03/09/2024
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#Fato ou Mito – Números de emergência realmente funcionam?

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A 4ª pergunta que escolhemos pra desvendar vem de um baiano arretado e é muito boa:

“Outro dia recebi um e-mail com algumas dicas sobre números de emergência para celular. Tinha uma parte que dizia que mesmo fora de área eu consigo ligar para os bombeiros por exemplo. Isso é sério mesmo?”
(Geon Borges de Itabuna – BA)

– Números de emergência realmente funcionam?

Leitor Geon, fomos investigar e descobrimos que o recurso de número de emergência é FATO. Ele existe e funciona. 

Geralmente quando seu telefone sai do alcance do sinal da antena, ele mostra a mensagem “somente emergência”. Naquele momento (ou mesmo com sinal), existe suporte para fazer uma ligação essencial: para os números de emergência 190 ou 112 (esse número é universal para celulares no mundo).

Aqui no Brasil, esses números redirecionam para o atendimento da Polícia Militar da sua região. E muitos celulares (como a maioria dos aparelhos vendidos pela Samsung) já saem pré-configurados de fábrica com esse número na memória. A operadora recebe a ligação e a encaminha para a central de atendimento da Polícia. O único critério é que o aparelho esteja com um chip, mesmo que sem créditos. 

Fomos confirmar a informação com uma atendente da Polícia, e ela disse que é bom que as pessoas saibam sobre este recurso, pois poucos conhecem ainda. O mais curioso é que alguns celulares conseguem discar para a emergência mesmo com o teclado bloqueado (desde que o número já esteja pré-configurado) e fora do alcance do sinal da sua operadora, porque ele busca o sinal de outra operadora mais próxima. Ah, mas isso só funciona se a tecnologia do seu aparelho for compatível com a tecnologia da rede disponível na região.

Mas atenção: só use o recurso em caso de emergência mesmo, ok. Afinal, é um serviço de utilidade pública!

Quer mandar sua dúvida também? Fique a vontade. Vá até o menu #Fato ou Mito e pergunte pra gente. Até o próximo domingo!

O #Fato ou Mito de hoje teve o apoio de Samsung e Polícia Militar do Estado de SP.

Qualidade vira palavra de ordem para cliente de celular

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Companhias de celular são as mais reclamadas no Procon do Brasil. Seus erros marcam uma nova fase na relação com clientes
Inconformado com as falhas nas ligações de duas operadoras de celular, o estudante Mário Renê de França foi ao Procon-PE para reclamar contra o serviço. “A ligação sempre cai, tenho de tentar repetidas vezes, sem sinal. É difícil falar com minha namorada”, lamenta. Para a bacharel em direito Ivania Santos os problemas têm relação com cobrança indevida. “Me colocaram no SPC sem me avisar, por causa de uma linha que nem é minha. O atendimento de todas as operadoras é ruim”, desabafa.

Os erros nos serviços colocaram de vez as empresas de telefonia móvel na berlinda, elas são as mais reclamadas nos Procons de todo o Brasil e a bronca do consumidor ajuda a marcar uma nova fase na relação com os clientes, mais exigentes. A qualidade entrou na ordem do dia. No mercado, as companhias terão de melhorar o serviço para não perder consumidores para as concorrentes mais eficientes. Na regulação vão passar a enfrentar maior pressão da Anatel, que por sua vez também vem sendo pressionada.

A primeira pontada foi sentida na suspensão das vendas de novos chips por 11 dias. “A qualidade do serviço chegou a um ponto que está difícil para a Anatel fingir que não vê. No mesmo dia 18 de julho que a agência soltou a medida cautelar da TIM, Oi e Claro (suspendendo novas vendas), o TCU julgou a atuação da agência. A agência não cumpriu nem 30% das determinações para melhorar a regulação e controle do serviço, um processo de 2006”, diz a advogada Flávia Lefréve.

O acórdão de julho do TCU determinou prazos de até 120 dias para que a agência apresente os resultados de sua atuação como agente fiscalizador e recomendou o aprimoramento de procedimentos de regulamentação e de acompanhamento de qualidade das prestadoras. A pressão do TCU deu resultado. Na semana passada a Agência publicou um novo regulamento de fiscalização das empresas, que inclui até mesmo o monitoramento online, uma solicitação do próprio Tribunal, de forma a agilizar o recolhimento de informações, hoje realizado por solicitações.

A agência, que não publicava desde abril o índice de qualidade das operadoras, vai ter de mudar seus processos. As empresas que passaram 11 dias sem vender, serão acompanhadas trimestralmente, em parâmetros relativos a taxa de acesso à rede de voz e dados, congestionamento de redes de longa distância, quedas de chamadas, taxa de reclamação na prestadora e na Anatel, e monitoramento de antenas em municípios com mais de 300 mil habitantes. Enquanto a pressão reguladora aumenta, há também um novo cenário a ser encarado, diferente do início da telefonia celular no Brasil. Com mais de um celular por habitante, acabou a conquista fácil de novos clientes.

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Próximos leilões de telefonia celular deverão incluir obrigações de cobertura em estradas

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Os próximos leilões que serão realizados pela Anatel para destinar frequências para a tecnologia de quarta geração de telefonia móvel (4G) deverão conter obrigações para as empresas ampliarem a cobertura em estradas.

“Estamos analisando para os próximos editais de espectro da Anatel, vamos precisar ampliar a cobertura. Uma proposta inicial é que todas as principais estradas brasileiras também tenham sinal de celular, para reforçar um pouco a relação de melhoria de sinal e cobertura no país”, explicou o presidente da agência, João Rezende.

Atualmente, as empresas de telefonia só têm obrigação de cobrir 80% da área urbana dos municípios, por isso, algumas regiões ficam sem cobertura de sinal de telefonia celular. Nós não temos a obrigação, nas outorgas, de cobrir aquilo que estiver fora desses 80% das áreas. Não há, na legislação e nas obrigações de outorga, exigência de cobertura em estradas, explica o diretor executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

A ampliação da cobertura não será imposta às empresas que já venceram o primeiro leilão de frequências para o 4G, realizado em junho pela Anatel. Para os novos leilões, segundo Rezende, será preciso um acordo com o Ministério das Comunicações para a liberação da faixa de 700 mega-hertz (MHz), atualmente utilizada pelas emissoras de televisão abertas. A faixa deve ser liberada até 2016, com a migração das emissoras para o sinal digital.

Nesta semana, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o governo quer fazer o leilão de 700 MHz em 2013. Ele explicou que o leilão poderá destinar faixas que ainda estão sendo utilizadas pelas emissoras de televisão, mas os vencedores só poderão usar a frequência depois que ela estiver desocupada.

A Abert considerou preocupante a intenção de antecipar o leilão da faixa de 700 MHz para a telefonia celular. Alertamos que a medida pode comprometer o acesso de uma grande parcela da população ao sinal dos canais de televisão aberta que chegam a 96% dos domicílios brasileiros, com conteúdo livre e gratuito, disse a entidade, em nota.

GVT tem o melhor atendimento ao cliente

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A GVT foi eleita pela terceira vez consecutiva a melhor empresa em atendimento ao cliente no setor de telefonia fixa, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), em parceria com a revista Exame. A operadora ainda ficou com o título de melhor atendimento ao cliente no segmento de banda larga. Em 2011, a GVT estava entre as 50 melhores no ranking geral e em 2012 passou a integrar a lista das 25 melhores, na 24ª posição. O ranking das 100 finalistas é composto por empresas de 23 setores da economia.

Com forte foco em promover a melhor experiência do cliente que utiliza seus serviços de internet banda larga, telefonia fixa e TV por assinatura, a empresa atua exclusivamente com call centers formados por cerca de 3.500 colaboradores próprios. As equipes de atendimento são orientadas a resolver as chamadas dos clientes no primeiro contato. Desde 2007, o Instituto Gallup realiza pesquisas de engajamento que medem indicadores de satisfação, recomendação, continuidade e lealdade dos clientes. A GVT se mantém acima das concorrentes nos quatro indicadores e supera o índice entre as principais operadoras do mundo em recomendação.

Além do Prêmio IBRC, a GVT ganhou este ano o prêmio Info de Marcas como marca mais confiável em telefonia fixa e banda larga. Outra premiação registrada em 2012 coloca a GVT entre as 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo estudo realizado pelo Instituto Great Place to Work e a Revista Época.

No setor de telefonia móvel, o melhor atendimento ficou por conta da Vivo.

Amadurecimento do mercado muda cenário das operadoras

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O aperto da fiscalização por reguladores e o avanço da maturação do mercado de telefonia móvel estão forçando um novo cenário de negócios em telefonia móvel, voltado mais para a qualidade dos serviços do que à adição de novas linhas à base. 

Desde que a Anatel suspendeu as vendas de três operadoras nacionais em diversos estados em julho, tem crescido o escrutínio no setor, em meio a maiores exigências de qualidade, ameaças de novas suspensões e até pedido de abertura de CPI.

E isso deve ajudar a mudar a maneira como as operadoras direcionam seus esforços e investimentos em um mercado de mais de 250 milhões celulares, que começa a mostrar uma tendência de desaceleração no crescimento da base. 

”O que se viu foi que o esforço comercial foi muito além do que a engenharia estava preparada”, afirmou Vinicius Vargas, sócio do escritório de advocacia Barros Pimentel, responsável pela área de telecomunicações e tecnologia.

“Agora, o jogo muda e ao invés de buscar novos clientes você tem que preservar os que tem”, afirmou Jacqueline Lison, analista do Banco Fator. “Com isso, fica muito mais importante fidelizar e qualificar sua base de clientes”.

O forte crescimento na venda de novas linhas móveis tem perdido força nos últimos meses, à medida que o mercado chega a uma proporção de mais de uma linha móvel por pessoa. 

Apesar de esse já ser um movimento esperado pelas empresas, que têm buscado oferecer cada vez mais serviços de valor agregado, como dados e mensagens, o recente aperto da severidade do governo vai ajudar a acelerar essa mudança de jogo.

Assim, o setor se prepara para dar mais atenção não apenas à parte comercial do negócio, como também à melhoria da rede, no atendimento aos usuários e em menos interrupções de chamadas.

“Isso tira (as operadoras) da zona de conforto, os investimentos que eram feitos dentro do necessário para dar resultados, agora devem focar mais em qualidade”, disse Karina Freitas, analista da Concórdia Corretora.

Outro ponto importante para as empresas será a recuperação ou fortalecimento da marca própria, para estabelecer um vínculo com a melhora de qualidade decorrente de novos investimentos. 

“Dada uma competição acirrada e mais ou menos o mesmo nível de preço… deve haver tendência à escolha de operadoras que têm menos queda de chamada e maior percepção de qualidade associada à marca”, afirmou a analista da BES Securities Jéssica Antunes.

Nesta semana, por exemplo, em audiência pública no Senado, o diretor de assuntos regulatórios da TIM, Mario Girasole, afirmou que a operadora levará “muito tempo” para recuperar sua imagem após as recentes notícias negativas sobre a subsidiária da Telecom Italia.

Além de ter tido suas vendas suspensas pela Anatel em 19 unidades federativas, nesta semana vazou um relatório da agência de que a TIM supostamente estaria derrubando chamadas telefônicas de propósito para forçar novas chamadas.

A Claro, do grupo América Móvil, e a Oi também tiveram as vendas suspensas em alguns Estados, embora em escala bastante menor, enquanto a Vivo, que não sofreu bloqueios, também foi requisitada a apresentar um plano de qualidade.

