21/07/2024
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TIM deve ter mais ‘espaço’ com novos rumos da Telecom Italia, diz presidente

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O presidente da TIM Brasil, Alberto Griselli, declarou nesta quinta-feira que a venda da infraestrutura física da Telecom Itália, que é a controladora da TIM Brasil, pode proporcionar recursos adicionais que impulsionarão os investimentos da empresa no Brasil.

Atualmente, a TIM Brasil é a principal fonte de receita para a Telecom Itália, contribuindo com aproximadamente 35% do lucro operacional do grupo italiano, medido antes da dedução de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Este valor destaca a a TIM Brasil para a Telecom Itália e sugere que qualquer incremento nos investimentos pode ter um impacto significativo tanto para a operação no Brasil quanto para o grupo como um todo.

Durante um evento internacional sobre inovação e tecnologia realizado no Rio de Janeiro, Griselli declarou à agência de notícias Reuters que o Brasil é a prioridade principal do grupo, referindo-se ao país como a “joia da coroa”. Ele explicou que atualmente, o Brasil representa mais de um terço do Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo, e ressaltou que essa participação está prevista para crescer ainda mais.

No final de maio, a empresa de investimentos dos Estados Unidos, KKR, recebeu aprovação completa da União Europeia para adquirir a rede de telefonia fixa da Telecom Italia. Este negócio está avaliado em 22 bilhões de euros. A compra foi autorizada sem restrições, o que significa que a KKR pode proceder com a transação conforme planejado.

Sobre o impacto da aquisição, Griselli comentou que, com a operação da KKR, os 35% que a TIM representa no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Telecom Italia provavelmente terão um papel mais significativo na nova estrutura da empresa. Essa mudança indica que a transação pode reconfigurar a dinâmica operacional e financeira da Telecom Italia de forma positiva.

A TIM investe aproximadamente 4,5 bilhões de reais anualmente no Brasil. Recentemente, foi discutido que uma eventual redução da dívida da controladora da TIM poderia liberar mais recursos para investimentos da empresa no país.

Segundo Griselli, a venda de ativos no exterior pela nossa controladora reduz sua alavancagem financeira. Isso nos proporciona maior flexibilidade na estrutura de capital aqui no Brasil, permitindo-nos maior margem de manobra para investimentos.

“A venda lá fora da rede faz nosso controlador se desalavancar; na medida que eles se desalavancam nós temos mais flexibilidade na estrutura de capital aqui e, assim, mais margem de manobra”.

Atualmente, a TIM já oferece cobertura 5G em 322 cidades brasileiras. No entanto, o executivo não mencionou uma previsão específica de quando a tecnologia 5G estará disponível em todo o território nacional.

Anatel defende caminho brasileiro na regulação digital

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O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que o Estado brasileiro precisa encontrar o seu próprio modelo de regulação sobre o ecossistema digital, no qual sejam definidos os parâmetros da soberania nacional nesse ambiente.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados.

“Nós temos realidades diferentes de outros países e precisamos encontrar o caminho brasileiro”, disse durante a abertura do painel “Avanço Sobre os Serviços Convencionais e Modelos Regulatórios Pró-Inovação”, realizado nessa quarta-feira (12/6) no âmbito do seminário “Novos Desafios Regulatórios do Ecossistema Digital”, promovido pela Comissão de Comunicação (CCom) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). 

Baigorri reafirmou a prontidão da Anatel em contribuir para o debate sobre o marco regulatório das mídias sociais. Ele destacou que a Agência está disponível para discutir como o Estado Brasileiro deve reposicionar-se em relação ao ambiente digital para garantir os valores constitucionais.

Segundo Baigorri, esses valores incluem a defesa da cidadania e da democracia, o combate ao anonimato, e a promoção de uma sociedade mais justa, igualitária e saudável. Ele enfatizou a importância de um ambiente digital livre de mentiras, violência e agressões, para assegurar que esses princípios sejam mantidos e reforçados.

“A Anatel está à disposição para debater como o Estado Brasileiro deve se reposicionar em relação ao ambiente digital para fazer valer os valores que estão na nossa Constituição, de defesa da cidadania e da democracia, o combate ao anonimato e garantir que a gente possa ter uma sociedade cada vez mais justa, mais igualitária e mais saudável, livre de mentiras, livre de violência e livre de agressões no ambiente digital”.

