04/09/2024
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Oi alcança 100 Mbps em demonstração do 4G

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Em uma rede montada para o 56º Painel Telebrasil, a Oi promoveu uma degustação do 4G e chegou a alcançar 88 Mbps de velocidade, com “rajadas” de até 100 Mbps. Os participantes do evento, que reuniu em Brasília nos dias 29 e 30 de agosto representantes do setor de telecomunicações, radiodifusão e governo, puderam experimentar a tecnologia móvel da operadora em testes no local.

A empresa percebeu, ainda durante o Telebrasil, uma maior quantidade de acessos para testes com a rede LTE em serviços de streaming de vídeos. Tanto que uma demonstração foi realizada com vários exemplos do portal YouTube em Full HD no estande ou com minimodems para experimentar a conexão em laptops pessoais.

A iniciativa, realizada em pareceria com a Nokia Siemens e com autorização da Anatel, foi a 2ª da “super-tele”. Em junho, a companhia disponibilizou uma rede 4G de degustação durante a Rio+20, conferência da ONU realizada no Rio de Janeiro. A operadora ainda fez testes de conformidade, funcionalidades e desempenho outdoor em laboratório e em campo, em parceria com fabricantes internacionais, em cinco cidades do estado do Rio de Janeiro. No leilão do LTE realizado também em junho pela agência, a empresa obteve 20 MHz de lote na faixa de 2,5 GHz, pelo qual pagou R$ 330,851 milhões.

Oi divulga cidades contempladas com gratuidade nos orelhões

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A Oi publicou em seu site a lista de cidades brasileiras onde os orelhões mantidos pela concessionária já deixaram de fazer cobrança por ligações locais (veja a lista aqui). No Estado do Rio, apenas os orelhões do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, farão as ligações locais gratuitas, medida válida até dezembro de 2012.

Por não cumprir os objetivos do Plano de Revitalização da Telefonia de Uso Público, a Anatel e a Oi ajustaram, no último dia 24, um acordo que prevê a gratuidade desse tipo de ligação em cerca de 2 mil municípios do país. De acordo com a Anatel, a medida irá beneficiar cerca de 29% da população brasileira.

Nesta quinta-feira venceu o prazo para a Oi efetivar a gratuidade em pelo menos 90% dessas localidades. Para obter a gratuidade, o usuário não precisará usar cartão. Basta apenas digitar o número do telefone fixo.

A gratuidade deverá ser mantida até pelo menos o final de 2012 em 742 municípios com densidade de orelhões abaixo da meta de quatro aparelhos a cada mil habitantes. Nos demais 1.278 municípios que registraram as piores condições de funcionamento dos orelhões, o prazo da gratuidade vai pelo menos até o próximo dia 30 de outubro.

Para voltar a cobrar pelas ligações após essas datas, a empresa terá que garantir, conforme o município, o funcionamento de pelo menos 90% dos aparelhos (ou 95% onde não há serviço individual de telefonia), ou ainda cumprir a proporção mínima de aparelhos por habitante. Em 446 municípios a Oi terá que se adequar a ambas as metas.

Procurada, a Oi informou, por meio de nota, que opera mais de 700 mil orelhões em cerca de 4 mil municípios brasileiros. Segundo a empresa, o cronograma de melhorias dos telefones públicos foi prejudicado pelo atraso na entrega de equipamentos por fornecedores e intempéries climáticas.

“A Oi optou por uma forma de compensação pública e voluntariamente ofereceu gratuidade no uso de orelhões (em ligações locais para telefones fixos) nos municípios que não puderam ser atendidos no prazo acordado, como forma de reparação aos usuários dessas localidades”, diz a nota. A Oi informa ainda que 252 mil aparelhos serão trocados até 2013.

A Anatel, por meio de sua assessoria de imprensa, garantiu que o órgão está fiscalizando o cumprimento do acordo. Já a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR) disse que abrirá reclamações se algum consumidor denunciar o não funcionamento dos telefones públicos ou a “queima” de crédito. O Procon-PR ainda não registrou nenhuma reclamação a respeito.

Em uma ação similar, no último mês de abril, a Anatel determinou a gratuidade das chamadas interurbanas para telefones fixos originadas de orelhões da Embratel. A medida, que em geral atinge áreas remotas do país, vale até o final do ano.

