06/09/2024
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Venda da Vivo pela PT aparece num artigo no “Financial Times” como um caso de sucesso

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Num texto assinado por Nuno Fernandes, professor na IMD (International Institute Management Development), uma escola de negócios na Suíça, o processo de venda da Vivo pela Portugal Telecom (PT) à Telefónica é usado para deixar a lição: “o valor dos ativos depende de quem os detém, e das sinergias e do valor que deles se pode extrair. Entretanto, vários fatores permitiram à PT rejeitar uma aparente oferta atrativa para alcançar um acordo melhor para os seus acionistas. O que incluiu: apoio unânime do conselho de administração, um recorde na entrega de resultados, conhecimento da importância estratégica do ativo para o oferente, e uma boa relação com investidores que garantiu um apoio acionista generalizado”.

Nuno Fernandes, que já foi analista de risco no Banco Espírito Santo, explica o negócio em duas colunas, lembrando os 5,7 mil milhões de euros a que a Telefónica se propos inicialmente a comprar a participação da PT na Vivo, lembrando o preço final fixado para o negócio de 7,5 mil milhões de euros.

O professor fala na via mais fácil que Zeinal Bava optou por não tomar, que seria a de vender a participação na Vivo assim que surgiu a primeira oferta, a um preço já considerado atrativo. “Zeinal Bava teve de decidir o que era melhor para os seus acionistas”. Rejeitar a oferta foi arriscado, havendo, segundo Nuno Fernandes, o perigo de afetar a credibilidade da PT junto dos investidores. Mas a mensagem unânime do conselho de administração e os “road shows” da gestão nos mercados internacionais impediram esses danos. “De forma crucial, a credibilidade da PT no mercado de capitais era alta. De facto, a equipa de gestão ganhou vários prêmios pelo trabalho na relação com investidores”. 

Nuno Fernandes acredita que a PT sabia que a Telefónica não iria abrir mão facilmente da pretensão de ficar com a totalidade da Vivo, essencial para consolidar com a sua operação brasileira nas telecomunicações fixas. “E como uma das maiores operadoras de telecomunicações do mundo, a Telefónica estava sob pressão dos investidores para fortalecer a sua posição no Brasil”.

Pelo meio, uma guerra hostil sem precedentes entre PT e Telefónica, mais subidas de preço e bloqueio da operação pela utilização da “golden share” pelo Estado português. Até se chegar ao acordo, em Julho de 2010, para a PT vender a sua posição na Vivo por 7,5 mil milhões de euros, acima da capitalização bolsista da operadora portuguesa. A PT ainda utilizou 3,7 mil milhões de euros para entrar na Oi. Entregou 1,5 mil milhões de euros aos acionistas. E utilizou o resto para fortalecer a sua flexibilidade financeira. Uma história de três meses em duas colunas esta terça-feira na página 10 do “Financial Times”.

Oi planeja turbinar cofres com venda de imóveis

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O conselho de administração da Oi aprovou a alienação de diversos imóveis do grupo de telecomunicações por venda direta, pelo total combinado de R$ 643,1 milhões, de acordo com ata de reunião realizada em 26 de setembro.

A “super-tele” já havia indicado, seu interesse de vender ativos considerados não essenciais para sua operação, a fim de reduzir endividamento líquido.

Segundo a ata, devem ser alienados, mediante venda direta, três imóveis singulares e um estabelecimento, composto de oito imóveis, pelo valor de R$ 455 milhões. Os imóveis ficam no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.

Também devem ser alienados 37 imóveis do grupo em vários Estados pelo valor total estimado de R$ 188,1 milhões para um Fundo de Investimento Imobiliário, o qual irá alugar tais imóveis para empresas do grupo.

“Os conselheiros aprovaram a proposta por unanimidade, tendo sido concedida à diretoria da companhia e da TMAR autorização para praticar os atos necessários para alienação dos respectivos imóveis… e para celebração de contratos de locação envolvendo tais imóveis”, segundo a ata.

Também foi aprovada proposta para constituição de dois consórcios. O primeiro, no valor de 1 bilhão de reais, refere-se à prestação de serviços de telecomunicações ao Estado de Pernambuco por 48 meses, com possibilidade de renovação por 60 meses, e inclui empresas do grupo Oi e a Vectra Consultoria e Serviços e a Avantia Tecnologia e Engenharia.

O segundo, de R$ 342,6 milhões, é para prestação de serviços de telecomunicações ao Estado da Bahia, junto à Solutis Tecnologias.

