08/09/2024
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Regras de competição podem atrair novas teles ao país

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o país pode ganhar novas operadoras de celular, com presença nacional, após a aprovação do regulamento de competição do setor e com o leilão da faixa de 700 megahertz (MHz), previsto para 2013, e que será usada para oferta de telefonia móvel de quarta geração (4G).

Na semana passada, a Anatel aprovou o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), que estabelece medidas para garantir a concorrência nos mercados de telefonia (fixa e móvel), banda larga e TV por assinatura.
O novo regulamento prevê vantagem para a entrada de novas empresas de telefonia celular no mercado nacional e mesmo para pequenas operadoras, regionais, que já atuam no país, caso da Nextel, CTBC e Sercomtel.

As grandes empresas de comunicação (Vivo, TIM, Claro e Oi) serão obrigadas a compartilhar parte da sua infraestrutura (redes, dutos e antenas, por exemplo) para que concorrentes de menor porte possam entrar e oferecer seus serviços em determinados mercados. Além disso, as pequenas vão poder pagar menos para usar a estrutura das quatro grandes do setor.

“Nada impede que uma empresa como CTBC ou Sercomtel receba aportes de investidores e faça uma operação mais forte, se torne nacional”, disse Bernardo. “O regulamento aprovado pela Anatel dá condições para que elas façam isso.”

Para o ministro, porém, a possibilidade de o país ganhar novas operadoras de telefonia celular é maior quando for realizado o leilão da faixa de frequência de 700 MHz. Hoje ocupada pela radiodifusão, ela vai ser realocada para permitir a expansão da telefonia e banda larga móvel de quarta geração.

A faixa será complementar à de 2,5 gigahertz (GHz), que em junho foi a primeira a ser leiloada pelo governo para prestação do serviço 4G.

“A aprovação do PGMC pela Anatel deve atrair mais competidores para o leilão da faixa de 700 MHz”, disse o ministro.

De acordo com o ministro, o Brasil tem espaço para mais empresas no setor de telefonia móvel. A previsão é de que, até 2014, o número de celulares com acesso à internet no país suba dos atuais 56 milhões para 130 milhões.

Vivendi quer € 7 bilhões para vender GVT

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O conglomerado francês de comunicação Vivendi quer levantar ao menos 7 bilhões de euros ($ 8,9 bilhões de dólares) com a venda da operadora brasileira de telecomunicações GVT, e recebeu manifestação de interesse no ativo de pelo menos quatro companhias, disseram duas fontes a par da situação.

Ambas as fontes, que falaram sob condição de anonimato, disseram que a Oi, América Móvil, DirecTV e Telecom Italia estão participando das conversas iniciais sobre o processo de venda da GVT.

Fundos de investimento também mostraram interesse na GVT, disse uma das fontes, sem entrar em detalhes.

Um preço de compra de 7 bilhões de euros seria mais do que o dobro do valor que a Vivendi pagou em 2009 pela GVT, provedora de serviços de telefonia fixa, banda larga e televisão em 120 cidades brasileiras.

A Vivendi, que está vendendo ativos para cortar dívida e melhorar o preço de sua ação, busca receber ofertas vinculativas pela GVT no primeiro trimestre de 2013, disseram as duas fontes.

A venda da GVT é um sinal de que a empresa francesa está procurando reduzir sua presença no setor de telecomunicações para focar-se mais em seus ativos de mídia, acrescentaram as fontes.

A Vivendi decidiu colocar a GVT à venda no mercado há alguns meses, em um momento no qual revisa seus portfólios de negócios em telefonia móvel, videogames e música. O grupo francês também busca um comprador para sua fatia controladora na Maroc Telecom.

“Sinergias entre GVT e outras unidades da Vivendi não foram tão fortes quanto a companhia imaginava”, disse uma das fontes. “Mas isso não significa que a Vivendi vai entrar em um esquema de vendas de fim de ano e vender a GVT a qualquer preço. Não há chance de isso acontecer.”

