A Oi atribuiu o lucro aos ajustes contábeis relacionados à renegociação das dívidas, conforme os novos termos do Plano de Recuperação Judicial. A empresa também informou que, após a reestruturação, sua dívida líquida caiu 68,6%, de R$ 21,2 bilhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 6,6 bilhões atualmente. Comparado ao primeiro trimestre, quando a dívida era de R$ 25 bilhões, a queda foi de 73,8%.
A dívida da Oi, que era de R$ 32,8 bilhões, recebeu um desconto de R$ 24,2 bilhões e agora é de R$ 8,56 bilhões.
A operadora explicou que esses números não incluem a nova dívida que foi emitida agora em agosto. Essa nova dívida só aparecerá no balanço financeiro do terceiro trimestre. O dinheiro dessa nova dívida será usado para pagar uma parte do empréstimo emergencial que ainda estava pendente no segundo trimestre.
No final de junho, a empresa tinha R$ 1,9 bilhão em caixa. Isso é uma queda de 8,3% em relação aos R$ 2,09 bilhões que a empresa tinha no final de março.
A Oi, sem considerar o efeito da reestruturação financeira, teve uma receita líquida de R$ 2,14 bilhões. Isso representa uma redução de 12,6% em comparação com o ano anterior.
Dentro dessa receita, a divisão Oi Fibra, que oferece internet de alta velocidade através de fibra óptica (FTTH), gerou R$ 1,09 bilhão. Essa receita sofreu uma pequena queda de 0,9% em relação ao período anterior.
Por outro lado, a unidade Oi Soluções, que fornece serviços de telecomunicações para outras empresas (B2B), registrou uma diminuição mais significativa de 23%, totalizando R$ 449 milhões em receitas. A Oi atribui essa queda à menor demanda por serviços que utilizam a rede de cobre, uma tecnologia mais antiga e menos procurada comparada à fibra óptica.
As operadoras de telecomunicações estão solicitando ao Senado a ampliação do cashback definido pela reforma tributária. O projeto na Câmara prevê um retorno de 20% do imposto pago para consumidores de baixa renda, mas as operadoras argumentam que, por ser um serviço essencial, o cashback deveria ser integral.
Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis – entidade que representa as maiores operadoras do país, afirmou que o período da pandemia mostrou as telecomunicações são serviços essenciais.
“A pandemia deixou muito claro que passou a ser um serviço essencial, inclusive previsto pela lei 194, aprovada em 2022.”
O executivo abordou o assunto durante o 4º Simpósio TelComp | IDP – Telecom, Tecnologia e Competição para o Futuro Digital, que está acontecendo em Brasília (DF).
De acordo com o executivo, a falta de um cashback integral para os serviços de telecomunicações, como internet, telefonia e TV por assinatura, seria comparável a tratá-los como produtos de luxo. Em outras palavras, ao não oferecer um reembolso total de impostos ou algum tipo de compensação financeira, esses serviços essenciais acabam sendo encarados de forma similar a itens de alto valor, que são acessíveis apenas para uma parcela mais privilegiada da população.
Ferrari argumenta que simulações feitas com base em uma ferramenta do Banco Mundial indicam que a implementação de um cashback de 100% para o setor de telecomunicações teria um impacto muito pequeno ou até mesmo insignificante na alíquota total do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA).
Em outras palavras, oferecer um reembolso total dos impostos para os consumidores de telecomunicações não alteraria de forma significativa a carga tributária geral aplicada ao consumo, podendo, assim, ser viável sem comprometer a arrecadação governamental.
O Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, fez uma declaração para esclarecer os impactos que benefícios fiscais podem ter na estrutura tributária do país. Segundo Appy, quando se concede qualquer tipo de benefício, como um cashback ou uma alíquota reduzida para determinado setor, isso inevitavelmente gera um custo adicional.
Esse custo se reflete na necessidade de aumentar as alíquotas para outros setores, para que o equilíbrio na arrecadação de impostos seja mantido.