Anatel convoca operadoras para assinar autorização para uso do 4G

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A Anatel convocou as empresas ganhadoras do leilão da tecnologia 4G para assinar o termo de autorização de uso das radiofrequências em duas semanas, no dia 16 deste mês.

O procedimento faz parte do processo burocrático que dá início à exploração das subfaixas de 2,5 MHz e na subfaixa de 450 MHz. O aviso às telefônicas foi feito hoje no Diário Oficial da União.

As concessões renderam ao governo federal R$ 2,93 bilhões em arrecadação. As maiores teles do país (Vivo. TIM, Claro e Oi) conseguiram conquistar as faixas para cobertura nacional do serviço.
 
Por meio da implementação da tecnologia 4G será possível, por exemplo, acelerar o tráfego de dados na internet. Estima-se que velocidade de conexão possa superar em dez vezes a média obtida atualmente com 3G no Brasil.

Segundo cronograma previsto no edital do leilão, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão cobertura 4G até 31 de dezembro de 2016. As cidades sedes da Copa das Confederações deverão estar cobertas por 4G até 30 de abril de 2013. Sedes e subsedes da Copa do Mundo terão o serviço até 31 de dezembro de 2013.

Vulnerabilidade expõe 4,5 milhões de modems

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Aproveitando vulnerabilidades antigas e uma série de fatores combinados, hackers sustentaram um ataque em massa silencioso em modems DSL no Brasil, comprometendo 4,5 milhões de aparelhos pelo menos até março deste ano. De acordo com um post no blog oficial da empresa de segurança Kaspersky nesta segunda-feira, 1º, a falha vem sendo explorada desde 2011 ao utilizar uma brecha em firmwares dos equipamentos desatualizados para injetar software malicioso (malware) e levar usuários a sites falsos para roubar informações bancárias e pessoais.

O ataque (identificado como HackTool.Shell.ChDNS.a.) foi informado em março deste ano pelo centro de estudos, resposta e tratamento de incidentes (Cert.br) para bancos, provedores de Internet, fabricantes de hardware e agências governamentais. Alguns dos fabricantes disponibilizaram atualizações no firmware para correção e instituições financeiras expuseram os servidores maliciosos utilizados no ataque. Ainda assim, ainda haviam milhares de modems comprometidos.
Na visão do especialista em segurança dos laboratórios da Kaspersky que divulgou o ataque de enorme proporção no País, o brasileiro Fábio Assolini, a ação foi uma “tempestade perfeita”, ou seja, uma combinação de fatores propícios para os criminosos. No post, ele diz que houve omissão dos fabricantes, provedores e agências governamentais em combinação com a falta de conhecimento dos usuários.
Segundo o executivo, há registros de ataques em todos os maiores provedores de Internet no Brasil, com algumas delas tendo 50% de sua base de usuários comprometida. Ele cita a Oi, NET, Telefônica/Vivo e GVT em seu post. A Net, contudo, não utiliza modems xDSL, e sim cable modems, mas esse detalhe não é esclarecido pela Kaspersky em seu post.

GVT é condenada por propaganda enganosa

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A 21ª Vara Cível de Brasília condenou a empresa Global Village Telecom (GVT) por não fornecer a velocidade de navegação na internet anunciada em propaganda. Pela decisão, a companhia deverá depositar o equivalente a 10% do lucro líquido das unidades no Distrito Federal no Fundo Distrital da Lei da Ação Civil. A companhia pode recorrer.
À Justiça, a GVT alegou que o fornecimento menor do que o prometido na propaganda ocorreu em uma situação excepcional. Por meio de nota, a companhia informou que “pratica total transparência na prestação de serviço de banda larga e tem o compromisso de entregar a velocidade contratada pelo cliente.”

De acordo com o texto da decisão, “a publicidade do serviço põe em referências minúsculas e quase imperceptíveis as observações que levam os consumidores a verificar que a velocidade esperada pode não ser entregue”. Por isso a GVT terá de colocar explicitamente em seus materiais publicitários todas as informações sobre seus serviços de banda larga e possíveis alterações. Caso não faça as mudanças em suas peças publicitárias, a empresa pode ser multada em R$ 100 mil.

A pena do depósito no Fundo Distrital é uma “compensação por danos morais coletivos”. A companhia também terá de reparar cada consumidor lesado pela diferença entre a velocidade de navegação paga e a recebida.

Em dezembro de 2011, o Ministério Público entrou com uma ação contra a companhia. No documento, consta que a GVT estaria oferecendo serviço de banda larga superior ao que era fornecido a clientes, estando em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor.

