06/09/2024
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Retorno financeiro das operadoras está abaixo do custo de capital

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O sinal amarelo da rentabilidade das operadoras de telecomunicações está aceso. E a Oi é a primeira a dar essa mensagem abertamente. Seu presidente, Francisco Valim, desabafou para o risco de desequilíbrio financeiro que as operadoras de telecomunicações enfrentam em razão da crescente necessidade de investir na expansão das redes. “Se você trabalhar no conceito de onerar as operações em um retorno que já é abaixo do custo de capital, a conta não fecha e o investimento vai fatalmente acabar sacrificado. Não estou dizendo que é agora, mas é uma tendência que acabará causando um déficit de investimento em algum momento no futuro”. Para Valim, a conta é simples: “pegue o fluxo de caixa da operadora e coloque em projetos como 3G, 4G, ampliar fibra etc. Some-se tudo isso e você verá que o retorno desses novos projetos nas condições de mercado existentes é menor do que custa o capital para fazer isso. O paradoxo é que se você não faz, você morre. E se você faz, emagrece. O problema é quanto tempo você consegue só perder peso”, disse o presidente da Oi.

Ele disse que a forma de reverter esse ciclo é mudar algumas condições atuais do mercado. “Em geral, quando todo o mercado começa a entrar nesse tipo de zona, ou o mercado se auto-regula, ou o regulador entende que tem um problema estrutural no futuro e intercede”. Ele exemplifica essa intervenção regulatória com as ações, por exemplo, para desestimular o excessivo uso dos modelos de chamadas ilimitadas.

Outra ação seria desonerar as operadoras de obrigações que, segundo ele, não fazem mais o menor sentido, como as obrigações de TUPs (orelhões). Segundo Valim, 60% dos TUPs não geram tráfego praticamente nenhum, e 40% geram apenas 1% do tráfego da operadora. “É o típico caso em que o Fust faria todo sentido. É telefone de uso público, não é competitivo. Já foi um negócio para nós, mas hoje não. Seria um alívio fantástico de custo, de atenção, sem falar das multas, que certamente um percentual grande de nossas multas vêm daí, onde sou penalizado pelo vandalismo, onde não somos responsáveis”, disse ele.

Para Valim, seria oportuno discutir uma revisão geral do modelo de telecomunicações agora, “desde que isso não me custe mais ainda”. Segundo ele, o PNBL já obriga a Oi a universalizar a banda larga. “A Anatel deveria buscar a competição e o investimento em novas redes e para isso deveria aliviar os concessionários mais pesados, e não onerar com mais obrigações, como acontece. É sempre mais coisa que se pede, como é o caso do PNBL” , disse ele.

Oi quer vantagens na distribuição da faixa de 700 MHz

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A Oi está disposta a comprar uma boa disputa com outras operadoras de telecomunicações em relação ao futuro leilão das faixas de 700 MHz. Basicamente, o que a operadora buscará é isonomia no uso das faixas baixas de frequências que podem ser usadas para LTE. O presidente da operadora, Francisco Valim, disse que existe hoje uma assimetria contra a tele. “É a de quem pode usar LTE em frequências baixas. A Oi não tem frequência baixa, nenhuma. Não tem nada na faixa de 800 MHz, onde existe ecossistema de LTE, ao contrário das outras operadoras. A Oi não tem isso, porque chegou depois. Não temos essa vantagem. Achamos que é uma desvantagem competitiva deixar como está”. Para ele, o governo deveria pensar nisso se quiser que os quatro operadores mantenham a competição, “porque hoje a Oi está em uma situação de fragilidade competitiva, em relação à perspectiva de 4G”. Valim pede um teto nas frequências baixas, “como colocou em todas as faixas. Foi assim com 2G, 3G e tem que ser com 4G”.

Ele também não concorda que as empresas de telecomunicações tenham que pagar a conta da digitalização das emissoras de TV aberta. “Todo o intuito de fazer a migração para a TV digital era liberar frequências. O que aconteceu no planeta inteiro foi isso. A demanda está na banda larga, e para isso precisa de mais frequência, e a frequência mais adequada é na faixa de 700 MHz e 800MHz”, diz.