Appy destacou que a escolha de conceder ou não esses benefícios é, em última análise, uma decisão política. Ele mencionou, por exemplo, que já foi estabelecido um cashback de 20% para o setor de telecomunicações, mas evitou entrar na discussão sobre a essencialidade desse serviço.
Ele ressaltou que essa questão de definição de serviços essenciais não é sua responsabilidade neste momento, deixando claro que sua função é técnica, focada na estruturação da reforma tributária, e não no julgamento das prioridades políticas que orientam essas decisões.
O secretário expressou sua preferência pelo cashback em relação às alíquotas reduzidas, considerando-o um método mais eficiente para a política pública, embora seu papel seja fornecer apoio técnico aos congressistas. Ele também destacou que a reforma tributária tende a beneficiar o setor de telecomunicações, reduzindo custos através da não cumulatividade plena.
As declarações foram feitas durante um painel que contou com a participação do senador Izalci Lucas (PL-DF), do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e do advogado Gabriel Manica, mediador do debate. Lucas enfatizou a importância das telecomunicações como serviço essencial e mencionou a necessidade de dados para avaliar o impacto do cashback na regulamentação da reforma tributária no Senado.
O Disney+ está sendo usado como escudo pela Disney para evitar um processo em uma situação trágica em que houve até morte. Caso inusitado deixa o alerta para os clientes do streaming estarem mais atentos ao que aceitam quando assinam a plataforma, mas também gera dúvidas sobre como podem ser lesados.
A companhia Disney está tentando anular um processo judicial relacionado à morte de uma mulher em um dos parques temáticos. Porém, a forma dessa anulação está sendo por meio do Disney+, já que o marido da vítima assinou a plataforma em algum momento.
O que aconteceu no parque e como o Disney+ entrou na história
A mulher, Kanokporn Tangsuan, de 42 anos, morreu em outubro de 2023 após sofrer uma grave reação alérgica a laticínios e nozes em um restaurante do Walt Disney Resort, na Flórida. O marido, Jeffrey Piccolo, afirma que avisaram os atendentes sobre as alergias. Ele processou a Disney, alegando que a morte poderia ter sido evitada se os protocolos de segurança tivessem sido seguidos. E pede uma indenização de mais de 50 mil dólares (cerca de R$ 273 mil).
A empresa Disney argumenta que o processo judicial relacionado a uma morte não deve seguir na justiça comum devido aos termos de uso do Disney+. De acordo com a empresa, o casal envolvido na ação assinou um contrato ao adquirir uma assinatura do serviço de streaming por um mês em 2019.
Nos termos e condições estabelecidos no contrato de assinatura, há uma cláusula que especifica que qualquer disputa judicial envolvendo a Disney deve ser resolvida fora dos tribunais tradicionais, através de um processo de arbitragem.
Com base nessa cláusula, a Disney alega que o caso em questão, relacionado à morte, não pode ser formalmente julgado pela justiça comum, pois isso violaria os termos acordados no contrato de assinatura.
A defesa da vítima considera a alegação da Disney um absurdo. Além de todo o contexto, se tratava de uma assinatura teste.
“A noção de que os termos acordados por um consumidor ao criar uma conta de teste gratuita da Disney impediriam para sempre o direito desse consumidor a um julgamento por júri em qualquer disputa com qualquer afiliada ou subsidiária da Disney é tão absurdamente irracional e injusta a ponto de chocar a consciência judicial, e este tribunal não deve impor tal acordo.”
No Brasil
A equipe do Minha Operadora procurou um advogado para entender melhor o caso, especialmente do ponto de vista do consumidor brasileiro. Ao conversar com Hermano Gottschall, advogado civilista, ele afirmou que concorda com a defesa da família e considera a posição da Disney absurda.
“Ela [a Disney] simplesmente defende a tese de que, por conta da assinatura de um contrato de streaming, que prevê que eventuais divergências, litígios e problemáticas envolvendo o assinante e a Organização Disney não poderiam ser judicializadas. Isso na verdade é o que a gente chama de preliminar de mérito.”