O seminário tinha como objetivo discutir uma série de temas relevantes, incluindo o poder de mercado, a expansão dos serviços digitais em relação aos serviços tradicionais, a liberdade de expressão, o anonimato no ambiente digital e as propostas em tramitação no legislativo para regulamentar esses assuntos.

A deputada Dani Cunha, que foi a responsável por solicitar a realização do evento, ressaltou a importância do seminário para a criação de uma estrutura regulatória moderna e eficaz. Segundo a deputada, “nos últimos quatro anos, a ausência de regulamentação das redes no Brasil resultou em uma perda de mais de R$ 200 bilhões em receita”.

Com essas discussões, espera-se que o seminário contribua para a formulação de políticas e regulamentações que possam equilibrar o crescimento e a inovação no setor digital com a necessidade de proteção dos direitos dos usuários e a garantia de um mercado justo e competitivo.

A criação desse arcabouço regulatório visa também evitar prejuízos econômicos significativos decorrentes da falta de regras claras e adequadas para o setor.

O professor Alexandre Veronese, da Universidade de Brasília (UnB), sugeriu que o Brasil deveria considerar a criação de um modelo regulatório voltado para o futuro. Em sua argumentação, ele destacou as diferenças entre os modelos regulatórios da Europa e dos Estados Unidos.

Na Europa, existe um único modelo regulatório unificado, enquanto nos Estados Unidos, há dois modelos distintos: um aplicado em Washington e outro específico para o Vale do Silício. Veronese acredita que o Brasil pode se inspirar nessas abordagens internacionais para desenvolver um sistema regulatório que atenda melhor às necessidades futuras do país.

Telebras não deixará de ser estatal, afirma presidente da companhia

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A Telebras lançou recentemente um Request For Information (RFI) para explorar parcerias com o setor privado. O presidente da empresa, Frederico Siqueira, mencionou que consideram propostas, incluindo a possibilidade de uma joint-venture onde o parceiro privado teria até 49% do capital. Isso levantou especulações sobre uma potencial privatização da estatal.

O ministro Siqueira negou que haja planos de privatização da Telebras. Ele explicou que, caso uma joint-venture seja estabelecida (um outro modelo também está sendo considerado), essa parceria será criada especificamente para operar em áreas onde a estatal atualmente não atua. Em outras palavras, o capital privado não entrará diretamente na Telebras, mas sim em uma nova empresa na qual terá uma participação de 49%.

Siqueira enfatizou que o objetivo é aumentar a rentabilidade da estatal. Além disso, afirmou que, se a joint-venture for criada, a preferência que a Telebras tem na oferta de serviços para o Governo Federal será exclusiva da própria Telebras, e não poderá ser transferida legalmente para a nova entidade privada.

Essas medidas visam explorar novas oportunidades de negócio sem comprometer o controle estatal sobre as operações essenciais da Telebras.

“A Telebras é a única que tem preferência para prestar serviços ao governo e vai permanecer como tal”.

Ele afirmou que, caso essa parceria se concretize, a empresa planeja entrar no mercado privado para aproveitar melhor sua extensa infraestrutura de banda larga, que atualmente está sendo utilizada aquém de seu potencial máximo.

Siqueira ainda afirmou que atualmente, a Telebras está impedida de oferecer serviços ao mercado privado, mas uma nova empresa formada não enfrentaria essas restrições legais. Essa afirmação foi feita para destacar que a consulta pública foi iniciada com um prazo de 90 dias, permitindo ao setor privado analisar diversas opções para essa parceria com mais cuidado.

Em relação à participação da Telebras, ela poderia contribuir com 51% dessa nova entidade, principalmente com seu ativo de mais de 30 mil quilômetros de infraestrutura de fibra óptica.

No documento submetido para consulta pública do Relatório de Impacto à Regulação (RFI), a empresa menciona uma alternativa de parceria que envolve a criação de uma estrutura baseada nos princípios da economia compartilhada.

Nesse modelo, diferentes organizações compartilham recursos humanos e infraestruturas para realizar conjuntamente atividades como criação, produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Essa abordagem visa otimizar o uso de recursos, reduzir custos e fomentar a colaboração entre as partes envolvidas.