As ações da Vivendi acumulam alta de 28% desde o começo de abril por esperanças que a administração consiga reformular a companhia, manter robustos pagamentos de dividendos e proteger seu rating de grau de investimento.

A ação tinha tido queda de 68 por cento entre janeiro de 2011 e março deste ano. Investidores vinham questionando a estrutura da Vivendi que engloba telecomunicações e mídia, assim como a capacidade de a empresa manter o crescimento e os lucros frente à forte concorrência enfrentada pela SFR, seu braço de telecomunicações na França.

Um porta-voz da Vivendi se recusou a comentar sobre o assunto.

Ligações às assessorias de imprensa de Oi e América Móvil não foram imediatamente respondidas. O presidente-executivo da DirecTV, Mike White, disse a investidores na noite de terça-feira que a provedora norte-americana de televisão via satélite está nos primeiros estágios de avaliar uma proposta de aquisição da GVT.

Um porta-voz da Telecom Italia não tinha comentários imediatos.

A GVT tem sido uma grande fonte de crescimento para a Vivendi nos últimos anos, mas o preço estabelecido pela unidade pode se mostrar ambicioso à medida que o processo de ofertas progride.

A esse preço, a GVT seria avaliada a oito vezes o lucro estimado para 2013, bem acima da avaliação média de 5,5 vezes pela Oi, América Móvil e outros rivais latino-americanos, de acordo com cálculos da Thomson Reuters.

Profissionais do mercado financeiro não envolvidos na transação disseram à Reuters que altos níveis de dívida na Telecom Italia e Oi podem impedir que elas façam ofertas pela GVT. Preocupações antitruste também podem representar um obstáculo para a Oi, adicionaram ambas as fontes.

A América Móvil, gigante das telecomunicações controlada pelo homem mais rico do mundo, o mexicano Carlos Slim, pode não aceitar pagar o alto preço exigido pela Vivendi, acrescentaram as fontes. A estratégia de expansão de Slim na América Latina e Europa tem sido mirar companhias que vê como subvalorizadas.

Uma terceira fonte próxima ao processo disse à Reuters que um consórcio de grandes companhias de private equity baseadas nos Estados Unidos pode realizar uma oferta pela GVT, mas não precisou quais seriam esses grupos.

Uma outra fonte disse que a venda da GVT não implica que a Vivendi deixará o Brasil. “O Brasil é um mercado forte para conteúdo e mídia”, disse a fonte. “A Vivendi é a maior em música devido ao Universal Music Group… e há forte demanda por videogames (no Brasil).”

A Vivendi pagou cerca de 3 bilhões de euros pela GVT no fim de 2009, superando a espanhola Telefónica/Vivo que tentou comprar a empresa.

A Vivo, que analistas e profissionais do mercado financeiro veem como outra possível compradora da GVT, não está participando do processo, disseram duas das fontes.

Deutsche Bank e Rothschild são os assessores da Vivendi na venda da GVT.

GVT apresenta novas campanhas comerciais

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Entra no ar, a partir desta semana, a nova campanha da GVT, composta por filmes, mídia impressa e mídia exterior para as praças onde a operadora atua. Com criação da Loducca, a campanha dará continuidade ao posicionamento “Você no futuro hoje”.


Estrelado pelo ator Alexandre Borges (protagonista das campanhas de GVT desde o começo do ano) o filme “Terapia” mostra o ator dialogando com o seu terapeuta, dizendo que a sensação de viver no passado acabou depois que se tornou cliente GVT. Utilizando o humor e a ironia para provocar a reflexão dos consumidores, o filme busca destacar os benefícios do Power Combo GVT: banda larga de 15 mega, TV por assinatura com canais em alta definição em todos os pacotes, serviços interativos para toda base de clientes e telefone fixo com minutos grátis para celular.

O segundo filme da campanha destaca as vantagens da banda larga GVT e seus principais diferenciais, como a entrega da velocidade contratada sem limite de download e upload e wi-fi grátis.