Advogados não veem risco de mudança de regras no setor, mas a postura mais rigorosa da Anatel preocupa, pois há sempre a possibilidade de uma nova suspensão das vendas. 

“Não vejo risco regulatório, tudo o que foi feito pela Anatel está dentro da lei da regulamentação das teles”, disse Guilherme Ieno, sócio do escritório Koury Lopes Advogados. 

“O que se espera é que a agência não atue tanto só para apagar incêndio. Acho que ela deve buscar soluções antes de chegar a resoluções drásticas”, ressaltou.

Já Vargas, do escritório Barros Pimentel, alertou que, apesar de a agência ter atuado dentro de suas atribuições, tem sido vista maior atividade fiscalizatória, o que deve continuar a fim de garantir o cumprimento dos planos.

“A Anatel fiscalizava antes questões mais burocráticas, e agora aumentou fiscalização com qualidade”, disse Vargas. “O mercado estava mal acostumado” acrescentou. 

Mas Ieno alerta para a possível falta de recursos humanos da agência reguladora que, segundo ele, tem uma postura muito passiva na regulamentação, por se basear demais em informações repassadas pelas próprias operadoras em vez de aferições feitas em campo.

“Não precisava ter deixado chegar à situação que chegou; a gente sabe que as empresas são fiscalizadas um tanto ativamente, mas são elas que proveem os dados para a Anatel, que não tem condições de fazer uma fiscalização eficiente em campo”, disse.

Claro quer levar seu serviço de música para clientes da Net e da Embratel

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A integração entre as empresas do grupo América Móvil no Brasil pretende não se limitar a agrupar serviços em pacotes, mas a promover uma verdadeira convergência de plataformas. Um exemplo disso é a intenção de levar o portal de música da Claro, chamado Ideias Musik, para clientes da Embratel e da NET Serviços. Uma das possibilidades seria, por exemplo, vender músicas através do decodificador de TV por assinatura. A cobrança seria feita nas faturas da Embratel e da Net e a receita seria dividida, no modelo tradicional de revenue share, com a Claro. Por enquanto, a proposta ainda está em fase de análise interna pelas três companhias.

Outra frente em estudo para o serviço de música da Claro consiste no lançamento de cartões de presente, similares aos “gift cards” da Apple, que valeriam créditos para acesso ao acervo musical do portal.

Uma novidade tida como certa é o lançamento de um aplicativo móvel para Android e iOS do Ideias Musik. Atualmente o portal é acessível por um website e por WAP. O app estará disponível ainda este ano.

O Ideias Musik foi lançado no começo do ano em substituição ao antigo Ideias Music Store. Nele são vendidos arquivos de música mp3 avulsos, a preços que variam entre R$ 2,99 e R$ 3,49, assim como assinaturas que dão direito a uma quantidade de downloads e também a streaming. O pacote premium custa R$ 21,99 por mês e é composto pelo download de 25 músicas escolhidas livremente pelo cliente e streaming ilimitado. Os arquivos em mp3 não são protegidos por DRM (Digital Rights Management) e incluem metadados, como nome do artista, nome do álbum e capa do CD. O catálogo é composto de mais de dez milhões de músicas. A plataforma do serviço é provida pela iMúsica.

A cobrança é feita direto na conta do usuário ou descontada dos créditos, no caso de clientes pré-pagos. Usuários de outras operadoras também podem assinar, pagando com cartão de crédito. Não há cobrança de tráfego de dados para os assinantes com linhas da Claro.

Claro terá que pagar indenização por danos morais

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A Claro foi condenada a pagar 6 mil reais a título de indenização por danos morais, por ter incluso o nome de um cliente em órgão de restrição ao crédito. A telefônica alegou que o consumidor não havia pago a conta, porém, os fatos foram contestados e a documentação apresentada em juízo. A sentença, do juiz de direito Jorge Luiz de Moura Gurgel do Amaral, titular da 2ª Vara Cível da comarca de Porto Velho (RO), foi publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira, 10 de agosto de 2012.

