e também do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A audiência ainda aguarda uma definição de data.

Egípcio faz oferta de 5 bilhões de euros na Telecom Italia

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O empreendedor egípcio Naguib Sawiris fez oferta, de cerca de cinco bilhões de euros, para comprar uma grande porção da empresa Telecom Italia, conhecida no Brasil como TIM, segundo informou o jornal Wall Street Journal. De acordo com o artigo da publicação americana, fontes internas disseram que o chefe executivo da Telecom, Franco Bernabè, levou a oferta de Sawiris para ser apreciada pela diretoria da companhia, sem dar mais detalhes. A oferta, tendo como base o valor atual da Telecom, corresponderia a 30% de seus ativos. Sawiris e a empresa se recusaram a comentar o assunto. 

O jornal americano ponderou que a possível transação, noticiada primeiramente pelo diário italiano Il Corriere della Sera, dificilmente se concretizaria. Colocar tamanho número de ações no mercado poderia desencadear uma oferta pública de aquisição (OPA), o que pode sofrer resistência entre os acionistas centrais da empresa em diluir suas participações acionárias. 

De acordo com o Wall Street Journal, a oferta revela a vulnerabilidade do alto endividamento de companhias como a Telecom e outras empresas do Sul da Europa. Segundo o jornal, a crise dos países da zona do euro nos últimos anos tem tornado a situação mais difícil para empresas muito endividadas, particularmente no sul da Europa, explorarem novos mercados de capitais, enquanto muitos mercados emergentes (ou empresários que operam neles) são “inundados com liquidez” financeira. 
Neste ano, a Three Gorges Corp, empresa estatal chinesa de energia, venceu os rivais europeus pela privatização da EDP – Energias de Portugal, enquanto o bilionário mexicano Carlos Slim garantiu grandes partes dos grupos de telecomunicações KPN, da Holanda, e Telekom Austria, da Áustria, como forma de consolidar sua presença no velho continente.

Banqueiros projetam que investidores de mercados emergentes serão mais agressivos na aquisição de ativos europeus, particularmente no sul. O artigo do WSJ avalia que a Telecom Italia tem sido, geralmente, capaz de ampliar seu financiamento neste ano, mas sua grande dívida, a redução dos negócios domésticos e o aumento da competição de rivais intensificam dúvidas entre analistas e investidores sobre a estratégia de longo prazo da empresa.

Com este investimento, Sawiris (que operou no mercado italiano) poderia obter uma parte na holding Telco, que agrega algumas das maiores companhias italianas e controla 22,4% da Telecom Italia. No entanto, os acionistas teriam de concordar em vender ou diluir suas participações com o aumento de capital, o que pode ser difícil de ocorrer. 

“A Telecom Italia está desvalorizada, por isso seria definitivamente um bom investimento para o Sawiris”, disse ao WSJ Francesco Sacco, professor de estratégia de negócios da Universidade Bocconi, em Milão.

Ao final da matéria, o jornal pondera que se a Telecom atrair 5 bilhões de euros de novos capitais seu perfil financeiro melhoraria “drasticamente”, aumentando também as perspectivas da agência de classificação de risco Standard&Poor’s, cuja cotação atual ára a Telecom é um Triplo B.