Samsung, Meta, Amazon e Qualcomm estudam parceria comercial

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A Samsung anunciou nesta quinta-feira (13) que se reuniu com os líderes da Meta, Amazon e Qualcomm para discutir uma possível parceria. O foco dessa colaboração estaria em três áreas de grande destaque no mercado atual: inteligência artificial (IA), serviços em nuvem e chips.

Segundo informações da Reuters, essas reuniões não são inéditas, tendo ocorrido anteriormente, inclusive na residência de Mark Zuckerberg.

A Samsung discutiu cooperações com Meta, Amazon e Qualcomm, focando nas especialidades de cada empresa. Jay Y. Lee, presidente da Samsung, liderou os encontros. Com a Meta, a discussão incluiu inteligência artificial e realidade virtual.

Com Amazon e Qualcomm, a cooperação visa avançar nos semicondutores, incluindo chips de memória para data centers, serviços em nuvem e processadores móveis. A Samsung planeja uma reunião estratégica no final de junho para anunciar os resultados das discussões e detalhar a cooperação com essas empresas americanas.

A Samsung está buscando importantes parcerias após perder terreno para concorrentes na fabricação de chips, especialmente na área de memória avançada para IA. Apesar do recente anúncio de colaboração, a Samsung já trabalha com essas empresas há algum tempo.

A Amazon, por exemplo, é um cliente importante da Samsung em chips e colabora com a empresa em TVs, dispositivos móveis e conteúdo. Além disso, os smartphones de última geração da Samsung utilizam processadores móveis Snapdragon da Qualcomm, e as duas empresas expandiram recentemente sua parceria para incluir PCs com capacidade para IA.

A Meta utiliza chips da Samsung em produtos como o headset Gear VR e smartphones dobráveis, sendo também cliente da empresa sul-coreana nessa área.

Max está com oferta de 50% para novos e antigos clientes; confira agora

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A assinatura anual da Max está com um desconto de 50%. O plano pode ser parcelado em até 12 vezes, com valores a partir de R$ 14,95. A plataforma atualizou a oferta recentemente e promete que essa ação será mais abrangente. Entenda mais detalhes abaixo.

Embora o streaming tenha anunciado aumento lá nos Estado Unidos recentemente, veja detalhes aqui, aqui no Brasil lançou essa promoção especial que vai afetar tanto os novos assinantes quanto os antigos.

Como funciona a nova oferta da Max

As ofertas são válidas de 13 de junho de 2024 a 1º de julho de 2024. Elas estão disponíveis para novos e antigos clientes por meio do site max.com, bem como através dos seguintes provedores de assinatura participantes: Apple, Google Play e Roku.

Segundo a companhia a proposta é que os clientes elegíveis da Max possam economizar 50% ao assinarem um dos seguintes planos anuais com esta oferta especial:

  1. Plano Anual Básico com Anúncios: Disponível por R$179,40 ao ano, pago em 12 parcelas mensais de R$14,45 durante o primeiro ano.
  2. Plano Anual Standard: Disponível por R$239,40 ao ano, pago em 12 parcelas mensais de R$19,95 durante o primeiro ano.
  3. Plano Anual Platinum: Disponível por R$335,40 ao ano, pago em 12 parcelas mensais de R$27,95 durante o primeiro ano.

Informações importantes

Após o período promocional, a assinatura será renovada automaticamente a cada ano pelo preço anual vigente, sem desconto promocional. Os preços atuais são:

  1. Plano Básico com Anúncios: R$226,80/ano (12 parcelas de R$18,90/mês)
  2. Plano Standard: R$358,80/ano (12 parcelas de R$29,90/mês)
  3. Plano Platinum: R$478,80/ano (12 parcelas de R$39,90/mês)

A renovação é automática, a menos que seja cancelada. Para cancelar, acesse “Assinatura” na sua conta Max.

A companhia também explica que mudanças de plano durante o período promocional podem anular benefícios e descontos do plano atual, sem reembolso ou crédito por anos parciais.

Essas ofertas são válidas apenas no Brasil, podem ser resgatadas uma vez e não são cumulativas com outras promoções ou testes gratuitos.