“A propaganda da GVT informava que o consumidor deveria consultar a disponibilidade técnica da região. Na verdade, na maioria dos casos, o serviço não está disponível”, afirma o autor da ação, promotor Paulo Roberto Binicheski.

Outra irregularidade que o promotor aponta é que a companhia cobra do cliente o valor referente à velocidade anunciada e não a fornecida. “O consumidor paga sem perceber. O importante é que essa decisão da Justiça vai abrir precedente para a melhora no mercado de consumo.”

Ele diz que, mesmo que a empresa entre com recurso, as adequações na publicidade deverão ser feitas.

TIM é acusada de ter dívida de 6,6 bilhões. Tele nega

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A TIM negou nesta que tenha uma dívida de R$ 6,6 bilhões e que haja problemas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre irregularidades no balanço, após um notícia na imprensa mais cedo ter feito as ações da operadora despencarem na Bovespa.

A prestadora é acusada pelo acionista minoritário JVCO Participações, do empresário Nelson Tanure, de irregularidade no balanço devido à quantia, considerada pelo investidor como “irrisória”, que a operadora provisionou para potenciais riscos tributários.

A JVCO, por meio de nota à imprensa, alegou que a TIM possuía “mais de 6,6 bilhões de reais em autuações existentes em 31 de dezembro”, com provisão de 126,5 milhões de reais para este risco.

Para a empresa do grupo Telecom Italia, no entanto, essa dívida não existe, e o montante total refere-se “a contingências cujo o grau de risco… não exige provisionamento segundo as normas contábeis aplicáveis”, inclusive com auditores independentes, de acordo com comunicado.

“Todas as premissas de avaliação de risco adotadas pela companhia, que resultaram nas provisões de contigências reportadas nas suas demonstrações financeiras, inclusive aquelas de ordem tributária, foram feitas em estrito cumprimento com todas as regras contábeis aplicáveis”, relatou a TIM em comunicado ao mercado.

A TIM também disse saber de reclamação da JVCO junto à CVM sobre o tema e que já se manifestou “há tempos”, de maneira minuciosa, e “que continua pronta a demonstrar a correção do procedimento adotado e das demonstrações financeiras publicadas e informadas ao mercado”.

De acordo com resultados de consulta no site da CVM, a JVCO Participações possui dois processos de reclamação em andamento, embora não seja possível, em um primeiro momento, ter acesso aos méritos dos autos.

Um processo foi aberto em junho (processo RJ-2012-7018) e outro em setembro deste ano (processo RJ-2012-10724).

A CVM informou que não comenta casos específicos.

As ações da TIM fecharam com queda de 3,81% nesta terça-feira, a R$ 7,57 por ação, sendo que a mínima cotação do papel durante o pregão foi de R$ 7,13.

Operadores de mercado citaram as notícias na imprensa como motivo para a queda. A informação sobre os processos foi publicada primeiramente mais cedo nesta terça-feira na coluna Radar, da revista Veja, sem citar fontes.

A operadora tem enfrentado uma série de revezes nos últimos meses, como a suspensão de vendas do segmento de telefonia móvel em diversos Estados aplicada pela Anatel.

Soma-se a isso um relatório vazado da autarquia de que a empresa estaria deliberadamente derrubando algumas chamadas de planos ilimitados e a saída inesperada de seu antigo presidente, Luca Luciani.

Em sua nota nesta terça-feira, a JVCO diz que a empresa brasileira perdeu mais de R$ 8,5 bilhões em valor de mercado após a saída de Luciani do cargo, e que, para os minoritários, “depreciação reflete a desconfiança dos investidores sobre a gestão da TIM Brasil”.

A JVCO, parte da Docas Investimentos, de Tanure, era a antiga controladora indireta da Intelig, adquirida pela TIM em 2009.

Anatel só obriga operadoras a cobrir 80% da área de uma cidade

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Por determinação da Anatel, as operadoras de celular são obrigadas apenas a cobrir 80% do território de um município. Para medir a qualidade desse sinal e em quais lugares ele existe, a Anatel utiliza dois métodos: a predição e os drive testes. O primeiro é feito a partir de softwares, que levam em consideração onde estão as torres e calculam até onde o sinal chega. Os drive testes, por sua vez, são medidas de campo, realizadas com um carro em circulação.

Desde maio deste ano, as empresas têm de divulgar um mapa de suas coberturas para consulta dos clientes, seja na internet ou em suas Centrais de Atendimento. A forma de divulgação não é padronizada e não há nenhum material oficial que possibilite fazer a comparação.

