25/07/2024
Início Site Página 2448

Oi diz que alcançará rede 3G da concorrência até dezembro

Oi também promete investir na oferta de pacotes convergentes


A Oi, maior operadora brasileira de telefonia fixa, investirá 24 bilhões de reais até 2015. O volume inclui gastos com a entrada da empresa na telefonia móvel de quarta geração, a ampliação da rede 3G, o avanço no segmento corporativo e a expansão de produtos convergentes. Com essa estratégia, a operadora busca rentabilidade e ampliação de sua participação de mercado em diversos segmentos nos próximos anos.

O anúncio das previsões da Oi – muito aguardado pelo mercado após a simplificação de sua estrutura acionária, aprovada por acionistas no fim de fevereiro, e depois de a empresa ter amargado deterioração nos resultados operacionais em 2011 – incluiu o aval do conselho de administração para remuneração a acionistas no total de 8 bilhões de reais de 2012 a 2015. “Entendemos que esse é um plano que a companhia quer fazer e atende às exigências dos acionistas. Ele rentabiliza o ativo, tem política de dividendos e, ao final do plano, a companhia está melhor sob todas as óticas”, afirmou o presidente da operadora, Francisco Valim.

A ação preferencial da companhia fechou o dia com alta de 1,7%, a 8,95 reais. O Ibovespa avançou 1,2%.

Na busca por melhorias, a empresa trabalha para dobrar seu backbone – estrutura de cabos de grande dimensão nacional ou internacional por onde é canalizada a maior parte do tráfego da Internet – de fibra ótica e ampliar sua rede de cobertura 3G para o mesmo patamar das concorrentes até dezembro.

Os investimentos devem somar 6 bilhões de reais anualmente até 2015, após quase 5 bilhões de reais em 2011. O plano de investimento inclui os gastos de rede que a operadora terá com 4G, com exceção da licença do leilão de frequência que está previsto para junho. “Identificamos que nesse plano conseguiremos cobrir dispêndios de cobertura do 4G, sem que saibamos a licença por enquanto”, afirmou Valim a jornalistas no Oi Investors Day.

O executivo destacou, contudo, que o 3G ainda é “prioridade”, e a operadora quer alcançar a cobertura de suas concorrentes para brigar por mais participação de mercado no segmento agora chamado pela empresa de mobilidade pessoal. “Devemos equivaler a cobertura 3G de nossos concorrentes ao final deste ano”, disse o presidente da Oi, que está na quarta colocação no ranking de telefonia móvel, com 18,53% de market share, bem atrás de suas concorrentes Vivo, Claro e TIM.

A companhia, que dividiu seus negócios em três áreas (mobilidade pessoal, residencial e corporativo), também aposta no potencial desses últimos dois segmentos nos próximos anos, especialmente pela oferta de produtos convergentes, diversificando as operações para além de serviços de telefonia. Analistas consideram que a empresa precisa ampliar sua rede, ganhar participação de mercado móvel e rentabilizar sua base de telefonia fixa.

A Oi espera ter uma alavancagem maior nos próximos anos à medida que necessitará de recursos para bancar seus investimentos, projetando uma relação entre dívida líquida e Ebtida (geração operacional de caixa) de 2,8 vezes neste ano, ante 1,9 vez em 2011. Em 2015, o indicador deve ceder para 2,2 vezes. A dívida líquida deve ficar em 24,9 bilhões de reais em 2012 e em 28,4 bilhões de reais três anos depois, bem superior aos 16,3 bilhões de reais de 2011. De acordo com Valim, não há intenção de emitir nova dívida no curto prazo, mas a empresa está atenta a oportunidades de mercado.

Grupo português Ongoing fecha compra do portal de internet iG

Agora é oficial. O grupo português Ongoing fechou nesta quarta-feira a compra do portal de internet iG, que pertence à Oi.


O Ongoing edita os jornais “Brasil Econômico” e “O Dia”. Antes de atuar diretamente no Brasil, tinha presença no país por meio de sociedade em empresas como a Vivo e a própria Portugal Telecom. A venda do portal iG é reflexo da nova fase em que a companhia foca serviços de infraestrutura. A produção de conteúdo fica fora desse negócio.

O presidente da Oi, Francisco Valim, disse ontem no Rio que a Oi só está vendendo a parte de publicidade e conteúdo. A operadora continua na oferta de acessos de banda larga e serviços digitais. A compra do iG chegou a ser analisado por três grupos, entre eles a divisão de internet da RBS e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual.

Segundo o Ibope, o iG é o quinto maior portal do país em número de visitantes. Em março, foram 23,48 milhões de visitantes únicos. Está atrás do R7 (da Rede Record), que teve 23,571 milhões de visitantes únicos; do Terra (da Vivo), com 29,508 milhões de visitantes; da Globo.com (das Organizações Globo), com 29,619 milhões de visitantes e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que é líder com 34,324 milhões de visitantes.

A Oi não tinha pressa em vender seu portal. A companhia decidiu vender o iG desde que o novo presidente da operadora, Francisco Valim, assumiu o comando, em agosto do ano passado. A decisão ganhou força especialmente após a aquisição da Brasil Telecom, em janeiro de 2009, que fez explodir o grau de endividamento da Oi a ponto de comprometer seus planos de investimento.

No ano passado, o endividamento da companhia foi reduzido pela metade com a entrada da PT (Portugal Telecom) no bloco de controle, um acordo fechado em julho de 2011. Com a chegada dos portugueses, o foco passou para os negócios na rede de dados (basicamente internet e TV), algo que, em Portugal, elevou a rentabilidade da PT.

SP entra na Justiça contra antenas de celular irregulares

A Prefeitura de São Paulo ajuizou três ações na Justiça contra as operadoras Vivo, Claro e Oi por conta de antenas de celular irregulares. O objetivo é que as operadoras parem de instalar as antenas irregularmente na cidade e regularizem as que já estão instaladas.

A instalação das antenas em São Paulo é regulamentada por uma lei municipal de 2004. Até então, a prefeitura vinha apenas notificando ou multando as operadoras, mas agora resolveu acioná-las na Justiça. A prefeitura apontou os seguintes problemas com as antenas: prejuízo à saúde pública, por conta da radiação emitida pelas antenas; ocupação desordenada do município; prejuízo a serviços como hospitais, aeroportos e a telefonia.

Procuradas, as operadoras ainda não se manifestaram sobre as ações. Sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.

Banda Larga da Claro cresce na Bahia e em Sergipe

A popularização do acesso à internet via dispositivos móveis tem sido nitidamente percebida na Claro. Os clientes da operadora da regional Bahia-Sergipe estão cada vez mais adeptos deste tipo de conexão. Comparado ao mesmo período do ano passado, em março deste ano o aumento do uso da banda larga móvel foi de 103,3%. No acumulado do ano, o percentual de crescimento foi de 53,4%. Esses números refletem não só a mudança de percepção e comportamento das pessoas pela facilidade de estar conectado a qualquer hora e lugar, como a alta adesão a um serviço que tem se tornado cada vez mais acessível. Hoje é possível ter a maior velocidade para navegar em dobro por um ano no computador, a partir de R$29,90 por mês, com direito a modem grátis e desconto de 20% de desconto nos planos acima de 1GB.

Este resultado é também fruto dos investimentos constantes da empresa em todo o país. “Para suportar o crescimento, recentemente toda a rede da Claro foi capacitada com a tecnologia HSPA+ (High Speed Packet Access). Com isso, todos os clientes 3G da operadora que possuem aparelho compatível com a tecnologia, já utilizam essa rede podendo navegar com velocidade até três vezes maior, antes mesmo da chegada do 4G. Na regional Bahia-Sergipe são mais de 48 municípios com essa cobertura”, explica Dax Aniceto, diretor regional da Claro para Bahia e Sergipe.

TIM registra maior número de clientes entre todas as operadoras do Brasil em março

De acordo com informações da agência de notícias Reuters na matéria escrita por Roberta Vilas Boas, a empresa de telefonia celular TIM registrou o maior número de clientes entre todas as operadoras do Brasil, com 1,297 milhões de novos clientes no mês de março. Essas informações foram repassadas nesta terça-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Sendo a TIM a primeira colocada, em seguida aparece a Vivo com 860 mil novos usuários, onde a operadora registrou uma ligeira queda no mercado, mas mesmo assim continua ela como líder no segmento nacional de telefonia celular. A Claro permanece com o terceiro lugar ainda, com um total de 495 mil novos clientes, sendo a operadora que registrou o menor número de adição no mês de març; já na quarta posição aparece a Oi, com a soma de 510 novas adições, superando a operadora Claro, mas permanecendo assim mesmo nessa posição.

De acordo com a ANATEL, o país terminou o mês de março com mais de 250,8 milhões de novas linhas ativas na telefonia celular; ainda com os dados fornecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações, o número total de novas habilitações chegou a 3,2 milhões, a maior já registrada em um mês de março nos últimos 13 anos, o que equivale a um crescimento de 1,3% a mais do que no mês de fevereiro.