Telefônicas brigam por data center em nuvem

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Com as receitas de voz em queda, as operadoras de telefonia fixa estão buscando alternativas para aumentar o leque de ofertas para clientes corporativos. Um dos novos negócios que as teles começam a explorar é a venda de infraestrutura de TI como serviço (IaaS), aproveitando que elas já fornecem a conectividade, insumo essencial para a operação de cloud computing. Oi, Embratel, Vivo e TIM apresentaram ofertas de nuvem. A GVT ainda se mantém em silêncio, mas não deve ficar de fora dessa seara, já que a companhia entrou recentemente na área de data center.

Os projetos das teles para exploração do mercado de cloud computing entraram em prática a partir deste ano. Foi a Oi a primeira a apresentar a sua plataforma de nuvem para o mercado. Em seguida, a Vivo detalhou sua estratégia e em setembro foi a vez da Embratel lançar a sua oferta de IaaS para competir com prestadores de serviços de data centers convencionais que, já estão atuando nessa área, como é o caso da Amazon, Tivit, HP, IBM e Ativas.

A TIM fala que está oferecendo serviços de IaaS desde março desse ano, com estratégia silenciosa. Diferentemente das outras teles, o braço corporativo da operadora do grupo italiano optou num primeiro momento por se lançar na nuvem com ajuda de dois parceiros de data centers, que são a Dualtec e a Ativas.

“A parceria com essas empresas foi uma forma de entrarmos mais rápido nesse mercado”, justifica Marcos Senna, gerente-executivo de novos negócios da TIM. Porém, ele explica que a operadora ainda está revisando sua estratégia para saber se continuará prestando serviços na nuvem com data center de terceiros ou se terá sua infraestrutura própria. 

A TIM tem data centers, mas o executivo argumenta que eles ainda são Tier II e que estão mais voltados para atender a demanda interna da companhia, que está em crescimento acelerado. Ele observa que hoje o Brasil está abastecido de centros de dados bem equipados com certificação Tier II, que podem ser contratados pela operadora. 

Pelo modelo de negócio, a TIM e os parceiros podem vender sua oferta, adicionando seus links de comunicação. Sua solução de IaaS conta backup sob demanda, monitoramente de segurança, serviços de e-mail, storage e firewall com pagamento de acordo com o uso. 

Num primeiro momento, o alvo são as grandes contas da operadora, mas a segunda etapa prevê entrega de soluções de IaaS para os médios negócios. No futuro, Senna acredita ser possível chegar até aos consumidores finais, com ofertas de massa. “Está no roadmap da TIM ter serviços em nuvem para o mercado SoHo e residencial”, anuncia o executivo.

Na Oi, a plataforma “Oi Smart Cloud”, lançada em fevereiro, e que prevê inicialmente serviços de infraestrutura de TI (Iass) tem como público-alvo 15 mil empresas de grande porte, que faz parte da base de clientes da operadora. O serviço foi baseado na oferta que a Portugal Telecom, que tem participação na operadora, já oferece em Portugal.

Dois meses depois da Oi, a Vivo iniciou a comercialização de seus produtos de IaaS batizados de “Vivo Cloud Plus”. A oferta lançada em abril desse ano inclui armazenamento, processamento, backup, entre outros. A operadora está oferecendo o serviço por meio de cinco data centers espalhados na América Latina, localizados no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. 

No Brasil, a Vivo estima que os serviços na nuvem devam responder por um terço do crescimento de serviços de TI em 2012. Na América Latina, o segmento atende mais de duas mil empresas. Segundo a operadora, das mil maiores companhias atendidas, 30% já utilizam suas soluções de TI e conectividade.

Maurício Azevedo, diretor de Marketing para o segmento corporativo da Vivo, informa que a tele atacará na segunda etapa as pequenas e médias empresas (PMEs), com ofertas de software como serviço (SaaS). A operadora colocou um piloto no ar para atender a esse segmento. A expectativa do executivo é que nuvem ajude a unidade de serviços de TI da operadora a crescer 25% em 2012. 