Segundo o adovgado, a companhia de maneira prática realiza o seguinte: “olha eu não posso nem discutir o assunto, tratar do tema, porque já tá judicializado e por força do contrato com o streaming você não poderia judicializar.”
Gottschall também esclarece para os consumidores brasileiros que nenhuma cláusula contratual pode ser maior que a segurança e a vida do consumidor. Portanto, ainda que a companhia estabeleça na contratação do streaming a cláusula em questão, não deve ser aplicada para este caso.
O especialista ainda destaca outros pontos, ele afirmou que o caso é muito sério e isso já torna inválida qualquer tentativa da Disney de dizer que não se pode levar o caso à Justiça por causa de uma cláusula.
“Estamos lidando com um conflito entre valores importantes: de um lado, temos a vida de uma pessoa, que é um direito fundamental; do outro lado, temos uma regra contratual que é apenas uma formalidade e que parece injusta e exagerada. É como se estivéssemos colocando a vida de alguém em comparação com uma regra que não faz sentido e que não deveria ter mais peso do que a vida humana.”
Por fim, Gottschall opina que a família provavelmente vai ganhar a causa, pois não há precedentes e toda a situação que a Disney está impondo é absurda e abusiva.
A fase de crise da Paramount Global continua. A companhia anunciou e a agência de notícias Reuters compartilhou que iniciará uma reestruturação que resultará na demissão de 15% de seus funcionários nos Estados Unidos. Como parte desse processo, a empresa também fechará o estúdio Paramount Television.
A medida visa reduzir os custos anuais em US$ 500 milhões e preparar a empresa para um crescimento lucrativo antes da fusão com a Skydance Media, de David Ellison. A Paramount é proprietária de redes como CBS, MTV e Comedy Central.
A Paramount está passando por um período de reestruturação, conforme comunicado pelos co-CEOs da empresa em um memorando interno. Eles destacaram que a companhia chegou a um “ponto de inflexão” e que mudanças são necessárias para fortalecer suas operações.
Como parte dessas medidas, cerca de 2.000 funcionários serão demitidos até o final de 2024, sendo que 90% dos cortes devem ocorrer até o final de setembro deste ano. Além disso, o Paramount Television Studios (PTVS) será fechado, conforme anunciado pela presidente Nicole Clemens em um e-mail enviado aos colaboradores.
George Cheeks, co-CEO da Paramount Global, anunciou que o estúdio será fechado até o final da semana, em resposta a grandes mudanças na indústria de televisão e streaming e à necessidade de tornar a empresa mais enxuta.
Com essa reestruturação, todos os projetos de séries e desenvolvimento da PTVS serão transferidos para a CBS Studios. Além disso, membros das equipes da CBS também deixarão a empresa.
Essa decisão ocorre em meio a um cenário desafiador para o mercado de TV linear, que levou a empresa, com sede em Nova York, a reduzir em quase US$ 6 bilhões o valor de suas redes de cabo.
A divisão de streaming da empresa, que inclui Pluto TV e Paramount+, registrou seu primeiro lucro trimestral em três anos na quinta-feira.
Nesta quarta-feira (14), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, autorizou o início das obras da infovia que levará conectividade para pequenas cidades na floresta amazônica. Com investimento de R$ 118 milhões, a “estrada digital” terá 620 km de fibra óptica, sendo 490 km sob as águas dos rios da região.
A infovia conectará Boa Vista (RR) a Vila de Moura, distrito de Barcelos (AM), passando por outros municípios de difícil acesso, como Santa Maria do Boiaçu, distrito de Rorainópolis (RR), e Caracaraí (RR). Ao todo serão 450 mil habitantes da região beneficiados.
A obra tem início em Santa Maria do Boiaçu, com uma plataforma fluvial lançando os cabos no leito dos rios amazônicos até Caracaraí. Em seguida, será construído o trecho sob as águas em Vila de Moura a Santa Maria do Boiaçu. A conexão entre Caracaraí a Boa Vista, de 130 km, será feita em seguida, por terra.
