21/11/2024

Veja tudo o que a Oi revelou sobre sua cobertura 4G e 4,5G para 2018

4,5G em 26 localidades e estudo de compartilhamento de rede com Vivo e TIM para aumentar 4G foram mencionados pela Oi durante evento.

Em coletiva de imprensa realizada na última semana, no interior de São Paulo, a Oi revelou que lançará uma espécie de 4,5G em 26 localidades neste ano, conforme o Minha Operadora publicou na matéria Claro ou Vivo: afinal, quem oferece o 4,5G no Brasil?


A conversa teve início em uma sessão de perguntas, quando o diretor comercial da Oi, Bernardo Winik, falou sobre a cobertura 4G da operadora em relação às concorrentes e sobre o refarming do 1.8 MHz, faixa com investimento já aprovado e que promete uma melhor experiência de uso e navegação no celular de seus clientes.



“A cobertura 4G de fato a gente tem em menor número de cidades, mas na hora que você olha a população coberta, estamos em 73%. Em relação à concorrência, esse gap em termos de população coberta é bem menor do que o número total de cidades”, explicou Winik. Apesar de não atualizar seu site com a lista completa, a operadora terminou o ano de 2017 com 813 municípios cobertos pelo 4G.
Em 2018, a região Nordeste será a grande beneficiada pelo refarming que a Oi está fazendo e que, segundo o executivo, já trouxe números que comprovam a “fantástica experiência de uso”. Conforme a Anatel explicou ao Minha Operadora, o refarming é o processo no qual a operadora migra os equipamentos de uma determinada faixa de frequência (que já estava em operação) para versões mais recentes.
O diretor de produtos e mobilidade e conteúdo da Oi, Roberto Guenzburguer, contou o porquê da Oi priorizar a faixa de 1.8 MHz e não os 700 MHz (vindo do desligamento da TV analógica), como muitas operadoras estão fazendo agora.
“Para as grandes cidades, o 1.8, ou seja, a utilização da frequência do 2G para fazer o refarming do 4G, é muito mais adequada do que a do 700, porque o 700 acaba gerando problemas de interferência e piorando a experiência de uso do cliente, porque é uma frequência muito baixa que acaba indo muito longe e aí gera interferência”, conta. 
“Então o 700 MHz é adequado para cobertura em estradas e cidades muito pequenas. Para as grandes cidades, o 1.8 é fundamental. E a gente tem uma vantagem competitiva porque no Nordeste, onde temos uma penetração muito grande, a frequência de 1.8 também é grande e é onde estamos iniciando nosso projeto de refarming”.
Guenzburguer conta que a Oi já fez um piloto desse 4,5G em três cidades, onde o 1.8 está funcionando e a cobertura indoor aumentou em 50%. A implantação atual inclui Fortaleza, onde o refarming de toda a grande Fortaleza estará pronto até julho deste ano, e Salvador, que deve ter a cobertura completa neste segundo trimestre.
Até o final de 2018, a Oi promete que a tecnologia LTE Advanced, utilizando o refarming de 1.8, chegará em 26 localidades. São elas: Salvador, Fortaleza, São Luis, Recife, Natal, João Pessoa, Palmas, Belém, Ipatinga (MG), Campina Grande (PB) e outras áreas metropolitanas.

LEIA TAMBÉM:
Sobre a dúvida se o 4,5G é exclusivo da Claro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) explicou que não se trata de uma exclusividade, já que a diferença do LTE Advanced em relação ao LTE é a possibilidade de agregação de portadoras, ou seja, a possibilidade de utilizar mais uma portadora (em diferentes faixas de frequências), o que aumenta a largura da faixa de radiofrequências utilizada na comunicação, aumentando consequentemente a velocidade máxima teórica. 
Mas a Claro explicou que utiliza funcionalidades de última geração – conhecidas como MIMO 4×4 e modulação 256QAM – para aumentar em até 10 vezes mais a velocidade da rede. Apesar de funcionar apenas nos aparelhos mais avançados, é de fato uma velocidade superior que pode ser usada, hoje, em 150 cidades, 19 capitais brasileiras.

A Vivo, através do que chama de 4G+, diz que o recurso de agregação de frequências na companhia já é destinado a 316 municípios no Brasil.

Expansão do 4G

Em várias matérias sobre o evento da Oi, comentamos sobre o investimento que a operadora promete para este ano. Atualmente com patamar de R$ 5,5 bilhões – valor que vai crescer após o aumento de capital –, a empresa usará os recursos para expandir o FTTH, sua transformação digital e o 4G.
Desse total, pelo menos 50% será destinado ao 4G, incluindo o projeto de melhoria de sinal nas 26 localidades onde já existe a cobertura de quarta geração.
Sobre o compartilhamento de rede 4G – assim como o que fechou com a TIM neste ano -, o diretor comercial da Oi afirmou que a empresa está conversando com a TIM e com a Vivo sobre o assunto, mas não há nada novo para ser anunciado. “É uma possibilidade que a Oi está estudando”, diz.
Questionado sobre o próximo leilão de 4G – uma vez que a Oi não participou do que houve em 2014 –, ele afirmou que a companhia só vai olhar para o assunto quando o leilão de fato acontecer.
“Para melhorar a cobertura 4G a gente não precisa da faixa de 700. Não sabemos as condições desse leilão, então quando chegar o momento a gente vai ter que olhar”, finaliza.

5G

Por fim, ao falar sobre a internet móvel de quinta geração, o 5G, a Oi explica que a tecnologia deve começar a ser trabalhada pela operadora daqui a três anos para frente.

O foco agora é o 4,5G, que, segundo a companhia, se tornará um padrão nas redes das operadoras nos próximos anos.

10 COMENTÁRIOS

Se inscrever
Notificar de
guest
10 Comentários
Mais antigo
Mais recente Mais Votados
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários