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4,5G em 26 localidades e estudo de compartilhamento de rede com Vivo e TIM para aumentar 4G foram mencionados pela Oi durante evento. |
Em coletiva de imprensa realizada na última semana, no interior de São Paulo, a Oi revelou que lançará uma espécie de 4,5G em 26 localidades neste ano, conforme o Minha Operadora publicou na matéria “Claro ou Vivo: afinal, quem oferece o 4,5G no Brasil?”
A conversa teve início em uma sessão de perguntas, quando o diretor comercial da Oi, Bernardo Winik, falou sobre a cobertura 4G da operadora em relação às concorrentes e sobre o refarming do 1.8 MHz, faixa com investimento já aprovado e que promete uma melhor experiência de uso e navegação no celular de seus clientes.
“A cobertura 4G de fato a gente tem em menor número de cidades, mas na hora que você olha a população coberta, estamos em 73%. Em relação à concorrência, esse gap em termos de população coberta é bem menor do que o número total de cidades”, explicou Winik. Apesar de não atualizar seu site com a lista completa, a
operadora terminou o ano de 2017 com
813 municípios cobertos pelo 4G.
Em 2018, a região Nordeste será a grande beneficiada pelo refarming que a Oi está fazendo e que, segundo o executivo, já trouxe números que comprovam a “fantástica experiência de uso”.
Conforme a Anatel explicou ao Minha Operadora, o refarming é o processo no qual a operadora migra os equipamentos de uma determinada faixa de frequência (que já estava em operação) para versões mais recentes.
O diretor de produtos e mobilidade e conteúdo da Oi, Roberto Guenzburguer, contou o porquê da Oi priorizar a faixa de 1.8 MHz e não os 700 MHz (vindo do desligamento da TV analógica), como muitas operadoras estão fazendo agora.
“Para as grandes cidades, o 1.8, ou seja, a utilização da frequência do 2G para fazer o refarming do 4G, é muito mais adequada do que a do 700, porque o 700 acaba gerando problemas de interferência e piorando a experiência de uso do cliente, porque é uma frequência muito baixa que acaba indo muito longe e aí gera interferência”, conta.
“Então o 700 MHz é adequado para cobertura em estradas e cidades muito pequenas. Para as grandes cidades, o 1.8 é fundamental. E a gente tem uma vantagem competitiva porque no Nordeste, onde temos uma penetração muito grande, a frequência de 1.8 também é grande e é onde estamos iniciando nosso projeto de refarming”.
Guenzburguer conta que a Oi já fez um piloto desse 4,5G em três cidades, onde o 1.8 está funcionando e a cobertura indoor aumentou em 50%. A implantação atual inclui Fortaleza, onde o refarming de toda a grande Fortaleza estará pronto até julho deste ano, e Salvador, que deve ter a cobertura completa neste segundo trimestre.
Até o final de 2018, a Oi promete que a tecnologia LTE Advanced, utilizando o refarming de 1.8, chegará em 26 localidades. São elas: Salvador, Fortaleza, São Luis, Recife, Natal, João Pessoa, Palmas, Belém, Ipatinga (MG), Campina Grande (PB) e outras áreas metropolitanas.
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Sobre a dúvida se o
4,5G é exclusivo da Claro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) explicou que não se trata de uma exclusividade, já que a diferença do LTE Advanced em relação ao LTE é a possibilidade de agregação de portadoras, ou seja, a possibilidade de utilizar mais uma portadora (em diferentes faixas de frequências), o que aumenta a largura da faixa de radiofrequências utilizada na comunicação, aumentando consequentemente a velocidade máxima teórica.
Mas a
Claro explicou que utiliza funcionalidades de última geração – conhecidas como MIMO 4×4 e modulação 256QAM – para aumentar em até
10 vezes mais a velocidade da rede. Apesar de funcionar apenas nos aparelhos mais avançados, é de fato uma velocidade superior que pode ser usada, hoje, em
150 cidades, 19 capitais brasileiras.
A Vivo, através do que chama de 4G+, diz que o recurso de agregação de frequências na companhia já é destinado a 316 municípios no Brasil.
Expansão do 4G
Em várias matérias sobre o
evento da Oi, comentamos sobre o investimento que a operadora promete para este ano. Atualmente com patamar de R$ 5,5 bilhões – valor que vai crescer após o aumento de capital –, a empresa usará os recursos para expandir o FTTH, sua transformação digital e o 4G.
Desse total, pelo menos 50% será destinado ao 4G, incluindo o projeto de melhoria de sinal nas 26 localidades onde já existe a cobertura de quarta geração.
Sobre o compartilhamento de rede 4G –
assim como o que fechou com a TIM neste ano -, o diretor comercial da Oi afirmou que a empresa está conversando com a TIM e com a Vivo sobre o assunto, mas não há nada novo para ser anunciado.
“É uma possibilidade que a Oi está estudando”, diz.
Questionado sobre o próximo leilão de 4G – uma vez que a Oi não participou do que houve em 2014 –, ele afirmou que a companhia só vai olhar para o assunto quando o leilão de fato acontecer.
“Para melhorar a cobertura 4G a gente não precisa da faixa de 700. Não sabemos as condições desse leilão, então quando chegar o momento a gente vai ter que olhar”, finaliza.
5G
Por fim, ao falar sobre a internet móvel de quinta geração, o 5G, a Oi explica que a tecnologia deve começar a ser trabalhada pela operadora daqui a três anos para frente.
O foco agora é o 4,5G, que, segundo a companhia, se tornará um padrão nas redes das operadoras nos próximos anos.