Oi promete IPTV em multiplataformas para o 3º tri no Rio, Recife e em BH


A Oi planeja ser a primeira operadora no país a ofertar IPTV, depois da aprovação da nova Lei do Cabo. A concessionária planeja lançar o serviço no final do 3º trimestre nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte. O serviço é uma das grandes apostas da concessionária para reforçar presença junto ao mercado residencial de maior poder aquisitivo. Ideia é ter a programação da TV simultaneamente nos smartphones e tablets para marcar a ideia de operadora convergente. 

Os planos da Oi foram divulgados nesta terça-feira, 17/04, durante o Investor Day, realizado no Rio de Janeiro. No planejamento, a tele se compromete a investir R$ 24 bilhões – uma média de R$ 6 bilhões/ano. Em 2011, por exemplo, a Oi aportou R$ 5 bilhões. Valim, que assumiu o comando da Oi em agosto do ano passado, salientou que a Oi sofreu nos últimos dois anos, as ‘dores’ de ter comprado a Brasil Telecom -uma empresa tão grande como a Oi – e de ter apostado no mercado de São Paulo. 

“Tudo isso mexeu com a organização, com as estruturas. Não foi fácil, mas temos um ativo sem igual. Vale lembrar que temos, hoje, 115 mil kms de rede – três vezes maior do que de qualquer concorrente. Nosso valor seria de R$ 50 bilhões, se levarmos em conta o quanto que a nossa rival pagou na compra da Atimus (empresa da AES, referindo-se à TIM, que comprou a rede por R$ 1,6 bilhão)”, atiçou Valim. 

No planejamento estratégico – que será apresentado também na Bolsa de Nova York, na quinta-feira, 19 – a tele revela que planeja superar os 100 milhões de Unidades Geradoras de Receita (UGRs) até 2015, com crescimento de 10% em relação ao total de 75,9 milhões esperado no final de 2012. Entre os segmentos de negócios, a maior taxa de expansão deverá ser registrada no segmento Empresarial/Corporativo, com aumento de 13% em 2015; seguido pelo de Mobilidade Pessoal, com 12% e o Residencial, com 11%.

Sem dúvida alguma, um dos pilares da Oi será a oferta de IPTV. O diretor de Novos Negócios da Oi, Pedro Ripper, sustenta que a operadora será a primeira concessionária a oferecer comercialmente o produto. Ideia é lança-lo no final do terceiro trimestre nas cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para depois expandir para a área de cobertura da Oi. 

Uma das primeiras medidas para viabilizar o negócio é a duplicação da capacidade de transmissão dos 115 mil Kms de rede da concessionária. “A ideia é oferecer acessos de alta velocidade – acima de 200 Mbits – e telefone ilimitado. Além disso, o conteúdo estará acessível nos tablets, nos smartphones. Enfim, haverá interatividade e para isso precisamos de infraestrutura robusta”, detalha o executivo da Oi. 

Para a oferta do serviço, a tele, acrescenta ainda Ripper, já homologou fornecedores de conversores, entre eles, a Cisco. A plataforma escolhida foi a da Microsoft, utilizada pela Meo, da Portugal Telecom,acionista da Oi. “A PT e a AT&T são os melhores exemplos que temos de IPTV nos moldes que planejamos ofertar aqui”.

Sem querer revelar preço do serviço ao consumidor, Ripper assume que o IPTV será, sim, um produto para o assinante de maior poder aquisitivo. Proposta da empresa é alcançar 2,5 milhões de clientes até 2015. A Oi planeja ainda ter 1,5 milhão de domicílios cobertos com Fiber-to-the-Node (FTTN), que permite outras soluções de banda larga como VDLS e ADSL2, que eventualmente também poderão vir a ser utilizados para a oferta de IPTV. 

Rede, aliás, foi um ponto-chave, na apresentação de Valim. “Fala-se muito que a rede da Oi é velha. Não é. Hoje, 80% da nossa rede já é baseada em IP. 70% das nossas conexões acontecem por DSLAM IP. Temos NGN. Não estamos defasados como afirmam”, disse, mais uma vez, referindo-se aos rivais. 

A aposta em maior infraestrutura de rede está ligada à demanda de consumo de dados. A Oi acredita que esse potencial poderá quintuplicar no país nos próximos quatro anos. E se diz preparada para enfrentar essa nova exigência. “Não entendo quem reclama do consumo maior de dados. Essa é a nossa razão de ser. Quem reclama é porque não tem musculatura para entrar nesse jogo de Telecom”, completou Valim.