A campanha também enfatiza que a banda larga da GVT tem o menor custo por mega e foi eleita como a melhor do Brasil por três anos consecutivos, segundo leitores da Revista Info. A empresa concorre novamente ao prêmio neste ano.

A Loducca e a GVT também colocam no ar o filme “Namorados” criado para GVT TV que tem como principal objetivo explorar com mais detalhe o acesso às redes sociais como Youtube, Instagram, Facebook, Twitter na tela da TV.

Acompanhe os filmes abaixo:

   Namorados

   

Terapia

   

Número de reclamações não cai após punição

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O cientista social Fabrício Reis, 30, tinha um celular pós-pago da TIM. Em março, pediu migração para um plano mais barato, porque ia passar uma temporada no exterior. Mas a TIM não efetivou a mudança e continuou a cobrar o plano antigo, que estava em débito automático, afirma Reis. Marco Antônio de Menezes, funcionários público, foi ao Procon-SP no início de outubro por causa de uma multa de R$ 1,3 mil que recebeu da Claro, por quebra de contrato. Mas Menezes diz que é cliente da operadora há quase sete anos, tempo suficiente para vencer qualquer tipo de acordo de fidelidade.

Reclamações contra empresas de telefonia móvel, como as contadas acima, sempre foram frequentes nos órgãos de defesa do consumidor. Três meses após a Anatel proibir a venda de novos planos de Oi, TIM e Claro por mais de uma semana, como forma de punição pela má qualidade dos serviços prestados, essas queixas não diminuíram. É o que mostra levantamento feito com dados do Procon-SP, do portal Reclame Aqui e de medições de conversas em redes sociais feitas pelo instituto Data Popular.

Veja o número de queixas antes e depois da punição, que ocorreu entre 23 de julho e 2 de agosto:

Queixas contra empresas punidas pela Anatel no final de julho não mostra recuo.

* Reclame Aqui não forneceu dados de outubro até o momento desta postagem



A punição da Anatel terminou com a promessa de que a agência avaliaria trimestralmente as empresas. As análises, no entanto, levarão em conta o cumprimento dos planos de investimentos exigido das companhias, e não a quantidade de reclamações. E, mesmo se levassem, a Anatel usaria o banco de queixas feitas à própria agência, explica a assessoria de imprensa do órgão. Portanto, o levantamento feito junto a órgãos de defesa do consumidor e redes sociais é “extra oficial”.


Nas redes sociais, as queixas tiveram alta expressiva no período que se seguiu à proibição da Anatel, segundo pesquisa do Data Popular. Nos três meses anteriores à suspensão, houve 21,6 mil conversas sobre as operadoras nos sites Orkut, Facebook e Twitter, sendo 27% com teor negativo. Nos três meses seguintes, foram registradas 187,7 mil, alta de 772%, das quais 19% eram negativas. A TIM é a líder de reclamações. A empresa aparece em 56% das conversas nos seis meses medidos, sendo que três em cada quatro menções são negativas.
“A própria punição da Anatel chamou a atenção dos consumidores para os problemas do setor, o que deve explicar, ao menos em parte, o número de queixas ter subido de agosto para cá”, diz Selma do Amaral, diretora de atendimento ao consumidor do Procon-SP, onde todas as empresas tiveram alta nas queixas. “Ainda assim, entre os clientes prejudicados de alguma forma pelos serviços, acredito que apenas uma minoria reclame em órgãos de defesa”, afirma.
Para a Oi, o número de reclamações ter se mantido mais ou menos estável é algo positivo. “Há um erro matemático nessa comparação. Se o número de reclamações se mantém constante, enquanto a base de clientes cresceu, na verdade as reclamações diminuíram. No último ano, tivemos um acréscimo de um milhão de clientes de celulares pré-pagos só em São Paulo”, diz Francisco Valim, presidente da empresa. “Não só apresentamos um plano robusto e definido para a Anatel como prestamos contas mensais sobre esse plano”, afirma.
A Claro, através de nota, informa que tem trabalhado para a melhoria da qualidade dos serviços. “A operadora continua realizando fortes investimentos em tecnologias e em novas plataformas para proporcionar um melhor atendimento ao consumidor. A operadora está seguindo o cronograma estipulado pela Anatel (…). Em 2012, o investimento da Claro em ações de melhoria somam R$ 3,5 bilhões e já podem ser percebidas em diversos estados”, diz o comunicado.
A TIM também se posicionou através de nota. “A companhia foi a segunda empresa menos demandada do setor de telecomunicações, figurando em 11º lugar, no Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas (SINDEC). Ainda considerando o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC), comparando o 2º semestre de 2011 com o 1º semestre, a TIM foi a única empresa a apresentar redução de demandas entrantes nos PROCONs integrados ao SINDEC. Por fim, a operadora esclarece que cumpriu a meta de resolutividade, acordada com o DPDC, que era de 60%. Em 2011, a TIM/Intelig registrou 60,5% de resolutividade”, diz o texto.
Segundo os dados mais recentes da Anatel, em junho o Brasil possuía pouco mais de 256 milhões de linhas ativas de telefones móveis. A Vivo é líder de mercado com 29,56% de participação, seguida por TIM (26,89%), Claro (24,58%) e Oi (18,65%).