TIM é multada em R$ 500 mil

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A TIM foi condenada pela 16ª vara cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a pagar uma multa de R$ 500 mil, como forma de indenização por danos ao direito dos consumidores. A decisão é referente a uma ação ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre em junho de 2010. Segundo o Ministério Público do Estado, ações semelhantes contra outras operadoras também estão em tramitação.

A decisão possibilita ao consumidor a rescisão do contrato, com isenção da multa, ou a restituição imediata da quantia paga, com correção dos valores, quando constatada a deficiência da qualidade do serviço.

Também foi determinado que a operadora informe o porcentual mínimo da velocidade de acesso que garante contratualmente; as circunstâncias que possam acarretar a redução da velocidade contratada; bem como as localidades que são abrangidas pela tecnologia 3G. As informações devem ser oferecidas ao consumidor em todos os meios de comunicação e pontos de venda dos serviços.

Teles investem 11% a mais em infraestrutura

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As empresas de telecomunicações investiram R$ 10 bilhões no primeiro semestre deste ano para melhoria dos serviços, segundo informou nesta quarta-feira (29) o SindiTelebrasil, sindicato que representa as operadoras de telefonia.

O montante seria 11% superior às aplicações feitas em igual período do ano passado com a expansão das redes e da cobertura, por exemplo.

A ampliação dos investimentos pelas empresas foi uma das condições impostas pela Anatel  para liberação das vendas de três das maiores empresas de telefonia móvel do país, que foram punidas com a interrupção das vendas por 11 dias, há pouco mais de um mês.

TIM, Claro e Oi, segundo a agência, apresentaram os piores resultados de atendimento em diversas áreas do país.

A baixa qualidade da prestação dos serviços foi identificada pela agência ao monitorar a quantidade de falhas ocorridas nas ligações em curso, a dificuldade dos usuários para completar ligações e no alto índice de reclamações registradas na Anatel.

Vivo, Sercomtel e CTBC também foram obrigadas a apresentar um plano de melhorias à agência. O documento também tinha de apresentar um plano para os investimentos futuros, mês a mês. Todos os dados deverão ser acompanhados pela agência reguladora. Os resultados serão divulgados de três em três meses.

Segundo o Sindtelebrasil, durante todo o ano de 2011 foram investidos cerca de R$ 22 bilhões, o que representou o segundo maior volume anual de investimentos da história das telecomunicações.

Desde a privatização das telecomunicações, em 1998, as prestadoras privadas dizem ter investido mais de R$ 260 bilhões, incluindo nesse montante o pagamento de outorgas para prestação de serviços.

Atualmente, o número de usuários dos serviços de telecomunicações chega a 333 milhões, considerando telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.

Operadoras querem cobrar por tráfego diferente

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O projeto de lei do Marco Civil da Internet, cujo relator, deputado Alessandro Molon (PT/RJ), pretende votá-lo ainda este ano, não conta com o apoio das operadoras de telecomunicações brasileiras. Segundo o presidente da Oi, Francisco Valim, as empresas temem que o projeto, se for aprovado como está, impeça a cobrança diferenciada pelo consumo de tráfego. “Nós o queremos ser como os Correios, que levam a correspondência de todo o mundo, mas cobram mais caro pelo Sedex”, completou o executivo.

Já Antonio Carlos Valente, presidente da Vivo, afirmou que o marco civil desperta preocupações nas empresas em relação à aceleração dos investimentos do setor. “Ao estabelecer o princípio da neutralidade das redes de forma irrestrita, a proposta pode impedir a capacidade das empresas que atuam no universo da Internet de inovarem em seus modelos de negócio e serviços. “
Valim observou que no Brasil não há qualquer risco de as operadoras privilegiarem determinados conteúdos em detrimento de outros (o principal receio dos que defendem a neutralidade da rede), visto que a legislação brasileira proíbe a integração vertical das empresas, ou a sua participação na produção do conteúdo audiovisual. “ Aqui, a rede sempre será neutra e imparcial”, afirmou.
Para o executivo, a diferenciação na cobrança só será aplicada no futuro, quando o tráfego de vídeo for preponderante nas redes, com a mudança dos hábitos de consumo. “Quando se deixar de baixar arquivos HTMLs, aí precisaremos saber quem vai pagar a conta”, afirmou.

