Apenas no 2º trimestre, lucro líquido foi de R$ 3,2 bilhões, resultado influenciado pelo EBITDA maior e pelo aumento da receita móvel e de fibra. |
A Vivo, por meio da Telefônica Brasil, acumulou um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre do ano, conforme mostra o balanço financeiro e operacional do 2º trimestre, divulgado pela operadora nesta quarta-feira (25). Nos três primeiros meses do ano, o lucro havia sido de R$ 1 bilhão. Já nos três meses seguintes, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, um crescimento de 263% em um ano.
O resultado é reflexo principalmente do aumento do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia. No segundo trimestre do ano, o crescimento do EBITDA foi de 5,8%, totalizado R$ 3,7 bilhões. A margem aumentou e foi a 34,5%.
“Os esforços de simplificação e digitalização, a forte disciplina financeira e o foco comercial em negócios de alto valor, como o móvel pós-pago e ultra banda larga fixa, são os principais motores do crescimento da companhia e estão refletidos na sólida evolução da rentabilidade e na continua expansão do fluxo de caixa”, explica o Chief Financial Officer da Vivo, David Melcon.
A receita operacional líquida cresceu 1,1% no segundo trimestre, enquanto os custos operacionais recorrentes mantiveram a trajetória de 10 trimestres de queda e reduziram em 1,2%.
Quanto aos investimentos, a Vivo investiu R$ 2,1 bilhões no período, o que representou 19,8% da receita operacional líquida, com foco principalmente na ampliação da cobertura 4G e 4G+, além da expansão da rede FTTH em banda larga, que leva a fibra até a casa do cliente. O aumento do Capex foi de 17,6%.
Segundo o vice-presidente Executivo da Vivo, Christian Gebara, os investimentos foram acelerados para melhorar as redes móveis e fixas, e os resultados já vêm aparecendo. “Encerramos o semestre com 714 cidades com a tecnologia 4G+, e expandimos a fibra para mais dez novas cidades. Até o final do ano serão mais de 20 novos municípios em todo o país”.
MÓVEL
A receita líquida móvel da Vivo cresceu 4,2% no segundo trimestre de 2018, chegando a um total de R$ 6,8 bilhões – R$ 13,5 bilhões se considerar os seis meses. A receita de dados e serviços digitais, estratégia da companhia para crescer, foi a que mais se destacou, representando 78,5% do total da receita móvel, e a receita líquida de aparelhos também aumentou em 60,5%.
Os acessos móveis cresceram 1,2% em um ano. Com 41,3% do market share, a Vivo tem, hoje, 75.262 milhões de clientes de celular. Desse total, 51% da base já é composta por clientes do pós-pago, que cresceram 10,8% no trimestre.
LEIA TAMBÉM:
A operadora também foi responsável por 37% das adições líquidas do mercado em abril e maio, conforme informa com base em dados da Anatel.
No 4G, a cobertura é de 86% da população (aumento de 10% no ano), e o 4G+ está em 714 cidades (+596 em 2018).
FIXO
A Vivo teve perda de 3,7% na receita líquida do segmento fixo no segundo trimestre. “A receita foi muito influenciada pela redução natural de demanda de voz e pela tarifa de interconexão fixa, ocorrida em fevereiro deste ano. No entanto, a perda na receita foi parcialmente compensada pela evolução positiva da receita de banda larga e de dados corporativos e TI”, informa a companhia.
Em banda larga, o crescimento foi de 13%, e as receitas com FTTH cresceram 48%. O Vivo Fibra foi levado para 16 novas cidades em 2017 e um total de 10 novas cidades até o final do mês de julho deste ano.
Ainda houve alta de 4,8% na receita de dados corporativos e TI, já que teria assinado novos contratos com grandes empresas; e a própria receita de TV por assinatura teve alta de 0,6%. O IPTV (TV por fibra) também tem ajudado a manter o resultado positivo – no período, esse tipo de produto de maior valor apresentou aumento de receita de 59% em um ano.
A fibra está presente em 224 cidades através da Vivo (98 com FTTH), e o IPTV em 92 cidades.
Os acessos fixos totalizaram 22,5 milhões, uma redução de 3,1%. Em banda larga, o trimestre fechou com 7,5 milhões de clientes (+0,4%) da Vivo e, em TV paga, 1,6 milhão de assinantes (-2%). As adições em FTTH no trimestre foram de 162 mil. Quanto ao ARPU, avançou 12%.