Nextel enfrenta batalha difícil no mercado brasileiro

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Investidores da NII Holdings, dona da operadora de telefonia Nextel, estão apostando que o Brasil pode ajudar a empresa a sobreviver, à medida em que a concorrência e a tecnologia ultrapassada ameaçam seu modelo de negócios.

Os investidores podem se decepcionar, já que a desaceleração econômica e pressão regulatória acabaram com anos de fácil crescimento no maior mercado sem fio da América Latina, intensificando a rivalidade com outros grupos, fazendo com que a mexicana América Móvil e a espanhola Telefónica busquem atrair os clientes corporativos mais caros da NII.

A base de assinantes da NII no Brasil, onde a companhia ganha metade de seus lucros, encolheu no trimestre passado pela primeira vez, enquanto outras operadoras atraem usuários com pacotes de ligações ilimitadas e redes mais rápidas.

Como a NII empreende uma cara transição para tecnologia 3G até o final do ano, alguns investidores temem que esses esforços possam de fato acelerar a partida de clientes.

“A questão é: Será que, depois de tudo, este lançamento 3G vai tornar a NII competitiva? Quando os investidores encontrarem a resposta, muitos deles vão correr para deixar a empresa”, disse a analista Christina Ronac, da empresa de investimentos bancários Gleacher & Co, em Nova York.

As ações e bônus da NII estão em queda de 64% e 13%, respectivamente, por causa dos temores de que a estratégia possa falhar.

A estrada traiçoeira que a empresa tem pela frente também evidencia a mudança de gostos da classe média emergente da América Latina, que tem crescido cada vez mais esclarecida sobre tecnologias de smartphones, inéditas na região há apenas uma década.

O número de assinantes da companhia no Brasil teve queda de 53 mil usuários em setembro, estendendo as perdas para 85 mil clientes no trimestre, enquanto os concorrentes cresciam. Analistas pesquisados pela Thomson Reuters previam uma perda de 40 mil clientes no período.

Oi deve pagar indenização por cobrança indevida

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A operadora de telefonia Oi deve pagar R$ 5 mil a uma cliente que sofreu cobrança indevida. A decisão é da 5ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza.

No processo consta que, sem haver solicitado, a mulher, uma psicóloga, recebeu chip promocional da Oi, juntamente com um contrato contendo seus dados. Ela não assinou o contrato, nem fez uso do chip. Mesmo assim, em setembro de 2009, recebeu cobrança no valor de R$ 54,90. Sentindo-se prejudicada, ela ingressou com ação na Justiça.

Em contestação, a Oi alegou que a ativação da linha foi feita pela requerente ou por pessoa que tinha os seus dados e, portanto, ela é a responsável. Sustentou também que o sistema da empresa foi desenvolvido “dentro da melhor tecnologia”.