A Embratel, controlada pelo grupo mexicano América Móvil, se lançou na nuvem no mês passado. Sua oferta foi apresentada ao mercado durante a inauguração de seu mais moderno data center, localizado na cidade de São Paulo. O empreendimento recebeu um investimento de 100 milhões de reais e foi erguido para funcionar conectado com a plataforma de cloud computing da companhia já em operação em outros três países: Colômbia, Argentina e México.

A operadora terá a modalidade de infraestrutura como serviço (IaaS) e software como serviço (SaaS). “É uma nova etapa na vida da Embratel. Vamos vender serviço de nuvem pelo nosso portal. Nosso público alvo são as pequenas e médias empresas”, informa José Formoso, presidente da Embratel.

Para João Rezende, presidente da Anatel, o novo investimento da Embratel reforça a infraestrutura de tecnologia da informação e telecom no Brasil para atender empresas que não possuem data center próprio. Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, comentou que o Brasil tem muito espaço para prestação de serviços em nuvem. Porém, reconheceu que o País precisa desenvolver uma política pública para que esse modelo ganhe força aqui. 

“Estamos conversando com o BNDES e indústrias para saber que política pública podemos adotar”, disse Paulo Bernardo. Mas afirmou que antes disso precisa ouvir os prestadores de serviços, como a Embratel e universidades para entender como esse processo será realizado no País.

O negócio de cloud computing no Brasil está movimentado. A chegada da Amazon Web Service (AWS) ampliou a competição com prestadores de serviços de TI locais, como Tivit, UOL Diveo, HP, IBM, Locaweb, Alog e Hostlocation, entre outros. 

As teles devem esquentar essa briga, já que elas possuem algo a mais que os data centers convencionais, como infraestrutura, base de clientes e habilidade em cobrar os serviços.

As operadoras de telecom levam vantagem na disputa do mercado de cloud computing por ter a conectividade e também pela a expertise em bilhetagem. Anderson Figueiredo, analista de mercado da IDC, observa que as teles têm em seu DNA o que os outros provedores não têm, que é saber cobrar de acordo com o que o cliente consome, pois esse é o negócio delas com telefonia fixa e móvel.

“Mais que ninguém, elas sabem cobrar por uso. Por isso, as teles vão saber mais mostrar aos clientes numericamente as vantagens da contratação de cloud computing”, acredita Figueiredo. Ele constata que muitas companhias não contrataram ainda nuvem porque os prestadores de serviços não conseguem esclarecer o ROI. “As empresas só vão conseguir vender nuvem se provar que é bom”, enfatiza.

O analista da IDC avalia que operadoras demoraram mais para entrar nesse mercado porque precisavam se preparar. Elas tiveram que entender melhor o que é cloud para ajustar suas ofertas de acordo com o que o mercado está pedindo. Porém, não estão atrasadas. Como cloud computing ainda não explodiu no Brasil, elas não perderam o bonde. 

O consultor lembra que um estudo realizado pela IDC em março do ano passado constatou que apenas 18% das companhias brasileiras sabiam o que era cloud computing. Agora, ele acredita que o mercado já está assimilando melhor o conceito e que as teles têm papel importante em esclarecer esse modelo de se comprar TI. 

Apesar disso, Figueiredo não acredita que as teles vão alterar muito esse jogo e ser mais competitivas que os data centers tradicionais. Na sua opinião, elas apenas chegam mais preparadas que os concorrentes que estão há mais tempo nessa seara. Ele acredita que há espaço para todo, em razão de esse negócio estar apenas começando no Brasil.

Oi “põe na geladeira” plano de internacionalização

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Com a crise mundial no radar, o Grupo Oi mudou de estratégia e engavetou seus planos de expansão internacional. O presidente da Oi, Francisco Valim, deixou claro que o foco está no Brasil, descarta consolidações no setor e admite também que as operadoras saíram com a imagem arranhada da suspensão da venda de novos chips pela Anatel.


“Agora para nós, internacionalização é Bangu, Arapiraca, São Gonçalo, Niterói, Xorroxó”, brincou o executivo. “Dadas as condições do cenário global, R$ 1 investido no Brasil crescendo rende mais que o mesmo em um país andando de lado.”