Ele assinalou que nos Estados Unidos e Europa, os usuários já pagam mais pelo aumento de consumo, mas não acha que este é o melhor modelo para o Brasil. Defende que os grandes provedores de conteúdo, como Google ou Facebook, que não são brasileiros, é que paguem uma fatia do bolo.

Deixe seu celular “blindado”

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A perda e o roubo do celular são riscos bem comuns atualmente, e para quem gosta de se prevenir, fazer um seguro pode evitar uma série de problemas. Neste guia você irá conferir as principais informações sobre seguros para celulares: preços, seguradoras, como contratar, e algumas dicas para fazer uma boa escolha e não sair no prejuízo.

Na hora da decisão de ter ou não um seguro, é importante levar em conta muitas coisas, entre elas se o aparelho realmente vale o preço do serviço. E as pessoas que escolherem contratar o seguro devem ficar atentas com o contrato e o que de fato é coberto pela seguradora.

Para contratar um seguro, você pode falar com a sua operadora de celular (que normalmente tem parceria com alguma seguradora) ou entrar em contato diretamente com uma empresa de seguros. Em média, a taxa anual do serviço varia entre 10% e 15% do valor do aparelho, e esse valor pode ser pago em até 12 vezes.

Vale lembrar que além da taxa anual, os consumidores devem pagar ainda a franquia. Isto é, quando ocorrer algum problema com o seu smartphone, você deve pagar uma taxa de 10% a 20% com base no preço do produto para receber um novo.

Contratar o serviço pela própria operadora pode dar algumas vantagens ao usuário. A Vivo e a TIM, por exemplo, oferecem sorteios de prêmios para os usuários que adotam seu plano de seguro. Já a Claro não oferece benefícios extras, e não dispõe o serviço em todos os estados do Brasil. A Oi não dá informações sobre proteção de celulares em seu site, então, para saber sobre os planos da operadora deve-se entrar em contato diretamente com ela (*144 ou 1057).

No site da Vivo é possível fazer uma simulação do custo do serviço para o seu telefone. Além disso, você pode conferir outras modalidades de seguro ofertados, como o seguro desemprego, no site das operadoras.

Também é possível contratar o serviço diretamente com uma seguradora, que oferece a proteção independente da operadora que você utiliza. A Porto Seguro possui a modalidade de seguro para equipamentos portáteis, que inclui a proteção de smartphones, inclusive contra danos físicos. No site da seguradora, também é possível fazer a simulação de preços.

Para saber o custo, você deve levar em conta o tempo de uso do seu aparelho, o valor emitido na nota fiscal e a data da compra. Por exemplo, para um smartphone de R$ 1.500 comprado no início de 2012, a Porto Seguro cobra R$ 188,24 anuais, que podem ser parcelados em quatro vezes de R$ 47,06.

Ao contratar um desses serviços é preciso estar atento com o que de fato a seguradora se compromete a indenizar. Nem todos os eventos são cobertos. Por exemplo, na maioria dos casos, o seguro não cobre furtos simples, casos que podem ser considerados desleixo do cliente. Além disso, a maior parte dos seguros não cobrem também danos físicos causados por descuido do próprio usuário.

Observe atentamente o contrato, a franquia e as taxas aplicadas. Cada seguradora possui suas particularidades.

A decisão de ter ou não um seguro para o seu smartphone é pessoal e depende de alguns fatores. É interessante avaliar diversos aspectos. Antes de qualquer outro, reflita se o preço do aparelho de fato justifica o valor do serviço.

Considere também o tipo de uso que você faz do seu celular e os lugares que você frequenta. É interessante escolher um seguro que se enquadre no seu perfil. Por exemplo, dependendo do tipo uso, talvez seja importante ter um seguro que cubra danos físicos e elétricos.

Por fim, verifique sua facilidade em adquirir um aparelho novo. As operadoras costumam oferecer vantagens para conseguir novos aparelhos através de programas de bonificação para clientes pós-pago. Assim, se o seu aparelho foi caro na época da compra mas já está um pouco ultrapassado, tenha certeza de que você não pode trocar por um mais recente em breve. Desta maneira, valeria mais a pena esperar para colocar o novo aparelho no seguro, e não o atual.

Metas do 700 MHz precisam caber na conta das operadoras, diz Valim

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O presidente da Oi, Francisco Valim, ressaltou que o governo precisa ter cautela na hora de precificar a faixa de 700 MHz, ainda sem data para ser licitada.