Na decisão, o juiz afirmou que a cobrança era indevida e que a Oi agiu ilicitamente, mediante prática abusiva do Código de Defesa do Consumidor, em que é vedado ao fornecedor, dentre outras práticas abusivas, enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto ou fornecer qualquer serviço.

Até quanto a rede de telecomunicações aguenta?

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O Brasil tem pressa para desatar os nós existentes das redes de telecomunicações e alargar as estradas digitais. A urgência das operadoras para diminuir os gargalos da planta atual não é apenas para atender aos cronogramas da Copa do Mundo, que exige que os serviços de 4G estejam em operação no País até abril de 2013.

Independentemente dos megaeventos esportivos que serão sediados aqui, o País precisa expandir sua infraestrutura de comunicação para suportar a grande demanda de tráfego de dados, que aumentará no mercado local cerca de oito vezes até 2016, puxado pelos setores corporativo e de consumo.

Esse crescimento será estimulado por vários motivos, sendo que um deles é o grande acesso às aplicações hospedadas na nuvem. As estimativas dos analistas são de que em quatro anos essa modalidade de serviço dará um salto no Brasil. IDC, Gartner, Frost &Sullivan, KPMG e outras consultorias sinalizam que muitas companhias vão contratar infraestrutura como serviço (IaaS) dos data centers, que estão em franca expansão no País.

Além do IaaS, as modalidades de software como serviço (SaaS) e plataforma como serviço (PaaS) vão demandar muita conectividade, um dos principais insumos de cloud para que as aplicações possam ser acessadas pela internet, sejam por meio de redes públicas ou privadas. E elas precisam ser sustentadas pela infraestrutura de telecom. Sem ela, não existe nuvem.

Em quatro anos, o mundo entrará na era do Zettabyte. O tráfego global de dados IP deverá alcançar um ritmo anual de 1,3 Zettabyte, o equivalente a transmissão de 38 milhões de DVDs por hora durante um ano. O volume é dez vezes mais que os 121 Exabytes transmitidos em 2008, segundo o estudo Cisco Visual Network Index (VNI) 2011-2016 – Adoção de serviços e crescimento do tráfego IP.

O Brasil acompanha essa tendência. De acordo com a pesquisa da Cisco, o volume mensal de tráfego IP pelas redes do País vai alcançar 3,5 Exabytes em 2016, ante 420 Petabytes em 2011. Os principais fatores para esse incremento são aumento dos dispositivos móveis, expansão dos planos de banda e ampliação da oferta de serviços.

A nuvem está entre os novos serviços que vão exigir mais largura de banda da infraestrutura de telecom. Hoje, todos os data centers do País compõem ofertas para atender ao mercado corporativo. Uma das grandes apostas é a modalidade de IaaS, que desperta interesse tanto dos prestadores de serviços quanto das operadoras de telecomunicações. Oi, Telefônica|Vivo, Embratel e TIM/Intelig já anunciaram suas estratégias para explorar esse mercado (Veja mais informações na página 28).

“O data center é o pulmão de cloud computing. Por isso, existe um movimento frenético no Brasil de empresas desenvolvendo projetos nessa área”, conta João Moura, presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), entidade que representa mais de 50 empresas prestadoras de serviços de telecomunicações.

Esse movimento, segundo Moura, abriu muitas oportunidades para a construção de novas redes de comunicação. De um lado estão as operadoras de telefonia, ampliando suas infraestruturas para atender a sua demanda interna e também a dos parceiros de data centers. Na outra, há os pequenos fornecedores de rede e os que estão chegando agora ao mercado.

Moura afirma que esse ecossistema de negócios movimenta-se em direção à nuvem. “Cloud gera uma imensa oportunidade de negócios, mas está amarrada no chão”, conta o executivo. Os serviços ficam hospedados em algum lugar físico, que são os sofisticados data centers, equipados com sistemas de segurança, abastecimento de energia e conectividade.