O plano 2012-2015 da Oi prevê uma expansão de 10% a 15% ao ano de Unidades Geradoras de Receita (UGRs, ou contas por serviço) no País. À frente da companhia há 14 meses, Valim vem construindo uma gestão descentralizada, com estratégias regionais para brigar por mais espaço no disputado mercado doméstico. Isso inclui ter presença física para elevar a percepção da marca: a operadora chegou ao varejo este ano e terá 200 lojas no País até dezembro.

Do ponto de vista de serviços, o executivo enxerga potencial para crescer em banda larga (fixa ou móvel), telefonia celular e TV por assinatura, nessa ordem. A ideia é vender mais para os mesmos clientes (com pacotes de serviços), aumentando a receita da Oi por domicílio. Para isso, será preciso investir para aumentar a cobertura e a qualidade da rede do grupo.

Após passar por uma delicada reestruturação societária, a Oi faz questão de apresentar um balanço dos seis primeiros meses de seu plano de R$ 24 bilhões para os próximos quatro anos. Entre eles, a expansão de 27% no número de usuários pós-pagos (para 7,245 milhões). A operadora passou a deter uma fatia de 15% no segmento em agosto.

Na TV por assinatura, a Oi saiu de 170 mil para meio milhão de assinantes desde janeiro, e espera um salto com o lançamento do serviço IPTV (TV paga via protocolo de internet), em novembro, onde o cobre será substituído pela fibra óptica (FTTH, ou fiber to the home). O potencial é atingir uma velocidade de até 200 megabits por segundo (Mbps) com a fibra.
Apesar de comemorar resultados, Valim assume que a ação da Anatel sobre o setor (com a suspensão da venda de chips em julho) trouxe danos à imagem das operadoras.

Segundo ele, a agência quis dizer que era preciso arrumar a casa, mas deixou o setor exposto. “Para quem está no fogo, qualquer calor esquenta”, diz.

Na época, Oi, Claro e TIM tiveram de apresentar um plano de metas de qualidade à Anatel. Segundo Valim, a intervenção mudou apenas marginalmente o planejamento original da companhia, invertendo algumas prioridades.

Sobre o efeito econômico da suspensão das vendas de chips, ele diz que ele será avaliado na divulgação do balanço do terceiro trimestre, em novembro. “Para a Oi, os desdobramentos são de menor monta. (…) O impacto está contido, não foi algo que abriu um rombo”, garante.

O executivo diz que a equação preço baixo, velocidade alta e qualidade é quase inatingível, principalmente em um setor que “paga 50% de imposto” e demanda investimentos intensivos. “Para cada real que cobro do cliente, apenas R$ 0,50 chegam ao bolso da Oi”, criticou, lembrando que as margens das empresas de telecomunicações caíram de um patamar de 50% em 2000 para cerca de 30%.

Francisco Valim não enxerga um horizonte de consolidação expressiva do setor de telecomunicações brasileiro, dominado por gigantes como Telmex (Claro), Telefônica (Vivo) e Telecom Itália (TIM), além da Oi.

“Não tem ninguém pequenininho. Quando a Anatel fala em metas de competição, qualquer coisa para facilitar a vida de um em detrimento de outro é uma piada. Por que eu tenho de facilitar a vida do mexicano, do espanhol ou do italiano?”, diz.

Apesar disso, a Oi não descarta avaliar qualquer oportunidade de aquisição que possa acelerar seus planos. É o caso da GVT, cujos ativos no Brasil foram postos à venda por sua controladora, a francesa Vivendi. “Todo mundo tem de olhar. Se haverá interesse ou não, depende das condições”, disse. Uma eventual aquisição não estaria incluída no plano de R$ 24 bilhões.

Oi lidera crescimento de banda larga fixa no Paraná

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A Oi liderou, em agosto, o número de adições líquidas no mercado de banda larga fixa no Paraná, de acordo com resultados divulgados pela Anatel. A companhia ampliou sua base em 5.720 clientes no segmento. A Oi é líder no mercado paranaense, com 38,3% de Market Share e quase meio milhão de clientes. Em comparação com agosto do ano passado, a base da empresa cresceu 10%, com uma adições líquidas de 43 mil clientes Oi Velox.