SKY venderá os serviços de internet por satélite da Amazon no Brasil

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Nesta quinta-feira (03), a Vrio, grupo dono das marcas SKY e DirecTV, fechou uma parceria com a Amazon para que seja a responsável pela comercialização do serviço de internet via satélite do Projeto Kuiper na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Peru, Equador e Colômbia por meio da DIRECTV Latin America e da SKY Brasil.

No Brasil, a SKY ficará responsável pelas vendas de antenas, cobrar o serviço em reais e prestar atendimento aos clientes. O serviço fará concorrência com empresas como Starlink, Telebras, Claro, Oi, Vivo e Viasat. O foco também é levar conectividade especialmente para áreas remotas do país, como a Amazônia.

“Nós do Projeto Kuiper visitamos comunidades remotas com dificuldades de se conectar à internet, e pudemos presenciar a importância da conectividade na qualidade de vida das pessoas, e das muitas oportunidades que essa ferramenta pode criar”, disse Bruno Henriques, líder de Desenvolvimento de Negócios Latam para o Projeto Kuiper da Amazon, em nota.

De modo geral, o acordo trará novas opções de conectividade à Internet de alta velocidade e a preços acessíveis, para uma área com uma população total de aproximadamente 383 milhões de pessoas. Inclusive, para os cerca de 200 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à internet, de acordo com o Banco Mundial.

Dario Werthein, presidente da Vrio Corp, afirmou: “Levaremos o serviço de internet por satélite da Amazon a milhões de pessoas, que será mais acessível que o da concorrência, com melhor qualidade e estabilidade e alta velocidade“.

“Estamos preocupados em reduzir a lacuna tecnológica e, mais ainda, a exclusão digital para nossas futuras gerações. E o momento é agora”, destacou Werthein.

A Amazon ainda está na fase de lançamentos dos satélites Projeto Kuiper, que inclusive, recentemente testou dois protótipos de satélites como parte de sua bem-sucedida missão Protoflight e começará a implantar sua constelação de satélites nos próximos meses. A expectativa é que ocorra as demonstrações de serviços com a Vrio e outros clientes selecionados ainda este ano, mas a venda ao público em geral deve começar no segundo trimestre de 2025.

A rede do Kuiper terá 3.326 satélites e estará disponível em todos os cantos do Brasil, sem impedimentos geográficos, e também na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Os primeiros satélites do projeto foram lançados em outubro de 2023.

Ligga quer expandir seu serviço 5G por meio de modelo de parceria com ISPs

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Nesta quarta-feira (12), durante o Encontro Nacional Abrint 2024, a Ligga Telecom anunciou que seus planos para expandir a infraestrutura 5G e ofertar o serviço móvel junto a tecnologia FWA em todos os territórios nos quais detém frequência da rede de última geração. Ou seja, na região Norte e nos estados de São Paulo e Paraná. A empresa falou sobre um modelo de parcerias com os provedores de serviços de internet (ISPs).

Rafael Marquez, CRO da Ligga, em conversa com o Teletime, informou que a operação no Norte será por meio de parceiros, onde irá passar o direito de uso do espectro em troca do cumprimento das obrigações regulatórias de cobertura e revenue share. “Nós atuamos como um viabilizador do modelo de exploração dos parceiros“, resumiu Marquez.

No evento, foi explicado que o modelo já começou na região pelo “Amazônia 5G”, mas que será estendido para os territórios paulista e paranaense. No caso, a Ligga Telecom vai disponibilizar a sua rede a duas empresas autorizadas chamadas “ISP Telecom”, uma ficará responsável pela operadora no Norte e a outra nos outros dois estados. Elas poderão credenciar ISPs para atuar como MVNOs.

No momento, o projeto já conta com cerca de 50 provedores participantes. No entanto, a Ligga Telecom destaca que eles não irão lançar planos de telefonia móvel. Os prestadores podem se associar a ISP Telecom para disponibilizar infraestrutura, colaborando com a expansão da rede da operadora e com o cumprimento das obrigações previstas no edital do 5G.

Conforme as obrigações, a Ligga precisa instalar mais de 900 estações rádio base (ERBs) e ativar o 5G em várias cidades com menos de 30 mil habitantes até 2026: 313 municípios na região Norte, 360 no Paraná e 464 em São Paulo.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Institucionais da Ligga, Vitor Menezes, contou que o modelo foi criado com base em uma permissão regulatória prevista pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), onde as obrigações previstas no edital 5G podem ser cumpridas por meio de terceiros.