Inicialmente, a infovia levará conectividade para 40 escolas, três prefeituras, dois pontos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quatro unidades de saúde e quatro pontos de defesa.
“Vamos levar inclusão digital, que consequentemente, vai proporcionar inclusão social nessas localidades. Estou muito feliz em poder proporcionar a milhares de cidadãos uma conectividade veloz, segura, robusta e constante, que poderá causar melhorias significativas em diversas áreas, como saúde, educação, cultura, lazer, entretenimento e negócios, por meio da economia digital”, afirma Juscelino.
Infovias
A obra se trata da infovia 04, parte do programa Norte Conectado, que visa expandir a infraestrutura de comunicações na Região Amazônica. No total, serão viabilizadas 28 infovias no país, compreendendo 12 mil km de cabos de fibra óptica submersos em rios.
O programa como um todo conta com investimento de R$ 1,3 milhão e visa levar internet para 59 municípios atendidos no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, e beneficiar 10 milhões de pessoas.
A primeira infovia viabilizada pelo governo ligou Macapá (AP) e passou pelas cidades paraenses de Almeirim, Monte Alegre, Santarém e Alenquer. A 01 ligou Manaus (AM) a nove municípios, sendo quatro no Amazonas (Parintins, Urucurituba, Itacoatiara e Autazes) e cinco no Pará (Curuá, Óbidos, Oriximiná, Juruti e Terra Santa).
Nesta terça-feira (13), a TIM lançou AI Academy, sua plataforma de educação que visa capacitar seus cerca de 10 mil colaboradores em Inteligência Artificial. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com grandes empresas do ecossistema de Educação e AI, como: Exame, FIAP, Alura, Google, Microsoft, entre outros.
A academia fornecerá jornada de aprendizagem multiformatos em temas comportamentais e técnicos. E terá cursos online, lives, workshops, e ações práticas e imersivas, como o HackaTIM e bootcamps. O objetivo é capacitar os profissionais com habilidade para uso da tecnologia e assim alavancar os desafios do negócio.
Segundo Maria Antonietta Russo, vice-presidente de recursos humanos da TIM, a iniciativa reforça que investir no desenvolvimento dos colaboradores em competências que suportam os desafios do futuro faz parte da estratégia da tele.
“Estamos sendo protagonistas em oferecer programas de qualificação, como a Data e a Agile Academy, lançadas nos últimos meses, e agora a AI Academy, que chega para preparar nossos colaboradores em habilidades técnicas e comportamentais essenciais para as transformações que a inteligência artificial vai gerar no mundo do trabalho e na sociedade”, diz a executiva.
A AI Academy é mais uma iniciativa que integra a Onda Digital, um movimentod a companhia para alavancar as competências digitais, segundo a executiva. A capacitação vai englobar diferentes públicos dentro da TIM, incluindo desde os times técnicos de engenharia e tecnologia, todo o time profissional, liderança e executivos, além das equipes Lojas e Relacionamento com o Cliente.
A CIO da TIM, Auana Mattar, afirma que “É uma iniciativa importante para capacitar nossos colaboradores a interagir com as principais tecnologias de mercado e estimular o desenvolvimento de habilidades que serão fundamentais nesse novo cenário que se desenha, onde a AI atua de fato como um copiloto do humano, permitindo que as pessoas se dediquem a atividades que demandam maior criatividade e engajamento entre elas“.
Inteligência Artificial na TIM
A tecnologia já é usada pela operadora. Por exemplo, a IA é utilizada no Atendimento ao Cliente, gerando eficiência e resolvendo problemas reais, com foco especialmente nos feedbacks dos próprios usuários.
A Mini antena da Starlink está possibilitando trazer novidades para o mercado de conectividade. Um deles é a acoplagem do equipamento em outros dispositivos para ampliar a cobertura de conexão. A Event38 quer levar a alta conectividade das antenas Starlink até os drones, permitindo transmissão de dados entre longas distâncias com baixa latência e maior confiabilidade.