Os números refletem a estratégia traçada pela companhia e o investimento da operadora no Estado, que até o final de 2012 é de R$ 205 milhões de reais, 28% a mais do que o montante de 2011. O valor será investido no atendimento aos clientes e na modernização e expansão da rede de cobertura, como por exemplo, na instalação de novas portas Oi Velox, novos sites de telefonia móvel 2G e 3G, além da abertura de lojas próprias.

Segundo dados da PNAD, 42,9% dos domicílios brasileiros possuem computadores pessoais e 29,8% tem banda larga fixa, o que reforça o potencial de crescimento do mercado. O plano estratégico da Oi tem como foco principal a conquista desse cliente, com ofertas de planos e serviços adequados aos diferentes perfis de consumo.

A Oi prevê R$ 6 bilhões em investimentos para este ano no país, e R$ 24 bilhões no período de 2012 a 2015.

Oi transmitiu resultados das eleições em 25 estados

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A Oi foi a responsável nas eleições, pela estrutura de telecomunicações na área de concessão da companhia, garantindo que o resultado fosse praticamente conhecido em todo o país às 20h45 de domingo, quando a Justiça Eleitoral já havia concluído a apuração de 97,53% das urnas. Com cerca de 1.600 profissionais envolvidos na operação e manutenção dos sistemas de telecomunicações, a tele garantiu a transmissão de dados e atendeu aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) até o final da apuração.

A companhia inovou este ano ao utilizar um modelo de gerenciamento de rede em que uma equipe de profissionais foi designada exclusivamente para o acompanhamento da rede móvel, fixa e de dados que atendeu aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) em 25 estados, a única exceção é São Paulo, que contou com transmissão da Vivo e Embratel. Essa equipe atuou em oito regionais envolvendo os 25 estados e com suporte do Centro de Gerência de Rede da Oi (CGR), no Rio de Janeiro, de modo a garantir um alto índice de disponibilidade dos serviços contratados.

Além da equipe da Oi, representantes da Anatel receberam boletins periódicos sobre o funcionamento da rede da companhia nas eleições. Não foi registrada nenhuma interrupção dos serviços durante a apuração.

Oi lança Velox com velocidade de 200Mbps

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A “super-tele” Oi disponibilizou em seu stand na Futurecom 2012 dois computadores conectados ao seu novo serviço de banda larga que usa fibra óptica, o Oi Velox 100 e Oi Velox 200. O serviço já estava em teste há alguns meses, mas apenas agora foi disponibilizado comercialmente. A velocidade real alcançada impressiona bastante: nos testes foram conseguidos até 220 megabits por segundo.

A tecnologia utilizada é a FTTH (Fiber to the home), independente se o cliente mora em casa ou apartamento. Isso significa que a casa do cliente receberá uma fibra diretamente, algo que evita interferências e oscilações e garante a qualidade do serviço. A tecnologia permite que os cabos percorram a tubulação elétrica, já que não há interferências como na rede de cobre.

O valor do produto não é muito diferente do contrato que vazou em julho: a conexão de 100 megabits por segundo custa R$ 79,00 e a de 200 megabits por segundo sai por R$ 99, ambas com contrato de 12 meses e mediante a assinatura de uma linha de telefone fixo.

Quem não quiser telefone poderá contratar o serviço pagando um pouco mais: a banda larga de 100 Mbps sai a R$ 119 e a de 200 Mbps sai a R$ 139. Por enquanto o serviço só está disponível na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. É projeto da operadora expandir a viabilidade para o Recreio e a Zona Sul do Rio, bem como a cidade de Belo Horizonte.

O que não anima é a franquia de uso: o regulamento do serviço de ultra banda larga cita que os clientes terão velocidade reduzida ao atingir 200 GB se o cliente for assinante do Velox 100 e 500 GB para o plano com velocidade de 200 megabits por segundo. O cliente irá navegar com a velocidade reduzida de 10 Mbps até o fechamento da conta. No entanto, a Oi afirmou que não aplicará a redução de velocidade no momento.