“Nesse modelo, nós garantimos o atendimento das metas da Anatel e ao mesmo tempo ajudamos os provedores regionais da região Norte a entrarem no mercado móvel, ganhando um diferencial competitivo e reduzindo o churn, além de novas receitas”, diz Menezes.

“Estabelecer uma operação desse porte do zero vai levar muito tempo para alcançar o mercado. Por isso, acreditamos muito em parcerias e que os provedores que já estão lá possam fazer essa ativação do 5G”, ressaltou. “As obrigações só começam em 2026, mas tenho a expectativa de que vamos fazer boa parte delas antes. O ISP não vai querer esperar dois anos [para ter o serviço celular]”, acrescentou.

Segundo Menezes, o modelo de MVNO da Ligga será diferente do tradicional do mercado, sem se basear em pacote de minutos e de megabits. “A nossa ideia é que seja um modelo de colaboração. O que a gente quer é dar flexibilidade para eles (ISPs) não ficarem só na compra de dados no atacado“, diz o executivo.

Anatel e Aliança para Internet Aberta falam sobre o ‘fair share’ durante evento

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O “Fair Share” continua no centro das discussões no mercado, se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidir pela implementação da taxa para grandes empresas que geram tráfego na rede, não vai considerar se se trata de uma cobrança justa ou injusta, segundo afirma o assessor da presidência do órgão regulador, Mozart Tenório.

Crédito: TeleSíntese

O assessor discursou sobre o assunto em painel do Encontro Nacional Abrint, em São Paulo, nesta quarta-feira (12). “A Anatel não vai se debruçar sobre se isso é justo ou injusto. A nossa missão é zelar pela rede de telecomunicações do Brasil, que precisa ter qualidade e chegar ao consumidor de forma acessível”, destacou.

“O que aconteceu é que alguém acendeu uma luz amarela indicando que isso [a sustentabilidade das redes] pode ser ameaçado. Isso é gravíssimo do ponto de vista da Anatel”, salientou.

De qualquer forma, cabe à Anatel avaliar se é necessário interferir no mercado de uso das redes de telecomunicações pela big techs. “Se não for identificada falha de mercado, o processo encerra. Se for, há o início de uma confecção de regulamento, que vai à consulta pública. Primeiro, precisamos entender se é necessário”, reforçou Tenório.

O assessor explicou que a agência vai tomar uma decisão sem pressa, uma vez que não definiu um prazo para concluir a análise da eventual implementação do fair share. “Isso vai ser feito de forma muito serene, sem nenhuma pressa. Depois que se toma uma decisão desse tipo, é muito difícil voltar atrás. Só vamos tomar essa decisão quando estivermos muito seguros dela”, pontuou.

Aliança para Internet Aberta

Durante o evento, o diretor executivo da Aliança para Internet Aberta e ex-deputado federal, Alessandro Molon, se posicionou contra o fair share, afirmando que é um erro e um risco à economia brasileira. Isto porque, pode provocar a evasão das plataformas digitais dos aplicativos das empresas de tecnologia do país.

O executivo representa o grupo que tem Abert, Abrint, Abes e grandes empresas como Meta, Netflix e Mercado Livre. Ele citou que há três pontos das operadoras que defendem a taxação que não fazem sentido:

  • Risco de gargalo de tráfego e a Internet acabar. Não é possível, pois o crescimento do consumo da web é sustentável;
  • As três grandes operadoras do setor (Claro, TIM e Vivo) estão com resultados positivos e são boas opções de investimento com grande retorno e dividendos;
  • Provedores de serviços (como Google, Meta e Netflix) investem em infraestrutura, vide CDNs, cabos submarinos e datacenters.

Telebras ingressa em programa para levar conexão para escolas públicas

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O Ministério das Comunicações (MCom) formalizou um acordo com o Gape para que a Telebras possa fornecer o serviço de internet para as escolas públicas por meio do programa GESAC. De acordo com o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, esse é o último passo para acelerar a conexão das Escolas, dentro do programa de conectividade com os recursos do leilão do 5G.