Brasil rompe a barreira dos 250 milhões de celulares

Com 3,2 milhões de novas habilitações em março, a telefonia celular no Brasil rompeu a barreira dos 250 milhões de linhas ativas no mês passado, totalizando 250,8 milhões. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a chamada teledensidade no País chegou a 128 acessos para cada 100 habitantes.

Segundo o órgão regulador, o desempenho em novas habilitações de linhas móveis em março foi o melhor para o mês nos últimos 13 anos, com expansão de 1,30% na base de assinantes na comparação com fevereiro deste ano. Do total, 52 milhões de acessos contam com banda larga móvel (3G).

A Vivo continua líder no mercado brasileiro, com 29,81% de participação, seguida por TIM (26,80%), Claro (24,56%) e Oi (18 53%).

Marco Civil das telecomunicações deve demorar, diz ministro

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (16) que o governo deve começar a fase de consulta pública sobre o novo marco regulatório de radiodifusão e telecomunicações. Segundo ele, porém, o projeto ainda não tem data para ser enviado ao Congresso Nacional, onde a tramitação promete ser longa. “Precisamos debater a Lei Geral das Telecomunicações e ver o que pode ser atualizado, mas não dá pra ser uma tramitação rápida, porque trata-se de pontos muito técnicos e polêmicos”, disse o ministro em seminário do setor. “Devemos evitar colocar isso como uma solução urgente, embora a discussão o seja”, completou. As informações são da Agência Estado.

Bernardo lembrou que a nova lei para a TV paga, que em tese era uma discussão mais simples, levou mais de cinco anos de tramitação no Congresso. Ele também citou a proposta de marco civil da internet, que levou mais de um ano e meio para ser enviada ao Legislativo.

O ministro adiantou que, embora já esteja sendo abordada dentro do marco civil da internet, a neutralidade das redes deverá ser discutida de forma mais abrangente dentro do novo marco regulatório do setor. E, apesar de negar que o governo pretenda transformar as redes de banda larga do atual status privado para o regime público, Bernardo disse que o debate sobre o novo marco deverá incluir ainda a questão da reversibilidade dos bens das concessões de telefonia fixa.

Para ele, apesar das atuais concessões de telefonia fixa vencerem só a partir de 2025, é importante que a questão da reversibilidade seja discutida o mais rápido possível. “Olhando do ponto de vista do interesse da sociedade, me parece razoável que isso seja trabalhado com antecedência. Ainda leva mais de dez anos para vencer, mas não acho prudente deixar a discussão para quando faltarem só dois anos”, avaliou. Segundo Bernardo, o primeiro problema é definir quais ativos das concessões são indispensáveis à prestação dos serviços. Em segundo lugar, viria a definição dos valores desses bens, que devem ser indenizados pelo Estado. “Não queremos receber esqueletos a peso de ouro. Não vamos aceitar pagar caro lá na frente por bens defasados”, completou.

Governo poderá financiar banda larga rural

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo estuda liberar os financiamentos agrícolas para a compra de equipamentos de banda larga rural, quando as redes de 450 megahertz (MHz) começarem a funcionar. Segundo ele, até mesmo as linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) poderiam ser acessadas pelos pequenos agricultores para a compra de computadores e modems. As informações são da Agência Estado.
“O Banco do Brasil e o Ministério da Agricultura estão estudando essa liberação”, confirmou o ministro após participação em seminário do setor de telecomunicações. De acordo com Bernardo, essa parceria seria importante para tornar mais atrativa a faixa que será destinada à banda larga móvel rural.
O edital para a licitação do 450 MHz foi aprovado na última quinta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o leilão deve ocorrer no começo de junho, junto com a frequência de 2,5 gigahertz (GHz) da telefonia 4G. Também na última quinta-feira, executivos da NetOne – que opera o serviço na Suécia – estiveram no gabinete de Bernardo e mostraram interesse em competir pela faixa.
“No caso da NetOne, o interesse seria apenas no 450 MHz. Já a Oi buscaria na faixa uma complementação para outras frequências”, comentou o ministro. Segundo ele, apesar de inicialmente ter havido rejeição por parte das companhias em relação à internet móvel rural – o que levou a Anatel a criar uma cláusula no leilão com a possibilidade de atrelamento à venda do 4G -, deve haver disputa pela faixa de 450 MHz.
“É fundamental que o serviço funcione. Hoje uma das demandas do produtor rural é estar conectado com o mundo para saber a previsão do tempo, a cotação do seu produto e ter assistência técnica, por exemplo”, completou Bernardo.