O presidente da TelComp observa que hoje o Brasil tem um gargalo de infraestrutura de telecomunicações para suprir serviços de nuvem. A maioria dos data centers do País está concentrada numa única região, em Barueri, na Grande São Paulo, que apresenta boa cobertura das redes de comunicação.

Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisas da consultoria IDC, acredita que a descentralização dos data centers é importante porque os clientes na hora de comprar serviços de nuvem vão dar preferência aos prestadores de serviços que tenham sites por perto.

“A migração para cloud aumenta a dependência do link de internet”, afirma Frank Meylan, sócio da KPMG. Ele considera que o grande calcanhar de aquiles para que os serviços de nuvem levantem voo no Brasil é a infraestrutura de telecom. Segundo ele, as empresas só vão abraçar IaaS se tiverem bons serviços de telecom.

Meylan ressalta que para ter IaaS é necessário fazer contingência com contratação de pelo menos dois fornecedores, sejam eles de redes móveis ou de fibra óptica. “Na região Sudeste, as empresas têm contingência para mitigar o risco quando vão para a nuvem, mas em outras partes do Brasil, telecom ainda é um desafio”, afirma o consultor.

Alguns dos atuais ruídos do setor deverão ser eliminados com as regulamentações e propostas do governo que incentivam práticas competitivas saudáveis e isenção de impostos para a construção de redes de telecomunicações para outras regiões do País. A pressão para aceleração desses projetos virá tanto da necessidade das prestadoras de serviços de explorar novos negócios (como serviços de nuvem), quanto de atender às demandas de consumo.

O interesse das operadoras para explorar nuvem na ponta é em razão do crescimento do número de internautas com dispositivos móveis nas mãos. Estudo da Cisco aponta aumento do volume de conexões à web por meio de dispositivos móveis. No ano passado, esses aparelhos representaram 6% dos acessos à rede e esse índice aumentará para 21% nos próximos quatro anos.

A pesquisa da Cisco prevê ainda que o País terá 617 milhões de aparelhos sem fio acessando as redes em 2012, quase o dobro dos 332 milhões que havia no ano passado. Até lá, cada brasileiro terá pelo menos três dispositivos móveis conectados à internet. Em 2011, essa média era de 1,7 aparelho. O usuário médio de smartphone vai gerar aproximadamente 533 Megabytes de dados, ante 38 Megabytes no ano passado.

Os brasileiros estão consumindo mais dados e congestionando as infovias digitais por vários fatores. Um deles é o aquecimento da economia que aumentou o poder de consumo, estimulando as vendas de celulares e de computadores.


A diretora de Regulamentação Econômica da consultoria LCA, Claudia Viegas, constata que o crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) tem gerado muitas oportunidades de negócios para telecomunicações. Ela menciona que as classes C e D já representam 58% do consumo brasileiro. Em 2020, esse índice subirá para 78%. O reflexo disso é que essa camada vai comparar mais serviços e incrementar a cesta de produtos de comunicação.

A classe C será o grande alvo do segmento. “Hoje, os três sonhos de consumo dessas pessoas são smartphone, notebook e iPad”, conta a executiva. Resultado disso é a explosão no Brasil de celulares, que faz do País o quinto maior mercado do mundo dessa tecnologia, atrás da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. O País encerrou setembro com 258,9 milhões de linhas móveis ativas, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O Brasil avança também no consumo de smartphones e já ocupa o 10o lugar no ranking global, devendo encerrar 2012 com a venda de 15,4 milhões de terminais dessa categoria. O número está quase próximo da comercialização de PCs, com previsões para terminar o ano com a entrega de 17,6 milhões de unidades, o que faz do Brasil o terceiro maior do mundo no mercado de computadores.

Com o grande número de equipamentos conectados à internet, as redes de telecomunicações terão de estar preparadas para suportar a grande explosão de tráfego de dados. Os estudos de mercado apontam para o aumento da transmissão de vídeo, que são aplicações que consomem mais banda. 