Ele explica que há apenas 177 unidades iluminadas, depois de quase dois anos de atuação do programa. Segundo ele, os dois grandes entraves que existiam para o programa deslanchar já foram resolvidos:

O principal era a formalização da Telebrás como fornecedora dos links de satélites de forma complementar à fibra óptica. Na Conexão nas Escolas há um decreto que criou uma política estabelecendo que a teologia preferencial de conectividade para as escolas seria a fibra óptica.

Com isso, Tercius explica que o programa poderá seguir em frente de forma mais célere, já que não será necessário a realização de uma licitação específica para a contratação dos pontos satelitais. “Assim que for concluída a oferta das conexões por fibra óptica, a Telebrás passa a oferecer a conectividade não atendida nos lotes abertos”, disse Tercius, durante o Congresso Abrint.

O secretário de Telecomunicações explicou na (Reques RFP t for Proposal) que está na rua, para a conexão de mais cinco mil escolas públicas, logo após se conhecer o número de escolas que serão atendidas pela fibra óptica, a Telebras assumirá os demais pontos.

“O RFP está com cinco mil escolas para serem conectadas, se a fibra chegar em mil escolas, as outras quatro mil serão conectadas pela Telebras”, afirmou.

Para Tercius, a Telebras tem capacidade organizacional para atender ao programa, e também terá capacidade satelital. Ele explicou que a estatal contará com diversos parceiros privados, uma vez que conseguiu contratar insumo por iniciativa privada e conseguiu aumentar sua capacidade de oferta.

O outro entrave resolvido se trata dos investimentos que foram feitos pelas operadoras de telecomunicações através de renúncia fiscal. Segundo a lei do Fust, as empresas poderão deixar de depositar 50% dos valores ao fundo de Universalização em troca de investir no setor. No entanto, a presença do governo é que esses investimentos sejam direcionados para o programa Conexão nas Escolas.

Entretanto, a operacionalização estava parada, pois era necessário um agente financeiro, mas o BNDES não quis assumir o papel. Para isso, foi publicado um novo decreto para resolver a situação.

Sem acordo! Paramount Global rejeita oferta da Skydance

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Após mais de seis meses de negociações, não haverá mais a fusão entre a Paramount Global e Skydance Media. Shari Redstone, dona da National Amusements Inc. (NAI), que controla a Paramount, não concordou com os termos apresentados para a compra. A executiva confirmou à Variety que não houve acordo entre as partes.

Redstone é o acionista controlador da Paramount Global através da National Amusements Inc., que possui 77% das ações com direito a voto da Paramount. O comitê especial do conselho de administração da empresa também confirmou que a NAI encerrou a discussão.

Em um comunicado, o NAI de Redstone disse: “A National Amusements, Inc., o acionista majoritário com direito a voto da Paramount Global, anunciou hoje que não foi capaz de chegar a termos mutuamente aceitáveis ​​​​em relação à potencial transação com a Skydance Media para a aquisição de uma participação controladora no NAI“.

“A National Amusements agradece à Skydance pelos meses de trabalho na busca dessa transação potencial e anseia pela continuação da colaboração bem-sucedida entre a Paramount e a Skydanc”, completa.

O motivo da divergência entre as empresas não ficou claro. Um representante da Skydance Media não quis comentar. A decisão da NAI de encerrar as negociações com a Skydance foi relatada pela primeira vez pelo Wall Street Journal.

O acordo original entre as empresas previa US$ 2 bilhões para a Redstone, sendo que a Skydance compraria cerca de 50% das ações de classe B por US$ 15 cada, somando US$ 4,5 bilhões. Além disso, a compradora, junto da RedBird, contribuiria com US$ 1,5 bilhão em dinheiro para o balanço da Paramount, a fim de reduzir dívidas.

O fim das negociações deixa a entender que a Paramount pode estar considerando a proposta conjunta feita pela Sony e Apollo, de US$ 26 bilhões em dinheiro (aproximadamente R$ 126 bilhões).

Além disso, vale lembrar que no meio dessas propostas e negociações, houve mudanças no comando da Paramount Global, onde Bob Bakish deixou de ser CEO e que foi substituído por um Gabinete do CEO, composto por três membros: George Cheeks, Chris McCarthy e Brian Robbins. A nova liderança, inclusive, apresentou há algumas semanas uma estratégia para reduzir a dívida, que não previa a entrada de novos acionistas.