Para se ter uma ideia, Claro e Vivo fornecem a informação a partir de um determinado CEP e mostram em mapa como é a cobertura no entorno desse local. Já a TIM dispõe no site de uma lista com os bairros onde o sinal é parcial ou completo. A Oi também é pouco específica: depois que se fornece o endereço, a empresa envia uma mensagem dizendo se há sinal.

Procuradas, todas as empresas disseram que seguem as determinações da Anatel. A Vivo, por meio de sua assessoria de imprensa, disse até mesmo que emprega uma série de recursos e instrumentos nos testes de campo, como carros em várias velocidades e usuários a pé. Já a Claro afirmou que limitações físicas e geográficas contribuem para a existência das áreas de sombra. “São locais dentro da área de cobertura onde obstáculos físicos (paredes, edifícios, viadutos, montanhas, vegetação densa, etc) bloqueiam a propagação das ondas de rádio, impedindo a comunicação entre as Estações Radiobase (ERBs) e os aparelhos celulares”, disse em nota.

Vivo transforma post mais curtido no Facebook em camiseta

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A Vivo apostou em uma ação inusitada, durante as duas últimas edições do festival de cultura de internet youPIX, para mostrar seu lado inovador e criar uma conexão especial com seu público. Desenvolvida pela agência iThink, a ação “Vivo PosTshirt” consistia em uma máquina, que identificava o post mais curtido do participante no Facebook, produzindo uma camiseta com esse conteúdo. Para ganhar, o visitante do evento tinha que se dirigir ao estande da Vivo e passar o ingresso digital num leitor. A partir daí, a máquina entrava na conta associada àquele usuário, pesquisando o post mais popular na timeline dele. O case foi escolhido como destaque de setembro pelo IAB Brasil.

Além da presença no youPIX de São Paulo e Porto Alegre, a agência também instalou a máquina no Fórum de Marketing do Guarujá, distribuindo centenas de camisetas ao longo dos meses de julho e agosto. A ação, focada em Brand Experience, teve sucesso instantâneo. “Mais do que dar um brinde comum, quisemos oferecer uma experiência personalizada aos participantes”, afirma Cristina Duclos, diretora de Marketing da Vivo. “A ação mostra inovação e proximidade, valores que buscamos trabalhar na relação com o nosso consumidor”. A Vivo pretende seguir com a ação em outros eventos.

Contratos do 4G serão assinados no dia 16

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Os contratos das operadoras que compraram faixas de 2,5 gigahertz (GHz) no leilão da telefonia de quarta geração (4G) em junho serão assinados no dia 16 deste mês, conforme publicação da Anatel presente na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.
No leilão de 12 de junho, Vivo, Claro, TIM e Oi adquiriram lotes nacionais do 4G e também ficaram obrigados a instalar a internet móvel rural por meio da faixa de 450 megahertz (MHz) em todo o País. Já a Sky e a Sunrise compraram blocos regionais de faixas do 4G, para banda larga.
De acordo com o cronograma de meta de instalação do 4G, as cidades sede da Copa das Confederações terão de contar com o serviço até abril de 2013, enquanto as sedes e subsedes da Copa do Mundo de 2014 precisarão ser atendidas até o fim do próximo ano. Além disso, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão cobertura 4G até dezembro de 2014.

Oi inaugura 4G e pretende investir 1 bilhão na nova tecnologia

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A operadora Oi inaugurou sua rede de telefonia 4G com cinco antenas no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio, com expansão anunciada para São Paulo, Brasília e Belo Horizonte até dezembro de 2012. Em abril de 2013, a “super-tele” faz o lançamento comercial da rede 4G em sete cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife e São Paulo. Com isso, declarou o presidente da Oi, Francisco Vallim, nesta segunda, na Copa das Confederações, em 2013, a rede já estará em funcionamento para atender aos usuários.
Para apresentar a nova rede, o presidente da Anatel, João Rezende, fez uma ligação por celular, com vídeo, para o diretor da Oi responsável pela rede 4G, Carlos Eduardo Monteiro, que estava na Praia do Leblon, próximo do local onde acontecia a apresentação.

Segundo Francisco Valim, o investimento estimado na rede 4G até 2015 chega a R$ 1 bilhão. O presidente da Oi disse não temer a possível baixa rentabilidade do serviço devido à “obsolescência acelerada da tecnologia”.