A associação GSMA, que congrega operadoras de celular, prevê que a Copa do Mundo, por exemplo, deverá trazer mais de 1 milhão de conexões em roaming, gerando 300% do tráfego de dados normal por um período de oito semanas. Os analistas estimam que, durante os Jogos de Londres de 2012, foram transmitidos 60 GB de dados na rede no Parque Olímpico a cada segundo, e que esse número tende a crescer bastante nos próximos quatro anos.

Preparar a infraestrutura para dar vazão às novas aplicações é o grande desafio do setor de telecom, considerado importante para o desenvolvimento econômico e social do País. Essa é uma indústria de capital intensivo. Nos últimos 14 anos, após a privatização em 1998, o segmento investiu 260 bilhões de reais, que atualizados chegam a 390 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).

Para 2012, a previsão de desembolso de capital do setor para novos projetos (Capex) é de 24,5 bilhões de reais, montante próximo aos patamares de 2001, quando as concessionárias de telefonia fixa anteciparam investimentos para poder iniciar a oferta de novos serviços.

Como resultado desse aporte, a infraestrutura de telecomunicações cresceu e conta hoje com mais de 240 mil quilômetros de cabos com multifibras ópticas, que já alcançam 331 milhões de clientes, segundo levantamento da Telebrasil. A telefonia móvel chegou a 5.564 municípios, onde moram 99,9% da população. Entre essas cidades, 3.066 possuem redes 3G, com cobertura de 86,7% dos moradores.

Até setembro, o País somava 330 milhões de assinantes de telecomunicações, incluindo TV paga, banda larga e telefonias fixa e móvel. São consumidores ávidos por tecnologia que gostariam que as redes oferecessem serviços de qualidade e internet com alta velocidade para acesso em qualquer lugar por meio dos mais variados dispositivos.

Nem sempre esses anseios são atendidos. Em julho, o setor levou um puxão de orelha da Anatel com a suspensão de vendas de chips de celulares pela precariedade dos serviços. A forma que o órgão regulador encontrou para evitar que essa situação volte a acontecer é com o monitoramento dos serviços, que começa com a medição da qualidade da banda larga fixa a partir de novembro. Os controles vão-se estender também para a internet móvel.

Provedor deve ressarcir consumidor quando entregar velocidade menor

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Apesar da entrada em vigor da nova regra da Anatel, que estabelece que os provedores de internet devem entregar, no mínimo, 20% da velocidade de conexão definida em contrato, para a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP), porém, o consumidor tem o direito a receber por aquilo que pagou.

“Finalmente a Anatel definiu parâmetros mínimos de qualidade e dá ao consumidor a possibilidade de medir a velocidade de conexão. Mas, é importante ressaltar, que se a empresa vendeu 10 megabits de velocidade, por exemplo, ela deve cumprir com a oferta”, explica o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, em nota. Segundo ele, o cliente tem direito ao abatimento proporcional do preço, caso a operadora não cumpra com o que foi ofertado.

“O Código de Defesa do Consumidor é bem claro: a empresa não pode entregar 2 megabits e cobrar por 10 megabits”, sublinha Góes. Ele recomenda que o consumidor procure o órgão de defesa do consumidor em sua cidade para reclamações ou dúvidas sobre as medidas, caso identifique que a conexão disponível tem velocidade menor que o estabelecido na compra do serviço. No site do projeto, é possível realizar testes online sobre a qualidade da internet no computador de acesso.

As normas da Anatel também estabeleceram que, a partir deste mês, a velocidade média de pelo menos 60% da contratada. Os valores serão ampliadas ano a ano, chegando a 80%, no caso da velocidade média e 40% da instantânea, em novembro de 2014.

Claro lança serviço de armazenamento na nuvem

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A Claro traz ao mercado o Ideias Sync, serviço de armazenamento de arquivos na “nuvem”, com a facilidade de sincronização e compartilhamento, o primeiro oferecido por uma operadora no Brasil. Com ele, o usuário poderá de forma rápida e fácil acessar, atualizar ou mesmo compartilhar informações entre diferentes dispositivos móveis e computadores, usando para isso apenas o espaço virtual. O serviço é gratuito e terá 5GB de capacidade.