Segundo consta nos autos, a cliente começou a receber mais de uma conta vinculada ao seu CPF, porém apenas firmou um único contrato junto à empresa. Afirmou que em 21 de junho de 2010 adquiriu um terminal móvel com final 6477. Porém, em sua residência, chegou faturas também de um terminal com o final 8966, sendo que este, nunca fora contratado. Alegou ainda que, tal situação foi comunicada a empresa, mas, nenhuma providência foi tomada. De acordo com a cliente, apesar das contas estarem pagas, a Americel S/A (Claro) suspendeu o serviço e também negativou seu nome.

Em sua defesa, a empresa ré alegou que a linha não reconhecida pela cliente trata-se de uma desistência de ativação, estando esta cancelada e sem nenhum débito. Disse também que a linha da autora foi suspensa em virtude da falta de pagamento da fatura do mês 07/2010, no valor de R$ 35,78 e R$ 258,58, referente à multa. Afirma ainda que a cobrança está prevista no contrato firmado entre as partes e foi aplicada por descumprimento pela cliente. Defendeu a inexistência de fato ensejador à reparação de danos morais e que caso seja acolhido, o pedido deveria observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

De acordo com o magistrado, a cliente comprovou que a suspensão do serviço foi indevida, pois, juntou aos autos, o comprovante de pagamento. “Percebe-se que a empresa não tem o devido controle para o fornecimento de dados referentes aos seus clientes, pois tal falha na prestação de serviços gerou danos à consumidora que ficou privada da utilização, mesmo sem nada dever, pontuou.

Jorge Luiz de Moura Gurgel do Amaral disse ainda que, “na prestação dos serviços, culminou com a inclusão do nome da cliente no cadastro de inadimplentes, gerando, com isso, o dano moral”, concluiu.

Anatel prorroga votação de regulamento para telefonia fixa‎

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Agência reguladora vota um novo regulamento de gestão de qualidade para a telefonia fixa
A votação de um novo regulamento de gestão de qualidade para a telefonia fixa pelo Conselho Diretor da Anatel foi adiada por pelo menos 70 dias. O atraso foi motivado por pedido do conselheiro Jarbas José Valente, que manifestou a necessidade de fazer uma “análise criteriosa da matéria”.
Jarbas Valente já havia pedido vista do processo no último dia 2, mas considerou que precisaria de mais tempo para terminar sua análise. Segundo o conselheiro, o prazo foi ampliado por coincidir com o seu período de férias.
Na última quinta-feira, o conselheiro Rodrigo Zerbone Loureiro, que havia feito pedido de vistas anteriormente, apresentou voto pela aprovação do relatório apresentado por Marcelo Bechara. Ele, no entanto, incluiu algumas alterações à proposta, em especial no modelo de reclamações.
A principal mudança sugerida por Zerbone está relacionada à classificação de queixas, especialmente relacionadas a cobranças indevidas, diferenciando-as entre procedentes e improcedentes, de forma a dar mais segurança aos processos. Além disso, o conselheiro ressaltou que a classificação como improcedente só poderá ser feita com a concordância do usuário.
“Se colocarmos (no regulamento) que, para a reclamação ser classificada como improcedente é necessária a concordância do usuário, ele precisará ser convencido pela empresa. Isso dará maior poder ao usuário”, explicou.
Foi após a apresentação do voto de Zarbone que Valente fez pedido de vista em relação à matéria, o que impossibilitou a votação do processo pelo conselho.
O Regulamento de Gestão de Qualidade das Prestadoras do Serviço Telefônico Fixo Comutado prevê tratamento diferenciado para as empresas de acordo com o seu tamanho ou alcance.
Bechara garante que, se aprovado, o novo regulamento não vai determinar a perda da qualidade do serviço, e que muitas das regras impostas às empresas poderiam ser barreiras de entrada para operadoras de pequeno porte, prejudicando a concorrência no setor. “As empresas de pequeno porte são as que têm de buscar mais qualidade para se manterem competitivas e sobreviverem nesse mercado”, justificou.