Segundo o executivo, no planejamento que será feito pela Anatel e pelo Minicom, é preciso que seja levado em conta que as empresas já adquiriram espectro recentemente e, junto com os lotes da faixa de 2,5 GHz, obrigações de cobertura. “Por isso com o 700 MHz não pode ser igual, pode ser análogo, mas não a mesma coisa. Eles podem colocar preço e metas, mas tem que ser algo que caiba nas contas das operadoras”, disse ele ao destacar que dentro de metas e preços razoáveis, a licitação no próximo ano não compromete financeiramente as operadoras.

Atualmente o principal pleito das teles para a questão é que as metas de cobertura ou o preço das licenças seja mais suave, uma vez que elas acabaram de fazer investimentos para a aquisição de espectro em 2,5 GHz.

Teles dizem que responsabilidade para aumentar velocidade da banda larga não é só delas

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Os presidentes da Oi e da Vivo acham que somente em uma parceria com o governo federal conseguirão oferecer o PNBL a 10 ou 12 Mbps, como quer o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
No entender de Francisco Valim, da Oi, para que as empresas privadas consigam aumentar esta velocidade para todos os municípios brasileiros, será preciso uma coordenação com o governo na construção de backbones e backhauls de maior capacidade, para atingir esta meta. “A Coreia é menor do que o Rio de Janeiro”, observou o executivo, para lembrar o tamanho do desafio brasileiro. A Coreia é sempre usada pelo governo como exemplo de massificação da banda larga bem-sucedido.

Antonio Carlos Valente, por sua vez, observou que as empresas já oferecem velocidades bem mais altas nos mercados competitivos, mas não poderão arcar com este desafio sozinhas se tiverem que incluir esta meta no PNBL.

Operadoras vêem investimentos em rede como os mais urgentes

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As maiores operadoras de telecomunicações no país acreditam que os investimentos mais urgentes estão concentrados na capacitação de suas redes, em um momento no qual há uma maior exigência por qualidade de serviços diante da grande demanda por dados.

De acordo com o presidente da Oi, Francisco Valim, a operadora vê como principais urgências de investimentos os prazos a serem cumpridos para a implementação da banda larga móvel de 4G, assim como a instalação de torres nas cidades para aumentar a capacidade da rede, mesmo frente à resistência de diversos municípios.

“A gente ainda precisa ter autorização para operar a frequência, colocar novas torres em um ambiente hostil, fazer tudo operar”, afirmou o executivo nesta quinta-feira durante evento do setor em Brasília.

Já a Vivo tem aplicado muitos recursos para desenvolvimento de redes de fibra ótica, e considera que os recursos mais urgentes precisam ser aplicados na melhoria de qualidade dos serviços.

“(É preciso) trabalhar fortemente em capacidade e fortemente em cobertura”, afirmou o presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, destacando as mais de 2 mil cidades com 3G.

“Vamos continuar desenvolvendo a rede de terceira geração”, afirmou, acrescentando a necessidade também de investir em equipamentos de telecomunicações compatíveis também com a frequência a 2,5 GHz, na qual será operado o 4G.

“Estamos investindo muito em fibra, temos mais de 1 milhão de domicílios ”passados” com fibra”, afirmou.

Para a TIM o grande desafio dos investimentos agora é aplicar corretamente os recursos a fim de atingir um equilíbrio entre oferta e capacidade da rede, principalmente por conta do aumento da demanda por dados móveis.

“O volume de investimentos não é o problema nosso”, afirmou Manoel Horácio da Silva, presidente do conselho da TIM, acrescentando que o desafio é garantir uma qualidade na rede compatível com a oferta e a demanda.

O presidente da Embratel, José Formoso, por sua vez, relatou que os principais investimentos da empresa do grupo mexicano América Móvil devem ser principalmente em capacidade e qualidade da infraestrutura, com prioridade de atender os clientes.

A qualidade da rede tem sido um tema recorrente no setor de telecomunicações, principalmente nas últimas semanas, após a Anatel ter suspendido as vendas móveis de TIM, Claro e Oi em diversos Estados por reclamações dos consumidores de falta de qualidade.

Na quarta-feira, a Anatel lançou oficialmente seu programa para aferir a qualidade da banda larga fixa, e deve lançar esse programa para o segmento móvel em setembro, com os primeiros resultados sendo divulgados no fim do ano.