Entre os principais benefícios do serviço está o upload e download de arquivos como fotos, vídeos, musicas, apresentações, documentos e planilhas, tudo organizado por pastas, disponível em ambiente virtual sem sobrecarregar a memória dos equipamentos. Além disso, é possível criar pastas pessoais e sincronizar os arquivos com outros dispositivos e, deste modo, o mesmo documento atualizado pelo celular estará automaticamente disponível no notebook ou computador, por exemplo. Para recuperar ou mesmo modificar os dados armazenados basta o simples acesso ao serviço em rede.

“A Claro está sempre atenta as tendências de mercado e busca trazer para seus clientes serviços inovadores. O brasileiro é um dos povos mais conectados que existem e identificamos que os serviços de nuvem são muito procurados e, por isso, o Ideias Sync é um serviço tão esperado”, explica Fiamma Zarife, diretora de Serviços de Valor Agregado da Claro.

O novo serviço da Claro pode ser acessado de qualquer computador pela interface web ou do próprio celular através do site móvel. O usuário também poderá acessar o serviço por meio de um aplicativo compatível com o sistema operacional Android.

Todos os clientes da operadora poderão se beneficiar com este lançamento, ganhando gratuitamente um espaço virtual com capacidade de 5GB, podendo ter mais 1GB ao indicar amigos para fazer parte da rede. Caso seja necessário ainda mais espaço, é possível optar por um dos pacotes pagos que custam de R$ 9,90 (10GB) até R$ 29,90 (100GB).

O serviço foi desenvolvido em parceria com o Titans Group.

Acompanhe os bastidores da nova campanha interativa da Vivo

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O programa Avesso traz os bastidores da campanha de lançamento do novo programa de relacionamento da Vivo, o “Vivo Valoriza”. 


O Avesso entrevistou os responsáveis pela campanha, que foi criada a partir de uma parceria entre as agências DPZ e Wunderman e mostra todos os detalhes dessa produção.

A campanha inicialmente foi concebida como um filme tradicional de 30”. Depois de pronto, as agências transformaram o filme em um grande projeto digital, utilizando o Facebook e o Youtube como principais plataformas de divulgação e interação com o filme.
A história, criada com base na estratégia de “gamification”, funciona como um jogo, pois contém, além do filme original, conteúdos ocultos, como cenas extras e tutorias. O filme traça um paralelo entre o programa Vivo Valoriza e um relacionamento real, utilizando o conceito de quanto mais as partes se relacionam, mais todos ganham. A produção do filme contou com uma grande equipe, e foi realizada em aproximadamente quatro ou cinco dias de filmagem. A trilha sonora da campanha foi embalada pela música “Relator” da atriz Scarlett Johansson e Pete Yorn, que retrata as experiências de um casal recém formado, assim como os personagens do filme.

Em entrevista ao Avesso, Cris Duclos, Diretora de Imagem e Comunicação da Vivo, conta o objetivo principal da campanha e o porquê da escolha do tema, “O desafio do lançamento do Vivo Valoriza era envolver o consumidor. A gente escolheu um romance para contar um pouco o que é o relacionamento da Vivo com os seus clientes”.

“É muito gratificante realizar a cobertura dos bastidores de uma campanha tão inovadora como a de Vivo. O nosso púbico tem a chance de ver de perto toda a complexidade que essa produção exigiu”, afirma Dimas Pessetti, Sócio-diretor do Programa Avesso.
O Avesso é um programa de entretenimento com três minutos de duração, que há mais de 12 anos mostra os bastidores da indústria da comunicação para o grande público, responsável pelo desenvolvimento do conceito do Brand Backstage no Brasil. Se destaca, por sua ampla interação entre os meios e com uma multiplataforma única no Brasil e conta atualmente com mais de 320 parceiros incluindo blogs, sites segmentados, portais, canais a cabo, web TVs, redes de out of home, universidades, Smart TVs, além da participação em redes sociais e aplicativos mobile.