A novidade foi revelada no LinkedIn do funcionário da empresa, Andrew Wilber. “Notícias empolgantes para a indústria dos drones! Estamos avançando a edição E455 BVLOS com integração com o Starlink Mini. Continuem ligados para mais novidades sobre os nossos testes”, revela.
A empresa está testando acoplar mini antenas da Starlink em drones. Para isso, a Event38 selecionou o seu drone de carga E455, cujo modelo possui uma asa fixa que permite maior eficiência durante voos de longa distância. O equipamento é capaz de transportar mais de 28 kg de carga útil, além de poder mapear grande distância com sua bateria autônoma de duas horas.
Por ser menor e mais leve, o mini terminal da Starlink, anunciado no começo do ano, é o equipamento que pode ser usado nos testes da empresa. Com o dispositivo, a Event38 será capaz de cobrir longas distâncias com conectividade disponível.
A nova antena da SpaceX promete oferecer conexão estável aonde quer que o usuário esteja. Dessa forma, acoplar a aeronave E455 permitirá ao piloto do drone executar viagens sem o risco de perdas de conexão.
Atualmente, a Starlink possui cerca de 5.500 satélites LEO no espaço para fornecer internet quase global a consumidores, empresas e agências governamentais. Esse número corresponde a 56% dos 9,7 mil satélites operacionais orbitando a Terra.
Nesta terça-feira (13), a Telebras divulgou seu relatório financeiro referente ao segundo trimestre do ano, e apontou que teve um prejuízo de R$ 60 milhões. A estatal não detalhou o que resultou nas perdas registradas no período, mas de janeiro a março, explicou que o resultado negativo foi por causa da redução das receitas de prestação de serviços, além de uma queda nos repasses de subvenções orçamentárias para pagamento de pessoal e do aumento dos custos e despesas no período.
A empresa vem de um sequência de prejuízo, uma vez que o resultado negativo também foi apresentado nos três primeiros meses do ano, no valor de R$ 83 milhões. A negativa também ocorreu no relatório financeiro do ano de 2023, quando registrou um prejuízo de R$ 127,35 milhões, embora tenha tido melhora de 26,8% frente à perda de R$ 168 milhões de 2022.
A Telebras reportou melhoria na geração de receita, finalizando o trimestre com R$ 99,8 milhões, o que representa resultados superiores a 26,8% em relação aos primeiros três meses de 2024. Entre abril e junho, os custos e despesas operacionais somaram R$ 157 milhões.
Resultados 2023
No ano passado, a receita da estatal somou R$ 470 milhões, mas previa receber mais pela prestação do Gesac, o serviço público de conexão por satélite a órgãos, escolas, postos de saúde e de fronteira em áreas remotas.
“A arrecadação foi impactada pela limitação financeira de clientes federais, especialmente o GESAC, não atingindo as expectativas”.
O faturamento bruto da Telebras foi de R$ 356,5 milhões em 2023, que vieram de serviços de comunicação multimídia, R$ 36,48 milhões do aluguel de capacidade no Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). O restante foi de aluguéis de ativos de rede (R$ 24,85 milhões), compartilhamento de receita com a Viasat (R$ 19,64 milhões), valor adicionado recebido do INSS e da Viasat por aplicativos (R$ 18 milhões), e outras receitas vindas do programa WiFi Brasil (R$ 14,59 milhões).
O EBITDA (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da Telebras ano passado foi de R$ 186 milhões, mas registrou R$ 253,54 milhões em depreciações e amortizações, além de perdas de R$ 59,95 milhões no resultado financeiro.
A Delta Air Lines está preparando disponibilizar wi-fi grátis em seus voos internacionais. A partir deste verão (do Hemisfério Norte), os clientes em determinados voos de longa distância em aeronaves equipadas com Viasat poderão desfrutar de internet. A conectividade será fornecida pela T-Mobile.
Atualmente, o serviço está disponível em 90% (quase 700 aeronaves) das rotas domésticas da companhia aérea nos Estados Unidos. A empresa quer atingir a meta de oferecer Wi-Fi grátis em toda a sua frota global.