TIM supera 2 mil hotspots Wi-Fi

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A prestadora de telefônica TIM segue de vento em popa o seu projeto de instalação de hotspots Wi-Fi pelo Brasil. A operadora ultrapassou recentemente a marca de 2 mil hotspots, dentre os quais estão incluídos os principais aeroportos do País, mas também comunidades carentes, como a Rocinha, no Rio de Janeiro, e Paraisópolis, em São Paulo. A meta de instalar 10 mil hotspots originalmente prevista para o fim deste ano deve ser concluída no começo de 2013, informa o diretor de marketing da TIM/Intelig, Rafael Marquez. O executivo participou da Futurecom, no Rio de Janeiro.


O objetivo da TIM é usar o Wi-Fi para desafogar o tráfego em suas redes 3G. No planejamento da nova infraestrutura, a preferência para instalação dos hotspots é daqueles locais com maior concentração de tráfego de dados. O cliente pode ser identificado pelo SIMcard e sua conexão é feita através da digitação de uma senha. Em aparelhos com iOS e BlackBerry OS, sistemas operacionais dotados da tecnologia EAP-SIM, a conexão é automática, tal como acontece em redes particulares.
O Brasil ainda está atrasado em comparação com outros países quando analisada a relação entre quantidade de hotspots Wi-Fi e habitantes. De acordo com Marquez, no Brasil há 1 hotspot para cada 50 brasileiros. Na China, a relação é de 1 para 10. E nos EUA é próxima de 1 para 5. No mundo há mais de 600 mil hotspots Wi-Fi. No Brasil, entre 2009 e 2011, esse número cresceu pouco, passando de 3.982 para 4.196. “O Brasil está andando de lado. É um disparate”, criticou Marquez. A TIM e outras operadoras, como a Oi, prometem reverter esse cenário graças aos investimentos cada vez maiores em redes Wi-Fi a partir deste ano.

Acionista da TIM processa Telecom Italia

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A JVCO, acionista minoritário da TIM Participações, informou que abriu processo contra a Telecom Italia na justiça do Rio de Janeiro, pedindo indenização à operadora brasileira com base em uma postura que afirma ser de abuso de poder por parte do grupo italiano que tem causado prejuízos a empresa e seus acionistas.

A ação da JVCO, controlada pelo empresário Nelson Tanure, não estabelece o valor do pedido de indenização, mas cita como parâmetro a queda no valor de mercado da TIM. “Desde o afastamento de Luca Luciani, ex-presidente da TIM, os acionistas viram o valor da companhia ser reduzido em mais de um terço, o que corresponde a uma perda de R$ 10 bilhões”.

Representantes da TIM no Brasil não puderam comentar o assunto de imediato. A Telecom Italia não pode ser contatada.

Na semana passada, a JVCO acusou a TIM de irregularidades no balanço, afirmando que a empresa tem uma dívida de R$ 6,6 bilhões, alegação negada pela operadora e que gerou um tombo no valor das ações da empresa.

Segundo a JVCO, representada pelo escritório de advocacia Bulhões Pedreira, a Telecom Italia indicou Luciani para os cargos de membro do Conselho de Administração e presidente da TIM, “quando sabidamente já se encontrava sob investigação promovida pelo Ministério Público italiano, por suspeita de prática de fraudes com o propósito de inflar a base de clientes da Telecom Italia”.

Luciani renunciou aos cargos no início de maio deste ano. Na época, a ação da empresa era cotada no patamar de R$ 10 e às 10h47 desta terça-feira exibiam queda de 0,4%, a R$ 7,23.

A JVCO, parte da Docas Investimentos, de Tanure, era a antiga controladora indireta da Intelig, adquirida pela TIM em 2009. A empresa não informa o tamanho de sua participação na operadora.

A TIM tem enfrentado uma série de revezes nos últimos meses, como a suspensão de vendas do segmento de telefonia móvel em diversos Estados aplicada pela Anatel. Na ação, a JVCO afirma que durante gestão na TIM, Luciani adotou uma política comercial “agressiva que resultou em graves problemas de qualidade dos serviços prestados”.