55% das vendas são de celulares com internet

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Os celulares com acesso à internet já são a maioria dos novos aparelhos vendidos no Brasil. No primeiro semestre, segundo pesquisa da Nielsen, 55% dos telefones móveis vendidos permitiam navegação na web. Segundo Thiago Moreira, diretor de telecom da pesquisadora, essa relação era de 49% no segundo semestre do ano passado.

Isso não quer dizer, porém, que a maioria das novas vendas se concentre em produtos de alto valor agregado, como o Samsung Galaxy S e o iPhone. Na verdade, embora as vendas de smartphones tenham mais do que dobrado nos 12 meses encerrados em 30 de junho, telefones que permitem o download de aplicativos e carregam sistemas operacionais como Android, iOS ou Windows só contribuem com 12% das vendas totais.

Para ter acesso à internet, o brasileiro se vê obrigado, por limitações de renda, a usar uma tecnologia intermediária, os chamados webphones. Esses aparelhos, que têm navegação na internet e acesso a e-mails e a redes sociais, representam 43% dos novos celulares vendidos no País.

Isso ocorre porque, como mais de 70% dos brasileiros têm linhas pré-pagas, só uma pequena parcela dos clientes pode ser fidelizada pelas operadoras com base no subsídio do aparelho. “Em mercados como o dos Estados Unidos, onde os smartphones já representam dois terços das vendas de novos celulares, o consumidor leva o aparelho quase de graça”, explica Moreira.

De qualquer forma, explica o especialista, o lançamento de planos de internet no pré-pago por preços próximos a R$ 10 por mês deverá dar ao consumidor ânimo de investir em um novo aparelho, seja um webphone ou um smartphone. “Acho que o consumidor chegou à conclusão de que não vale a pena ter mais um aparelho sem internet. Como nós financiamos o telefone, ele vê vantagem em pagar um pouco mais na parcela para ter um aparelho melhor”, diz Hilton Mendes, diretor de terminais e inovação da Vivo.

Segundo operadoras e fabricantes, a participação dos webphones e smartphones nas vendas vêm crescendo mês a mês. A operadora TIM diz que 78% dos novos aparelhos que vende permitem o acesso à internet. A receita com aparelhos atingiu R$ 856 milhões no segundo trimestre, alta de 17% em relação ao mesmo período de 2011.

A queda nos preços dos smartphones pode incentivar o consumidor a deixar de comprar um webphone para ter acesso a um número muito maior de funções já incorporado aos smartphones “de entrada”, na opinião de Roberto Soboll, diretor de produtos de Telecom da Samsung, líder de mercado nacional. Ele afirma que o celular mais vendido em maio, segundo dados da GfK, foi o Galaxy Y, produto com o sistema Android que custa a partir de R$ 399 no varejo.

A LG também está ganhando mercado com produtos mais em conta. Depois de lançar smartphones de alto valor agregado no ano passado, a empresa democratizou sua linha com o L3, também equipado com o sistema operacional do Google, e com preço de varejo a partir de R$ 429. Também citando informações da GfK, a fabricante coreana diz que sua participação de mercado no Brasil em volume subiu de 6,7%, no primeiro trimestre de 2011, para atuais 15,5%.

Para a finlandesa Nokia, que viu sua posição mundial se enfraquecer ao demorar para embarcar na onda dos smartphones, o mercado de produtos de baixo custo é uma das saídas para reconquistar relevância. “Oferecemos soluções para incluir o público de orçamento limitado na internet pelo celular. Hoje, conseguimos entregar essa experiência (em webphones) por menos de R$ 200”, afirma Cesar Castro, executivo da Nokia.