“A gente acende vela todo dia para fazer dinheiro. O 2G em sete anos foi suplantado pelo 3G, que, por vez, foi suplantado pelo 4G em três anos. Não se chegou ao máximo de usabilidade e rentabilidade de uma rede instalada. Faz parte do contexto. Queremos garantir não a maior rentabilidade, mas atender aos clientes”, disse.

Diante da necessidade de ter mais antenas e as limitações das posturas municipais, Vallim diz ser um “ferrenho defensor da necessidade do partilhamento de antenas”.

“Estamos identificando oportunidades com operadores de Telecom para minimizar o número de antenas. Queremos otimizar esse processo”, disse ele. “O compartilhamento é a opção para evitar gargalos em alguns municípios”, concordou o presidente da Anatel, João Rezende.
Em 16 de outubro será formalizado entre a Anatel e a Oi o resultado do leilão em que a operadora foi autorizada a explorar a rede 4G.

O presidente da Oi disse que, no fim de 2012 ou início de 2013, aparelhos celulares habilitados para a rede 4G deverão chegar ao mercado e só então a operadora vai decidir o preço do serviço e criar pacotes. Até lá, a Oi venderá o serviço em forma de minimodens. A venda dos minimodens deve começar entre novembro e dezembro de 2012.

Para Valim, porém, o maior uso será por parte dos usuários de celulares. Segundo disse, todas as marcas deverão lançar aparelhos 4G. Ele lamentou o fato de o novo Iphone 5, da Apple, não estar habilitado para a frequência brasileira. A rede da tecnologia 4G instalada para testes tem equipamentos da Alcatel Lucent e Nokia Siemens.
Valim disse ainda que a operadora está preparada para a demanda dos próximos grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, com 52 jogos em 12 cidades.

“Temos um dos maiores eventos de aglomeração do mundo, com dois milhões de pessoas mandando fotos ao mesmo tempo, que é o Réveillon de Copacabana. Nenhum jogo da Copa vai ter esse público”, brincou ele.

Rezende disse ainda que, para a Copa do Mundo, os estádios têm um compromisso gerenciado pelo Ministério dos Esportes de oferecer infraestrutura para as operadoras de telecomunicações.

Apesar de garantir que o cronograma das obras para a infraestrutura das operadoras nos estádios está em dia, Vallim brincou dizendo que qualquer coisa que dê errado será sempre “culpa das teles”.

Como exemplo, ele disse que os problemas de sinal e transmissão ocorridos durante o Rock in Rio, no ano passado, na Zona Oeste do Rio, aconteceram porque as operadoras não tiveram acesso ao local.
No início de setembro, a rede 4G de testes da Oi atingiu velocidade de 88 Mbps durante uma demonstração no 56º Painel Telebrasil, evento para o setor de telecomunicações, realizado em Brasília.

O teste foi feito com smartphones e computadores durante o download de arquivos e streaming de vídeos de alta definição de vários serviços, entre eles o YouTube. Em alguns momentos, segundo a operadora, a velocidade de download chegou aos 100 Mbps.

Cerca de cem pessoas participaram do teste, entre eles representantes da Anatel e do Ministério das Comunicações. Os usuários puderam usar os próprios computadores, já que a operadora disponibilizou modems 4G para o teste. Foi o segundo teste realizado pela operadora em ambiente fechado. Em junho, a empresa montou uma infraestrutura 4G para que os participantes da conferência Rio+20 acessassem à internet.
Em junho, Oi e TIM venceram os dois últimos lotes do leilão feito pela Anatel para explorar a telefonia móvel 4G.

A TIM venceu o lote chamado “V1” com lance de R$ 340 milhões, ágio de 7,9% sobre o valor mínimo exigido pela Anatel, de R$ 315,096 milhões. Já a Oi, com oferta de R$ 330,851 milhões, ágio de 5% sobre o valor mínimo (R$ 315,096 milhões), ficou com o lote chamado “V2”.

Os dois primeiros lotes nacionais da telefonia 4G já haviam sido arrematados pela Vivo, por R$ 1,05 bilhão, ágio de 66,6% sobre o valor mínimo exigido pela agência, de R$ 630,191 milhões; e pela Claro, com oferta de R$ 844,518 milhões, ágio de 34% sobre o valor mínimo exigido, de R$ 630,191 milhões.

O interesse maior pelo lote vencido pela Vivo justifica-se pelo fato de englobar a subfaixa nacional “X”, a última na disputa com largura de banda de 20 MHz, maior que as demais e, portanto, com maior capacidade operacional. O lote vencido pela Claro também tem capacidade de cobertura superior aos vencidos por TIM e Oi.