Sobra monopólio no mercado “competitivo” brasileiro

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Já dizia o pai da teoria econômica moderna, o escocês Adam Smith, que a competição livre entre os diversos fornecedores leva não só à queda dos preço como às constantes inovações. O duro é adotá-la na prática. 15 anos depois da privatização do setor de Telecom, o diagnóstico na área não parece promissor. A concentração vem aumentando, não caindo. E qualquer relação com as queixas sobre qualidade e preço dos serviços não é mera coincidência. 

O diagnóstico é da Anatel, que acredita ter o instrumento para injetar capitalismo em um território que substituiu o monopólio estatal pelo privado: metas de competição. A ferramenta essencial é simples, dar maior transparência às práticas daqueles que dominam o mercado. A premissa básica também: quem controla a infraestrutura, controla o negócio. 

O uso da palavra monopólio não é exercício retórico. Ela aparece 36 vezes na análise que embasa o regulamento e que pode ser resumida nesse trecho: “As falhas de mercado identificadas são fruto do poder de mercado decorrente do monopólio da rede de acesso e da inviabilidade econômica de duplicação dessa rede. Esse poder de mercado permite que os preços cobrados ao usuário final sejam significantemente superiores aos custos de prestação do serviço.

Não por menos, a proposta de Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) tem foco nas ofertas de atacado. O alvo principal são as redes legadas às concessionárias de telefonia na privatização, os pares trançados de fios de cobre que, como se verá, dão larga vantagem às suas detentoras. Sob a justificativa de não interferir nos investimentos, as fibras ópticas ficarão de fora das medidas. 

Números da agência indicam que os pares trançados ainda são a principal infraestrutura na prestação de serviços, inclusive naqueles relacionados ao acesso à Internet. O xDSL está presente em 96% dos municípios do país, sendo responsável por 61% dos acessos daquilo que a Anatel chama de Serviço de Comunicação Multimídia. 

“Apesar de ter se observado um crescimento acelerado do mercado de SCM por meio de tecnologias xDSL nos últimos quatro anos, temos que esse crescimento se deu por meio da expansão do serviço prestado em monopólio. Em 2007 o SCM por meio de tecnologias xDSL era prestado por meio de monopólio em 1.302 municípios. Já em 2011, observou-se situação de monopólio em 4.553 municípios.”

Como indica o estudo, há uma considerável concentração nas ofertas de atacado entre os grupos Oi (35,28%), Vivo (22,04%) e Embratel/NET (25,54%). Vale dizer que, juntos, apenas esses 3 grupos econômicos são responsáveis por 82,86% das ofertas. A principal concorrente, GVT, aparece em um distante quarto lugar, com 8,53% do mercado. 

O controle das ofertas de atacado implica em predominância no varejo. Assim, a Oi detém 62,37% da oferta final de SCM na Região 1 do PGO. Na Região 2, agregada com a compra da Brasil Telecom, é onde a briga com a GVT é mais explícita e, como resultado, a fatia da Oi é de “apenas” 50,46%. No varejo de São Paulo, a Vivo, efetivamente monopolista no atacado (HHI de 0,99), fica com 56,44% do varejo.

Apesar de se tratar de um mercado livre, o poder de fogo das donas das redes é imbatível. Pelo menos desde 2004 a Anatel possui regras que obrigam compartilhamento de infraestrutura, mas como se vê, sem sucesso. Isso porque é a dona da rede quem deve informar qual a capacidade pode “alugar” a terceiros, assim como define em que condições isso se dará. 

“A regulamentação vigente não atua de forma eficaz a reduzir a assimetria informacional, com vistas a criar um ambiente transparente de negociações de ofertas de atacados. Possibilita à empresa dominante usufruir de sua posição para influenciar de forma significativa o mercado, resultando em efeitos anticompetitivos com vistas a fechar o mercado, tais como: monopólio, recusa ao acesso, discriminação preço e não preço.”

A conclusão, se não surpreende, é no mínimo desanimadora. “A ausência de medidas regulatórias assimétricas claras e objetivas poderá, de forma inexorável, conduzir o mercado de acesso fixo em banda larga a um cenário marcado pela intensa concentração, com a presença de monopólio em diversas áreas, e caracterizado pela acentuada discrepância entre os preços praticados em áreas competitivas e aqueles verificados em localidades com menor disputa competitiva, com efeitos ainda mais perversos sobre a qualidade do serviço ofertado.”