América Móvil vai investir R$ 6 bi neste ano no país

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Mesmo nos tempos atuais de ligações interurbanas e internacionais a custo zero, a Embratel registra uma média mensal de 20 milhões pessoas utilizando o 21, o código de longa distância da operadora.


“O volume continua alto, mas a receita está caindo. Até 2003, o serviço participava com 70% e, agora, não passa de 30% da receita. Há muita concorrência”, diz José Formoso Martinez, presidente da companhia.

Não é por acaso que o “Faz um 21”, foco por muitos anos do marketing da Embratel, vem perdendo força. A empresa, que ocupou por décadas o lugar de “menina dos olhos” do serviço de longa distância brasileiro, tem o ano de 2012 como um marco no patamar de serviços integrados de telecomunicações

A Embratel chegou depois das concorrentes, mas veio com musculatura, com outras duas empresas do grupo América Móvil (Claro e NET Serviços). Todas são controladas por Carlos Slim Helú, da Telmex. Ele tornou-se gigante após longo monopólio nas telecomunicações mexicanas.

Os investimentos da Embratel, Claro e Net para este ano somam R$ 6 bilhões, divididos igualmente entre as três empresas. A Embratel Participações, com a incorporação da Net Serviços, em janeiro, faturou R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2012, 55% a mais do que o mesmo período de 2011.

Os resultados estão diretamente ligados à abrangência dos serviços: “A Net chega aos lares, a Claro leva mobilidade para as pessoas, a Embratel atende as empresas. Há infraestrutura para todos”, diz Formoso.

É mesmo um troca-troca. A Embratel divide com a Net a operação do telefone fixo que usa os cabos da empresa de TV paga. Já o Claro Fixo usa rede sem fio da Vésper, empresa comprada pela Embratel em 2003.

O serviço de televisão por satélite da Claro, por sua vez, substituiu o Via Embratel. Já a Net, com seus cabos em 99 cidades, é a lider com 40% do mercado. No segundo trimestre deste ano, a receita de TV paga do grupo cresceu 503% na comparação dos segundo trimestres de 2011 e 2012.

A telefonia fixa, “mais barata (no Brasil) que no México”, diz Formoso, hoje enfrenta concorrência acirrada, mas o serviço da Embratel e de suas parcerias, lançado depois dos concorrentes, conquista cada vez mais clientes e detém 20% de participação de mercado.

De acordo com dados da Anatel, em 2006, a presença da Embratel no segmento era pouco mais de 5%. Hoje, perde para a Oi, que detém fatia de 43,55% no bolo do mercado, e para a Vivo com 25,08%. Entretanto, está bem melhor colocada que a GVT, com seus 7,28%.

Não é de hoje que a Embratel disputa o cliente empresarial. Foi a primeira prestadora de telecomunicações a contar com rede nacional. Atuava nesse mercado quando ainda era estatal e também o fizeram os americanos, da MCI, que venderam a empresa em 2004 para Slim.

Mas agora, as mesmas inovações da tecnologia que tiram clientes da telefonia de longa distância criam um novo nicho. No fim de setembro, a Embratel investiu R$ 100 milhões em um centro de dados em São Paulo (na Lapa). Está oferecendo serviços de computação na nuvem, além do gerenciamento de rede de tecnologia da informação.

É o quinto centro de dados do grupo. Os outros quatro estão na capital paulista, em Campinas (SP) e dois no Rio de Janeiro. Estão conectados aos servidores da América Móvil em Bogotá, Buenos Aires e México.

Segundo Formoso, esse é o futuro. A computação na nuvem será oferecida para empresas de qualquer tamanho, por meio do portal da Embratel. Uma demanda que está apenas começando, diz o executivo.

Em 1985, quando ainda era uma estatal do Sistema Telebras, a Embratel lançou o primeiro satélite doméstico de comunicações na América do Sul. Hoje, a subsidiária Star One opera cinco satélites e vai lançar mais um no fim do ano. Também será lançado, em parceria com a Claro e empresas internacionais, um novo cabo submarino, com 17,5 mil quilômetros, que virá dos Estados Unidos, passando pelo Caribe e chegará a Fortaleza.