O vice-presidente sênior de Design de Experiência do Cliente, Ranjan Goswami, conta que “A medida em que continuamos a implementar o wi-fi rápido e gratuito e as experiências de bordo que ele proporciona, podemos atender aos clientes que viajam tanto no mercado doméstico quanto no internacional de maneiras novas e imediatas”.
“A escala em que estamos levando wi-fi gratuito aos clientes é inigualável no setor aéreo, e é uma prova dos incríveis esforços das equipes da Delta em toda a empresa, que trabalharam habilmente em uma implementação extremamente complexa”.
De acordo com a empresa, inicialmente, o portal Wi-Fi internacional não exigirá um login SkyMiles. A meta é fazer a substituição para experiência Wi-Fi Delta Sync personalizada em todas as aeronaves equipadas com o sistema da Viasat.
Cronograma
Neste mês de agosto, a Delta Air Lines já começou a implementação do Wi-Fi grátis nas rotas dos países: Reino Unido, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália. Segundo o cronograma da empresa, os voos internacionais na América Latina passarão a contar com conectividade, incluindo os países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Atualmente, o Brasil recebe voos da companhia aérea de Atlanta (ATL) e de Nova York (JFK).
A empresa conta com um cronograma para início da implementação dos serviços nos voos, cujas rotas são equipadas com Viasat.
Agosto 2024: Reino Unido, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália
Setembro 2024: Islândia, Irlanda, Israel, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Grécia, Portugal, Suécia e Suíça
Outubro 2024: América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru), seguido de Havaí
Dezembro 2024/Janeiro 2025: Nigéria, Gana e Senegal
Da metade ao fim de 2025: Região Transpacífica (incluindo Ásia, Austrália e Nova Zelândia) e África do Sul
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está trabalhando com duas agendas para tratar da situação de cabos submarinos no país. O tema é discutido após a polêmica envolvendo a construção da usina na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE). Uma das agendas se trata da elaboração de regulamentação das praias que poderão receber cabos submarinos.
A informação foi dada pelo superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, que revelou que também está sendo estudado a desconcentração desses cabos submarinos. “Estamos criando requisitos, como por exemplo, qual o tipo de edificação poderá existir nas praias que poderão receber essa infraestrutura crítica“, afirmou ele.
“Estamos fazendo um trabalho de reflexão para a desconcentração dos cabos submarinos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem dois cabos chegando em cada estado. Não devem existir todos os cabos em um único local”, afirmou Borges.
A Anatel trabalha nos estudos em parceria com a SPU – Secretaria do Patrimônio da União- do Ministério da Gestão, órgão responsável por regular e cuidar das praias e demais patrimônios públicos. Atualmente, os cabos submarinos que passam por Fortaleza, alguns têm até mais de 20 anos, não precisaram de licenças para serem instalados. A intenção, contudo, é organizar melhor toda essa infraestrutura, não precisaram de licenças para aportar lá.
“Essas propostas estão associadas também à gestão de riscos, de maneira a minimizar os associados aos cabos de aportarem no mesmo lugar”, indicou Borges.
Testes
O general Alan Denilson Lima, do Comando de Defesa Cibernética, informou que entre 14 e 18 de outubro, serão feitas simulações de problemas com cabos submarinos. O intuito é testar a capacidade de reação dos órgãos quando um problema assim acontecer – se acontecer.
“Vamos simular um gabinete de crise vai exigir a ação de órgãos e empresas, para responder: se acontecer um problema em cabo submarino, como vamos reagir a isso? Quais órgãos têm responsabilidade? Como comunicar à sociedade? Como responder ao incidente? Tudo isso será trabalhado”, explicou.
O teste será parte do sexto Exercício Guardião Cibernético, coordenado por Escola Superior de Defesa, Comando Conjunto de Defesa Cibernética e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A Anatel, assim como as operadoras de telecomunicações, irão participar da simulação. Na edição de 2023, houve 520 participantes, mas não houve teste de cabos submarinos.